sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Laços de Energia!


Texto: Revista Bons fluídos

Quando você se apaixona e vive uma relação intensa com alguém, ligações energéticas se formam para unir o casal. Saiba como isso acontece e como desfazer delicadamente esses cordões de energia quando acontece a separação.

No começo, tudo é encanto. Você se apaixona, ele se apaixona, e há uma vibrante troca entre os dois. 
A força produzida pela convivência dos apaixonados é tão potente que, sem perceber, o casal alimenta-se dela. " A luz gerada por essa emoção transparece no olhar, na pele. Nos transforma em sóis " , poetiza a psicóloga Candida Amaral que há 30 anos testemunha em seu consultório essa fase de profundo encantamento com a vida.

"A dupla passa a intercambiar luminosidade pelos seus chacras, definidos pela milenar sabedoria hindu. Com o tempo os dois enamorados começam a formar verdadeiros cordoes energéticos que ligam um ao outro" revela Ana Cristina Thiele, integrante do Núcleo Karma e sexualidade do Centro de Alquimia Interior, de São Paulo.

Na maioria dos casos, esses cordoes envolvem apenas os trés chacras inferiores dos dois parceiros. O chacra básico fica na base da coluna e rege a vontade de viver, o amor próprio e a relação com o mundo material. A seguir, vem o chacra umbilical  que diz respeito a sexualidade e  ao prazer  e o chacra do plexo solar  que é responsável pela auto-estima e pela expressão individual.
O quarto chacra é o cardíaco , centro de transmissão e captação da energia de amor, carinho, ternura. "um relacionamento pode começar pelos níveis mais comuns e evoluir até o surgimento de sentimentos refinados e nobres" , afirma a especialista . É quando a paixão se transforma em amor.   " O sexo se torna ainda mais pleno e satisfatorio porque integra outra qualidade de envolvimentos e emoções" ,diz Ana
Mas também pode ser que isso não aconteça, e o resultado dessa união seja uma relação infeliz ou muito dependente, explica a especialista. "Ela pode até durar muito tempo mas está baseada num frágil equilíbrio entre carências e dependências"
Tal situação instável tende a aparecer no plano energético, pode gerar uma obsessão doentia de um pelo outro, brigas ligada a competitividade ou pelo desejo de ser aquele quem manda mais na relação e insatisfações pessoais de não conseguir fazer o que gosta e o que faz pelo por depender da vontade do outro.

Um bom exemplo disso é aquele no qual a mulher se direciona para o homem e faz tudo o que ele quer. Assim ela retira a luz de si mesma , esquecendo-se de que é a entidade autônoma, brilhante e cheia de vida por quem seu parceiro um dia se apaixonou."

Quando a separação acontece, mesmo morando em casa separadas e com o fim do contato sexual, fortes laços energéticos continuam presentes. "A partir da dissolução de uma união, essas ligações devem enfraquecer gradualmente com ajuda do tempo. Mas muitas vezes um dos parceiros - justamente o que sente mais a dor da separação - continua a nutrí-las, por meio de sentimentos como mágoa, tristeza, raiva ou desejo de tornar a controlar novamente a situação", acrescenta Ana Cristina. 

Trabalho Consciente 

Um situação de dependência afetiva - e, portanto energética - pode causar muito sofrimento mais do que o necessário. Em primeiro lugar, ajuda muito ter consciência desses cordões e de que eles podem perdurar por longo tempo.
Em segundo lugar, é preciso reconstruir a individualidade e retomar as rédeas da própria vida. 
É vital digerir e assimilar o que aconteceu, detectar por que se formaram essas ligações e nossa participação nesse processo . 
Talvez com essa consciência esses padrões não se repitam em outra relação,  isto é, com alegria e esperança e possível viver de outra forma e abrir-se para um novo amor.

Começar de novo...

Na hora da crítica da separação alem de procurar apoio junto aos amigos ou à terapia, vale praticar alguns exercícios energéticos:

- O primeiro é reconhecer que vc pode estar alimentando, com emoções negativas, os vínculos formados com seu parceiro. Procure dissolver essas ligações doentias atuais repetindo a frase "Eu quero desfazer os laços de energia com (nome da pessoa)". 
Seja claro, preciso e convincente!

- Visualize uma luz brilhante envolvendo o seu corpo, dourada e chega do céu como uma cascata de ouro liquido iluminando o seu corpo. Mantenha essa imagem por alguns minutos, sentindo-se acolhida pelo Universo. Repita a frase: "Estou inteiro(a) e bem comigo mesmo(a)" 

- Durante o dia , observe-se e veja se nao esta perdendo energia ao acalentar ideia de magoa, tristeza, raiva ou dependência. Se notar isso, imagine-se envolto de uma luz dourada, enquanto inspira e expira profundamente.

- Procure se desfazer de lembranças e objetos do parceiro.

- Recupere sua energia descobrindo de novo quem você é. Coma algo que você gosta muito, assista a um bom filme...

- Se possível, viaje: isso traz novas impressões e nos coloca em sintonia com o que mais gostamos.

- Reconheça que a separação traz um grande aprendizado. Conhecendo a si mesmo, você terá chances de encontrar um novo amor sem o risco de cair nas mesmas armadilhas afetivas do relacionamento que passou. 

Muita Paz! 


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Desenvolva seu lado espiritual na vida diária!


Texto: Emilce  Shrividya Starling

Outro dia, lendo uma revista, li a resposta da Monja Coen sobre como podemos desenvolver a espiritualidade na vida diária.

Ela disse:

“Não pense que espiritualidade está apenas em templos, igrejas e montanhas: ela está onde você está. A palavra espírito vem da nossa capacidade de inspirar e expirar. Se alguém me insulta e sou capaz de compreendê-lo, sem me deixar levar pela raiva, pela vingança ou pela tristeza, estou praticando a espiritualidade. O estresse, a pressa e o trânsito são ótimas oportunidades de prática espiritual. Ao perceber a tensão, já me coloco em outro patamar: inicio um processo de autoconhecimento, percebo o que impulsiona e o que me retrai. A vida urbana nos dá ótimas oportunidades para aprimorar a paciência, a tolerância, o respeito à vida, a sabedoria e a compaixão. Todos os seres são conectados. Faça o seu melhor, respira profundamente e seja gentil.”

Gostaria que você fizesse uma contemplação sobre esses sábios ensinamentos.

Contemplar (praticar dharana) é um passo importante do yoga para o autoconhecimento e desenvolvimento espiritual.

Consiste em autoindagação, autoinvestigação, sem fazer julgamentos, sem cobranças. É um momento de reflexão para perceber seus erros, sem se culpar. E, sim, com a intenção de aprendizado e aprimoramento de virtudes.

Para fazer isso, gostaria que você lesse novamente a resposta da Monja Coen.

Agora, contemple como você pode aplicar esses ensinamentos na sua realidade, no seu dia a dia.

Reflita como pode viver o princípio Ético do Yoga: A não violência, nos relacionamentos familiares, com os amigos, com o chefe, com os colegas de trabalho, no trânsito, nas reuniões de trabalho e de condomínio.

Perceba como pode desenvolver tolerância, paciência e gentileza com você, com as outras pessoas, no trânsito, no meio de toda a sua atividade diária.

Abra-se para perdoar, esquecer conflitos e libertar-se da raiva.

Essa tem sido minha busca pela espiritualidade. Entendi que não basta ir apenas a igrejas, participar de reuniões espirituais ou palestras, mas é essencial a prática da não violência comigo, com os outros, com a natureza e o aprimoramento das virtudes.

Tenho procurado desenvolver as virtudes divinas, que já existem dentro de mim (e de nós!), como jóias preciosas. Qualidades como: compaixão, tolerância, paciência, bondade, perdão e gentileza.

Essas virtudes são nossos tesouros interiores, esperando para serem desenvolvidas por nós.

Com a prática regular da meditação, encontrei meu santuário interior. E, hoje basta fechar meus olhos, que logo me conecto com esse espaço de paz dentro de mim. Esse apoio interno me traz confiança e serenidade.

Essa serenidade é uma grande conquista, pois precisamos senti-la nos momentos felizes e também nos momentos tristes.

Em vários momentos desafiantes de minha vida, essa serenidade veio de dentro, me apoiando, me fazendo superar, de maneira mais fácil, as dificuldades, as dores do corpo e também as dores da alma.

Essa serenidade é o fruto das minhas práticas espirituais do yoga: meditação, canto de mantras, contemplação, altruísmo, o cumprimento do dharma (missão de vida), que é o nosso correto dever, sem querer o fruto de nossas ações.

Superei muitos medos, dissolvi mágoas, raiva e ansiedade. Abri meu coração para perdoar a mim e as outras pessoas. E, desta maneira, fui me libertando, sentido alegria interior e paz de espírito.

Minha maior conquista tem sido me libertar da raiva, nosso maior inimigo nesse planeta. Se, por acaso, sinto raiva, procuro dissolvê-la imediatamente com o mantra Om Namah Shivaya, com a respiração, com pensamentos de Deus.

Compreendi que sentir raiva é humano, mas não devemos dormir com raiva, nem alimentá-la o dia todo. Procuro transcender a raiva, com o autoconhecimento, tolerância e compreensão. Evoluídos sentem raiva só por um minuto - cl

Perguntaram a Santa Rabi’: “Você alguma vez sente raiva?

Ela respondeu: “Sim, mas só quando me esqueço de Deus.”

Tenho procurado aplicar esse grande ensinamento. Se eu preencho meu coração com amor por Deus, não haverá espaço para a raiva.

Na Bhagavad Gita, escritura do yoga, Krishna diz a Arjuna:

“Oh! Arjuna, deixe de pensar em seus inimigos externos. E, em vez disso, conquiste seus inimigos internos.

A Bhagavad Gita diz que a raiva é nosso pior inimigo. Ela nos causa um dano enorme, tirando nossa paz e plenitude.

Perceba como a raiva muda seu humor, seu coração, tira sua alegria e serenidade.

Se você deseja evoluir espiritualmente, aprenda a vencer essa tendência de ficar com raiva. Se você controlá-la, transcendê-la, ela se transformará em coragem, em amor. Fique em paz! Namastê! Deus em mim saúda Deus em você”!

Muita Paz!

A manifestação do Espírito em Nós - Equilibrar a Vida Espiritual e Material



Textos: Yogananda

A alma é o verdadeiro Ser [Self], a manifestação pura do Espírito dentro de você.

Você pode conhecer conscientemente sua alma – seu verdadeiro Ser – através da meditação. E quando você se conhecer como alma, terá descoberto a presença de Deus em seu interior.

O propósito desta vida é encontrar seu Ser. Conhecer seu Ser. Sentir a pulsação do oceano da presença de Deus em seu coração. Suponha que você está flutuando no oceano, embalado no peito de sua vastidão soberana; e quando você nada de volta ainda sente todo o oceano ondulando atrás de você enquanto caminha na direção da praia – é assim que eu sinto Deus. Ele nunca deixa nenhuma de Suas crianças sequer por um momento. Ele responderá todas as suas perguntas, e então não haverá mais temores.

Encontre este Poder, sinta o oceano de Seu amor por detrás de sua consciência, e então você terá alcançado o maior sucesso que um homem pode alcançar.

Não se comporte como um vil ser mortal! Você é uma criança de Deus!


EQUILIBRAR A VIDA ESPIRITUAL E MATERIAL 
“O material e o espiritual não são senão duas partes do mesmo universo e da mesma verdade. Ao salientar excessivamente uma parte ou outra, o homem deixa de obter o equilíbrio necessário para o desenvolvimento harmonioso. (...) Pratique a arte de viver neste mundo sem perder a paz mental interior. Siga o caminho do equilíbrio para alcançar o maravilhoso jardim interior da Autorrealização.

Assim como Deus é onipresente no cosmos, mas não é perturbado por sua variedade, também o homem – que como alma é o Espírito
individualizado – precisa aprender a participar desse drama cósmico com a mente perfeitamente disposta e equilibrada.

O aspirante espiritual deve contrabalançar a atividade material, que produz inquietude, com a meditação espiritual, que produz tranquilidade.

Aprenda a ser bastante ativo neste mundo e executar um trabalho construtivo. Mas quando tiver acabado de cumprir seus deveres, desligue seu motor nervoso. Retire-se para o centro de seu ser, onde está a tranquilidade. Afirme mentalmente para si mesmo: “Estou tranquilo. Não sou um simples mecanismo nervoso. Sou o Espírito. Embora more neste corpo, não sou afetado por ele”. Se você tiver um sistema nervoso tranquilo, terá êxito em tudo o que empreender e, acima de tudo, terá êxito com Deus.”

Muita Paz!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Está passando por uma crise?




Inúmeras são as queixas que muitas vezes temos da vida que levamos, mas parar e pensar se foi uma escolha nossa viver determinada situação é uma coisa que com muita dificuldade fazemos ou, na grande maioria dos casos, não fazemos.

Levar a vida é uma das piores situações que podemos ter. Quem sabe trocar este termo por viver a vida, com toda a intensidade e sentimentos maravilhosos que ela pode nos trazer, a isto damos o nome de escolher, sim! Significa escolher o queremos de fato para nossa vida.

No meio de nossa trajetória de vida podem até acontecer desvios de caminho, que nos levam a uma rua sem saída, mas a opção de voltar para a estrada principal é somente nossa e precisa partir de nossa iniciativa.

Se hoje você vive uma ou mais situações que não desejaria, isente-se de reclamações e dê os passos iniciais para escolher o que deseja viver. Ser escolhido significa entregar o poder de sua vida aos outros, sendo que quem vai vivê-la é somente você.

Reconhecer o seu poder pessoal significa fazer as escolhas que lhe trazem felicidade. Este retorno para a estrada principal de sua vida, por vezes pode levar um tempo, mas perceber que queremos mudar, já é um grande passo para o início de uma nova jornada, é entender que no momento que fomos escolhidos para viver determinadas situações, estávamos energeticamente iguais em energia ao que nos escolheu. Puxa! Admitir isso não é fácil, muito mais fácil é criticar e permanecer onde nos encontramos.

Tem um filme que sempre que assisto me faz pensar sobre poder pessoal e determinação. É o filme "A Era do Gelo". O esquilo corre atrás da "noz" como se fosse a única coisa que existisse em sua vida, Por ela, ele cai em abismos, ele pula precipícios e desvia de inimigos sem ao menos percebê-los. Por essa determinação, ele se machuca, levanta sacode o gelo e segue em frente. Os bloqueios e desafios maiores são vencidos sem que ele pense neles. A isto podemos dar o nome de determinação e podemos chamar de poder pessoal a decisão que ele toma de ter a "noz" para ele.

Será que você já definiu o que seria a sua "noz"? Estar certo do que desejamos é sim um passo importante para escolhermos o que desejamos para nossa vida; é ter absoluta certeza que pelo equilíbrio de nossas energias e eliminação de nossos bloqueios chegará o momento em que teremos a "noz" em nossas mãos.

É somente quando você retoma a sintonia de escolher, que canaliza sua energia para os momentos que deseja viver, que a realização plena de sua vida se torna realidade. Já, quando você decide que o outro é que deve realizá-lo, e insiste nisto, na mesma proporção se decepcionará, se frustrará e se tornará uma pessoa amarga e triste, permanecendo então com seus bloqueios energéticos que por inúmeras vezes fazem com que você repita determinada situação na tentativa de fazer histórias diferentes que nunca se concretizam. 

Quando a verdadeira necessidade de vencer bloqueios toma sua mente, a autorrealização é expressa e, então, uma enorme força interior que se chama poder pessoal desperta em você e nada o impedirá de chegar ao que deseja.

Aqui também podemos pensar que determinadas coisas que vivemos também constituem aprendizado, sim! Também concordo, mas até mesmo nas situações ruins, houve uma escolha sua, que a levará a crescimento, pois se não aprendemos pelo amor, aprendemos pela dor. Mas persistir por anos em histórias que não deveriam fazer parte de sua vida, não faz sentido, pois a vida é muito curta, muito intensa e muito, mas muito boa de ser vivida. Não perca tempo!

O fato de se culpar por coisas que lhe acontecem também está diretamente ligado ao fato de não perceber a raiz do que lhe fez estar em tal situação. Por inúmeras vezes, repetimos histórias de rejeição de não sermos amados, de não sermos valorizados, simplesmente por um bloqueio energético que ocorreu em determinado momento de nossas vidas. Este bloqueio é identificado pela utilização da Mesa Radiônica e quando o descobrimos e trazemos para a consciência a seguir energeticamente o eliminamos e como há uma nova vibração em sua mente, a capacidade de escolha se instala em você e você consegue até enxergar qual é a "noz" que deseja e, então, buscá-la.

É muito importante saber que você não pode conquistar nada, sem antes conceber esta energia em seu coração. Defina suas metas, seus objetivos, o que realmente quer para sua vida e siga nesta direção isento de dúvidas. Você pode conquistar para sua vida tudo que desejar, seu poder pessoal vibra por isso, basta enxergá-lo e reconhecê-lo.

Somente a crise pode demolir estruturas que não lhe pertencem mais. Se hoje você se encontra em crise, fique feliz, pois você desejará a todo custo sair deste estado de inércia. Você viverá uma vida repleta à medida que identificar e eliminar tudo que lhe traz sofrimento e angústia.


Muita Paz!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Medos!


Autor: Shon Thor, de Órion
Canal: Heloísa Fagunde

Medo da perda, do desconhecido, da mudança, de conturbações sociais ou econômicas, do fracasso, da rejeição, da incompreensão, de perder o emprego, de ficar sem dinheiro, da escassez, da morte, do medo. Olhem quantos medos. Se abrirmos o baú, ficaremos horas falando eles.
O grande medo primário é o medo de morrer. Posso ter medo de ser assaltado, por exemplo, mas no fundo o que temo mesmo é a morte. Na verdade, o ser humano, quando nasce, tem uma única certeza: a de que um dia vai morrer. Temos medo daquele momento final, em que passamos para o outro lado. Se eu encaro o fato de que, assim como nasci sozinho, vou morrer sozinho, me apaziguo sobre a idéia do medo. Na verdade, só quando pudermos aceitar a morte como a outra face da vida é que poderemos viver sem medo, pois o máximo que pode nos acontecer é morrer.
O resto dos medos resumem-se ao medo de viver e ao medo da rejeição, de não ser amado. Poucos de vocês sentiram-se realmente amados e acolhidos pelos pais na infância.
A criança tem uma forma diferente de decodificar o mundo da do adulto. Ela é só sensibilidade, não tem as proteções da racionalidade que vocês têm. Para ela, é muito difícil esse viver, principalmente até os seis, sete anos. Vejam que suas experiências de infância com relação ao amor são tão difíceis que muitos lembram pouco ou quase nada disso - precisaram se entorpecer para não sentir as dores que tiveram quando crianças. Então, esse medo de não ser amado sempre vai existir; é o medo da criança que está dentro de cada um de vocês.
A partir do momento em que você, como adulto, aceitar que alguns não o amam (porque a criança quer ser amada por todos), pode se trabalhar e se permitir conviver com a idéia de que nem todo mundo vai amá-lo. Com isso, você ficará bastante aliviado com relação ao medo da rejeição. Você não tem que ser perfeito. Você é apenas aquilo que é. Alguns podem gostar, outros não. O que se pode fazer?
O medo da falta ou perda da abundância está muito ligado a problemas familiares ou de infância. A criança não sente falta de bens materiais se ela for nutrida amorosamente por ambos os pais. Ela pode agüentar um prato muito pobre, falta de agasalho, viver numa casa humilde, pode agüentar essas coisas porque não tem termos de comparação; não sabe que existem casas maiores e mais aquecidas e mesas mais fartas - e o que traz a infelicidade é sempre a comparação. Se a criança for nutrida amorosamente pelos pais, não terá medo da perda da abundância. É tudo uma questão de auto-aceitação.
Você está tranqüilo consigo mesmo quando sabe que o mundo o aceita (quando os seus pais o aceitam, o mundo o aceita). Se você não tem algo aqui, arruma lá, vai montar uma lojinha na rua, vai fazer sanduíches para vender, vai ter milhares de outras opções para sobreviver. O medo da perda da abundância, na verdade, bate no medo da rejeição e na insuficiência amorosa vivida na infância.
Sombras do passado - Há medos que vêm de vidas passadas. Como vocês sabem, uma grande parte das memórias dolorosas são de encarnações passadas que ficam impregnadas no sistema nervoso central. A partir do momento em que tenham alguma experiência que traga reminiscências, entram naquela faixa do passado outra vez. Essa faixa de medo ancestral vem em pensamentos que nós chamamos de pensamentos de fundo.
Temos dois tipos de pensamentos. O pensamento de frente é aquele óbvio, que tem forma, começo, meio e fim; é concreto, mais claro, mais elaborado. Já o pensamento de fundo é amorfo, indefinido e permeia os outros pensamentos. Fazendo uma comparação, é como se estivéssemos num palco onde atuam os atores e, por trás dele, houvesse outro palco, com outra peça, como um teatro de sombras. Assim são os pensamentos de fundo; eles vêm do passado. As pessoas sentem esse medo na forma de um temor, um mal-estar e dizem: não sei o que é... só sei que estou com medo.
Esse é um dos piores medos, pois não se conhece sua causa e ele fica lá no fundo, presente, e é difícil de ser trabalhado. Sempre que começarmos a senti-lo, devemos parar para olhá-lo de frente e fazer um raio X dele. É preciso analisá-lo e dissecá-lo. Mais adiante, vamos falar como trabalhar com ele.
O medo também pode ser incutido por formas-pensamento do inconsciente coletivo. O homem é o que ele pensa, e a grande maioria dos homens modernos pensa com medo. Milhares de temores fazem parte do seu dia-a-dia. O que ele vê na televisão ou lê nos jornais são fatos atemorizantes, que o fazem achar que está vivendo num mundo totalmente caótico. Mas, o que vocês às vezes se esquecem é que tanto a televisão quanto os jornais são baseados no que chamamos faits divers, fatos diversos, extraordinários. Eles são o retrato de ocorrências anormais. Aquele homem que sai de casa para trabalhar e volta para casa, aquela senhora que ficou preparando as coisas para os filhos - esses não dão notícia.
Essas formas-pensamentos de medo ficam penduradas ao redor de vocês como se fossem enfeites de uma árvore de natal e acabam impregnando-se em seu corpo emocional. É como se uma grande nuvem unisse todos vocês, principalmente nas questões que envolvem o corpo emocional. Numa empresa, por exemplo, onde se vibra a desarmonia, existem grandes tensões ou o chefe está desequilibrado, todos são contaminados e passam a agir em desequilíbrio, desarmonia e tensão.
Como lidar com os medos - Cada um vai fazer uma lista dos seus medos. Depois, vai priorizá-los e começar a trabalhar com eles do menor para o maior. Comecemos, vamos dizer, pelo medo de barata. Simule internamente o encontro com a barata. Analise seus sentimentos com relação a ela, pense no que fazer. Exercite isso até que, um dia, quando encontrar uma barata, você vai simplesmente pegar um inseticida sem lembrar do seu medo. Comece trabalhando cada pequeno medo até poder encarar os grandes e dissecá-los. É preciso encarar cada medo com tranqüilidade, compreendendo que eles fazem parte de registros ancestrais ou até de registros familiares e que não nasceram com você.
O medo é aprendido. Por que o índio é destemido? Porque sua sociedade trabalhou isso nele desde pequeno, acostumando-o com a floresta, os animais e as outras tribos. Ninguém ouviu falar de índio com medo por causa dessa cultura. A criança não nasce com medo, e se ela o aprendeu, pode desaprendê-lo. É uma questão de treinamento.
Procurem, na infância, lembranças de situações em que não tiveram medo. Por exemplo, um dia em que foram a um circo e passaram a mão sobre a cabeça de uma oncinha sem nenhum temor. Resgatem aquela sensação de conforto, de não ter medo, tragam para sua vida de agora, para enfrentar o medo que está sentindo.
Olhe seus medos com mais tranqüilidade. A compreensão será sempre maior, filhos, quando aceitarmos que nem uma folha cai da árvore sem que haja o Conhecimento Universal sobre isso, sem que haja uma razão - embora possa ser muito difícil para vocês, no momento, compreender isso.  A malha das encarnações, experiências e seres que vão se encontrando é tão intrincada mas tão perfeita, que é difícil de aceitar. Até aquela folha que caiu da árvore já estava prevista. Se é assim, um medo que eu criei - como o de perder o emprego, por exemplo - não tem razão de ser porque só vai acontecer se o desenho de minha vida for para que isso aconteça. E se eu sou o arquiteto da minha própria vida, terei condições de ultrapassar essa fase, vibrando na coragem e na harmonia.
A partir do momento em que aceitam o fluxo da Energia Universal (Energia Cósmica), ela começa a passar por todos os canais de seus corpos e o medo não mais deverá estar presente. Se não existirem obstruções, que são os pontos de conflito (uma mente perturbada ou um coração endurecido onde a energia não flui), os eventos exteriores transcorrerão de maneira harmoniosa, não havendo necessidade do temor. Se vocês se vêm dentro de seus Corpos de Luz, com a energia fluindo com harmonia, podem ter a certeza de que, aos poucos, ao reeducar seus pensamentos e sentimentos, a infelicidade desaparecerá e vocês irão ao encontro à tranqüilidade, percorrendo o aprendizado que precisavam realizar.
A primeira experiência de modificação é viver sem medo. Você pode sair na rua para passear porque sabe que nada de mau vai acontecer. Pode se expor da maneira que quiser, ficar tranqüilamente numa platéia de quinhentas mil pessoas porque aceita que tudo está no lugar onde deve estar. Além do mais, vocês são como pequenos arco-íris, com diferentes nuanças de vibração em seus corpos sutis. Conforme se comunicam, passam vibrações um para o outro, numa mesma sintonia, como um diapasão. Se você vibra num tom, o outro devolve para você o mesmo tom. Se o tom for de harmonia, de tranqüilidade ou de vitória, o outro não devolverá a vocês raiva, medo ou qualquer coisa contrária ao que emitiram.
Vocês acharão graça do que vou falar, mas a verdade é que o ladrão é um grande sensitivo. Ele sabe escolher muito bem a pessoa que está com medo de ser assaltada. O mesmo ocorre com o cachorro, que sempre vai atrás de quem tem medo, atraído pela vibração. O ladrão também localiza, no meio da multidão, aquele que vibra desarmoniosamente. Por todos esses motivos, é bom que a gente abandone mesmo o medo.
A partir do terceiro milênio, não mais será necessário um aprendizado de tanta dor e sofrimento. Os novos aprendizados serão feitos com alegria. Em vez de provas rudes, provas cada vez mais leves, apenas para checar se aquele preguinho na parede está firme. Esses pequenos testes serão encarados como pequenos inconvenientes e, uma compreendidas as lições que eles trazem, não mais voltarão a ocorrer em suas vidas
Volto a pedir que façam uma lista daquelas circunstâncias que estão sempre se repetindo para que possam perceber qual é a mensagem que a espiritualidade está mandando, e o que vocês têm que aprender com esses acontecimentos.
Proponham-se, realmente, e de uma vez por todas, a erradicar o medo. Ele não será mais necessário neste milênio. Vocês vão se tornar aquele índio valente, tranqüilo e harmonizado com a sua função no mundo - porque a função dele é ser um índio, viver como um índio e morrer como um índio, com os seus próprios valores.
Que vocês possam encontrar dentro de si esse valor maior que norteará suas vidas no terceiro milênio. Esses valores, absolutamente, não abrangem o medo.
Vamos firmar uma espécie de compromisso. Leiam o trecho abaixo em voz alta para lacrar, no astral, sua intencionalidade de erradicar o medo completamente de suas vidas:
"Eu, nesse momento, plenamente consciente do Ser Divino que sou, passando por uma experiência na tridimensionalidade, aceito, de uma vez por todas, o meu compromisso universal de ser Luz. Portanto, todos e quaisquer sentimentos contrários a esse momento único de iluminação, daqui para a frente, deverão ser abandonados. Nesse momento, é meu compromisso junto ao plano espiritual e junto às Consciências Cósmicas abandonar, de uma vez por todas, o sentimento de medo e ansiedade, completamente desnecessários para essa nova fase da minha vida. Solicito à Alta Espiritualidade a Iluminação, o Discernimento e a Vontade para que eu possa encarar de uma vez por todas as minhas ansiedades e os meus medos, sabendo que são contrários ao Amor e a Fé. Que a luz da Alta Espiritualidade possa encontrar o reflexo dentro de mim, para que tudo isso possa acontecer. Que eu possa permanecer num mar de Harmonia, Alegria e Amor."
É muito importante que cada um de vocês possa passar para os amigos e conhecidos esse tipo de trabalho, para que eles também possam superar suas ansiedades e seus medos.

Muita Paz!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Mudando Padrões Negativos.


Texto:  Rodrigo Durante

Ao longo de nossas vidas, acumulamos muitos conceitos de como nós e as coisas são, como certas pessoas agem e, assim, vamos escrevendo nossa história, pautados em fatos e interpretações na maioria das vezes baseadas no medo, no sofrimento e nas limitações. Todos temos sonhos e desejos mas ninguém passa a vida sem ter algum frustrado. Isso ocorre pois em nossa cegueira não percebemos que o que queremos às vezes nada têm a ver com nossa essência, com a expressão mais pura de nosso Ser. A maioria de nossos desejos aparecem para tapar algum buraco, satisfazer alguma carência, uma solução alternativa "de fora para dentro" que muito fracamente nos satisfaz, logo precisando de mais alguma coisa que supra esta falta.

Nascemos com alguns aprendizados pré-determinados, pontos de vista, vibrações a desenvolver. Nossos desejos são meramente artifícios para aliviar a falta que estas vibrações nos fazem, para nos manter em uma zona de conforto por um pouco mais de tempo antes de iniciarmos o trabalho que verdadeiramente viemos fazer aqui.

Começamos, então, nosso caminho de autocura pela dor das frustrações, quando já tentamos de tudo, mas, mesmo assim, as coisas continuam do mesmo jeito, as mesmas histórias se repetindo sempre. É assim que desenvolvemos de forma produtiva uma mentalidade de olhar para dentro e buscar aquela ferida onde uma pitada de amor seria o melhor remédio. A ilusão de que a cura virá de fora ainda é muito forte, mas sem o nosso envolvimento, nossa própria mudança e consentimento nada em nossa vida mudará.

A primeira questão a nos direcionar para dentro são nossos relacionamentos, são os melhores espelhos para nos enxergarmos, para nos mostrar onde estamos errando. Todos nossos relacionamentos serão curados a partir de nós mesmos, ou seja, nós temos que mudar para que eles mudem. 

As descrições que temos registradas sobre nós mesmos, nossos familiares e afins têm que mudar, pois nós não nos relacionamos com as pessoas, mas sim, com a imagem que fazemos delas. Só mesmo uma pessoa totalmente desperta consegue se relacionar com o que as pessoas realmente são em essência e, em essência, todos são Deus.

Se temos muito fortemente registrado que somos de tal maneira, que os outros são tal maneira, que sempre sofremos tal tipo de coisas, que a vida é de tal maneira e ficamos esperando que todos de uma hora para outra fiquem perfeitos do jeito que sonhamos, isso não irá acontecer e mais uma vez iremos nos frustrar, pois a mudança começa em nós. 

Ninguém obtém sucesso em nada na vida sem desenvolver algumas características pessoais, superar medos e bloqueios, aprender a perdoar, desenvolver a coragem e o poder pessoal, a capacidade de ser feliz independente dos fatos, enfim, muitas situações aparecerão para nos tirar de nossa zona de conforto até que aprendamos todas as lições que nós mesmos escolhemos vivenciar antes mesmo de encarnar.

Por isso, nossos relacionamentos mais próximos e todas as dificuldades que passamos com eles são tão abençoadas, pois são nossos maiores aprendizados. Vemos refletidos neles partes nossas muito profundas, o que menos gostamos na gente e o que mais temos dificuldade de enfrentar. Preste atenção como todas as soluções que imaginamos para nossos problemas e irritações são sempre atalhos para nos manter em uma zona de conforto. Dizemos sempre que o outro ou as coisas é que têm que mudar, nós somos sempre os certos da estória. O medo de olhar para dentro é grande, a vaidade e o orgulho sempre colocarão a culpa no outro.

Nossas preocupações e ansiedade também são muito grandes para atingirmos certo objetivo, o que também acaba dificultando de enxergarmos as coisas como elas realmente são. Entendam que aquilo que queremos chegará até nós, mas talvez não da forma que imaginamos. Não sem antes nos tirar de nossa zona de conforto e nos forçar aprender mais sobre nós mesmos, a fazer-nos crescer e nos fortalecer, a nos amarmos e nos aceitarmos incondicionalmente.

Praticamente todos os grandes problemas que nos afligem atualmente têm a ver com nossa autoimagem, amor próprio, o valor que damos a nós mesmos. Com comportamentos que nos condicionamos a ter para conseguir das pessoas o amor e o valor que ainda estamos aprendendo a nos atribuir. Sentimo-nos ainda inferiores, incompletos, acreditamos que precisamos fazer algo para sermos queridos, nos comportarmos de tal maneira que seja aceitável, trabalhar feito loucos em algo por suas recompensas, falar e nos expressar como acreditamos que vão gostar. 

Sem perceber o desalinhamento que isto nos causa, energeticamente criamos máscaras, personagens que incorporamos para agradar ao mundo, nos protegermos ou conquistar o que queremos. Estas máscaras ganham tanta força que em determinado momento não as percebemos mais, achamos que somos nós mesmos. Criam-se desde nosso chakra frontal causando sérios incômodos na cabeça e se alimentam por laços do segundo e terceiro chakras já construídos sob esta energia de pouco amor próprio e pouca autovalorização.

Isso já trazemos de outras vidas, mas nesta se refletiu atraindo de nossos pais e relacionamentos próximos comportamentos que nos fizeram manifestar este "desamor próprio" novamente. Sempre tivemos que fazer algo ou nos comportar de tal maneira para conseguir o amor dos pais. Tínhamos que sorrir, ser educados, comportados, tirar notas altas, ser magros e santos para ganharmos recompensas, que muitas vezes eram materiais quando só precisávamos de um carinho e aceitação.

Tudo isso são feridas de nossa criança interior. Muitas feridas fazem nossos personagens buscarem fora o que não damos para nós mesmos. A cura disso, juntamente com toda ajuda que conseguirmos, é um processo pessoal, devemos buscar conscientemente enxergar nossas qualidades únicas e nos amar do jeito que somos. Sem comparações ou modelos de perfeição herdados, impostos ou autoimpostos. Quanto mais nos amamos mais os outros nos amam. Quanto mais nos respeitamos mais os outros nos respeitam. Quanto mais nos valorizamos mais coisas boas atraímos para nossa vida.

E o que realmente precisamos em nossa vida é Amor. E quando as feridas, crenças, imagens e rótulos negativos que criamos forem substituídas por esse Amor, nosso mundo se transformará.

Certamente, no caminho para nos libertarmos das ilusões de nossos personagens e nos realinharmos a nossa essência encontramos muitas dores, feridas e bloqueios profundos, crenças, imagens e conceitos envolvidos. Mas não há outra alternativa senão o nosso envolvimento consciente e o compromisso com nós mesmos. Procurar em nós mesmos a resposta para o que nos incomoda, pois tudo o que passamos no externo é um reflexo do interno. 

Os resultados que obtemos só dependem da nossa própria mudança. No caminho, busquemos a paz. Busquemos abrir mão de crenças fixas a respeito de como a vida e as pessoas são. Deixemos a luz entrar e nos mostrar onde estamos agindo em desacordo com nossa própria essência. Estejamos abertos a aceitar nossas falhas e dispostos a colocar amor onde antes só haviam sombras. Vocês vão sentir a diferença, não tem como não sentir, pois quando nós mudamos, a vida nos acompanha.


Muita Paz!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ciúme, o inferno do pseudo-amor possessivo!


Texto: Luís Vasoncelos

Todo(a) ciumento(a) afasta, invalida e projeta sobre o outro suas próprias negatividades. Não demora, o outro começa a pensar em se livrar, em se separar e foi o ciumento que, com suas ações, acabou antecipando ou precipitando isto.
O(A) ciumento(a) não é consciente nem parece entender que exatamente aquilo que ele(a) afirma ser o seu maior medo (o do abandono, o de ser trocado por outra pessoa) constitui exatamente o resultado natural de suas próprias ações sobre o outro.

O ciumento típico costuma atribuir ao companheiro o seu persistente sentimento de perda, sua permanente ameaça de rejeição; no entanto, o ciumento é muito mais um rejeitador do que um rejeitado. Ele se antecipa, atuando como rejeitado antes que a possível rejeição aconteça, de modo que, se ela acontecer, ele não seja pego de surpresa, pois está preparado para a rejeição (pelo seu pensamento e sentimento negativos, pelo seu senso de ameaça que nunca descansa) já que, todo o tempo, ele espera por ela, imagina a rejeição... Não é à toa que o ciumento acredita que faz todo o esforço para evitá-la.
O ciumento tem que perceber e admitir que depois que ele entra em um transe de ciúme, ele não é mais dono de si, não controla sua imaginação nem suas emoções e não é mais capaz de nada parecido com uma ação racional. O ciumento encontra-se possuído por forças inconscientes durante a crise. Isso precisa ser admitido antes que qualquer outra possibilidade de entendimento (de si mesmo) possa ocorrer. Este é o ponto de partida e o principal conhecimento de que um ciumento necessita: o do esclarecimento do teor e do sentido de suas crises. Geralmente, a ajuda especializada de um psicólogo é o único caminho de saída.
Vamos refletir juntos e tentar ajudar: paradoxalmente, o(a) ciumento(a), durante seus transes, empurra o(a) companheiro(a) para longe de si, afasta, desconfia, invalida, desconsidera os argumentos do companheiro(a) quando alguém lhe diz que está louco ou que vive imaginando coisas... 
Isto acontece porque, para o ciumento, as "fantasias negativas de rejeição" são realidades aguardando a validação dos fatos vividos. Ou seja, ele já vive rejeitado, aguardando que os fatos vividos comprovem esta realidade, na qual ele vive. Ele se sente como um investigador policial em busca de fatos comprobatórios, mas lhe escapa a parte emocional e inconsciente, que demonstra de modo claro e límpido o evidente preconceito nutrido em seu íntimo. 
Possuído pelo viés negativo inconsciente, ele transforma em culpado aquele que ele investiga, antes mesmo de qualquer evidência. Ele sofre e faz com que seu companheiro sofra, mas não consegue ver em seus atos, pensamentos, sentimentos e expectativas negativas, a razão ou o motivo de seu sofrimento. 
Esta inconsciência de sua realidade psicológica já levou pro abismo muitos ciumentos que, em seus relacionamentos, de outro modo, poderiam produzir resultados melhores, fazendo frutificar estas relações ao invés de torná-las estéreis e negativas. 
Um ciumento típico trabalha para o próprio fracasso muito mais do que ele ou ela é capaz de admitir, mas isto nem de longe modifica os fatos vividos. Para sua própria infelicidade, o aspecto destrutivo, existente no íntimo do ciumento, é tornado inconsciente e obscurecido pelo fato de que, para este, o problema encontra-se NO OUTRO, que não é digno de confiança:
Ele(a) diz: "Ninguém é confiável, só os ingênuos se arriscam a confiar em alguém!"
Em verdade, um ciumento típico não conhece algo que mereça o nome de "confiança", sentimento este que constitui uma espécie de aposta do Ser, que a entrega ao outro, sem qualquer possibilidade de confirmação ou certeza. Costumo dizer que se alguém entrega "confiança", o outro pode ser neutro, atrapalhar ou ajudar, mas não depende do outro, a energia que sustenta uma "confiança," que é positiva, vibrante e se assemelha com sentir esperança, fé, imaginando o melhor e desejando o melhor.

Vamos ensaiar uma descrição resumida sobre o processo que se passa no íntimo do ciumento dominado pelo seu medo de perder e desgastando-se na tentativa de controlar a vida do outro:
- O medo de perder o companheiro o leva ao controle e à vigilância e às medidas de defesa contra a liberdade do outro;
- A liberdade do outro se torna a maior ameaça ao sucesso no controle, então, a liberdade do outro tem que ser suprimida;
- Depois de suprimida a liberdade do outro, sobra a conclusão de que somente a submissão dele garantirá o controle;
- A submissão do outro nunca é completa; então, fica a desconfiança de que sempre que puder ele fugirá ao controle e à vigilância;
- Daí, realinham-se os propósitos iniciais e o controle passa a ser necessário sobre os mínimos atos e momentos do outro, de modo a conseguir a certeza do resultado: o outro não se afastará, não será perdido, não me abandonará, não me trocará por outra pessoa melhor que eu!!!

O ciumento vive inconsciente do fato de que ele mesmo afasta o outro, separa o outro, pois quase nunca foi, de fato, capaz de real proximidade e amor, descontando-se claro a fase inicial da conquista. A ressonância, se existiu na fase inicial do relacionamento, criava uma atmosfera emocional e sentimental que, como energia, construía alguma "confiança" e trazia alguma tranquilidade. 
Devido aos primeiros conflitos de opiniões ou pontos de vista, devido às primeiras brigas e questionamentos, a pseudoconfiança é aos poucos substituída pela desconfiança que sempre existiu, mas estava dormente, residual, aguardando uma oportunidade de se oferecer.
Geralmente, existiu alguma situação específica que fez ou faz o sentimento da desconfiança acordar; contudo, nada obrigou ou obriga que ele persista e não desapareça nunca mais. Uma vez que algo acabe convencendo o ciumento de que ele está ameaçado de perder o companheiro, surge a necessidade do agir perante o persistente perigo, o que leva ao controle e às vezes à exigência da obrigatoriedade da presença do outro em todos os momentos e, quando isso não é possível, daí os mecanismos de controle da liberdade do outro tomam a forma de constantes telefonemas, investigações na bolsa ou carteira, leitura das mensagens armazenadas nos celulares, emails e assim por diante.
O ciumento imagina que o outro não sabe que tudo isso é jogo e que tudo isso não representa uma real preocupação amorosa com o companheiro de relação e, sim, um pesado fardo de desconfiança e controle, sempre cheio de ansiedade e vazio.

Naturalmente, o companheiro aceita o jogo, pois desequilibrar o ciumento é querer que o inferno se instale na relação. Qualquer pessoa inteligente, nesta hora, evitaria o inferno, mas é assim que o ciumento acaba instalando no companheiro um sensor de movimentos e de atividades pessoais: o ciumento consegue isso através de ameaças de que entrará em crise e que a relação se tornará infernal, ao que o companheiro reage reduzindo sua liberdade e tentando mostrar-se confiável, com evitações e cuidados dos mais variados tipos, tentando também controlar a crise infernal de ciúmes do outro e, então, finge pra si mesmo, que conseguiu alguma paz, como se o inferno já não estivesse acontecendo defronte seus olhos... podendo mostrar-se de novo a qualquer momento...

Enquanto se evita a crise de insegurança do ciumento, o problema permanece intocado; no entanto, infelizmente, de nada serve que o companheiro do ciumento faça todo tipo de esforço e pague com sua própria liberdade, pois o problema do ciumento (e sua desconfiança) permanece exatamente o mesmo, intocado, pronto para ser repetido, seus mecanismos de controle, suas cenas de emoções negativas e tudo o mais que constitui aqui o que chamo de inferno do pseudo-amor possessivo.
O companheiro do ciumento faria grande favor a ele se agisse de modo livre e não se preocupasse com o que o outro pensa, já que ele pensa sempre coisas negativas e não tem o menor respeito pela alteridade e sinceridade do outro. Não compactuar com o ciumento é, em verdade, a única chance de ajudá-lo.
Dar testemunho de si mesmo, fazer relatórios verificáveis sobre onde esteve e com quem esteve só deveria servir para a descoberta de que o ciumento vive muito sozinho, pois o testemunho do outro nunca tem valor, o outro não é ouvido e seus testemunhos são sempre recebidos como atitudes e expressões de alguém muito suspeito, não importando se o parceiro é ou não é merecedor disto. Um ciumento típico invalidade o testemunho do outro insistentemente.

Quando alguém aceita ser possuído por outra pessoa e abdica de seus direitos humanos e à liberdade de movimento, de ação e de expressão então, é claro, estará tudo em paz a partir deste ponto. Lamento dizer que a chance disso funcionar é de 0%. 
Um ciumento típico precisa de ajuda especializada e alguém envolvido emocionalmente com ele, é muito provável, não servirá de ajuda ou mesmo pode dificultar ainda mais a situação, que já é bastante confusa, conforme me esforcei em descrever aqui.


Muita Paz

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Irritação e impaciência? Um dia de cada um!


Texto : Rosana Braga

Todos nós temos dias difíceis, em que nos sentimos sem paciência e irritados. Por isso, diria que a irritação e a impaciência, quando ocasionais ou decorrentes de alguma fase complicada da vida, não é exatamente um problema. Talvez um alerta, um aviso de que a vida pode ser bem mais fácil se conseguirmos manter a calma e administrar melhor nossos impulsos.

Caso contrário, aqueles que vivem à beira de um ataque de nervos, tendem a repelir as pessoas e até a perder o contato com amigos e entes queridos. Afinal, são raros os que toleram por muito tempo e de forma espontânea pessoas mal humoradas, reclamonas, grosseiras e intolerantes. É realmente uma convivência desgastante.

Excessos à parte, penso que nos relacionamentos, o problema começa quando os dois estão sempre irritados e sem paciência ao mesmo tempo, nos mesmos dias. Ou seja, quando um não consegue manter o equilíbrio diante do desequilíbrio do outro. Mais ou menos assim: um não acorda bem. Está visivelmente irritado e mal humorado. O outro, se não estiver atento e consciente, tende a se deixar contaminar e, sem se dar conta, fica irritado e mal humorado também.

Nem sabe por que. Ou talvez justifique seus sentimentos dizendo que foi o outro quem provocou. Mas isso não é exatamente uma verdade. Em última instância, cada um é responsável por seus próprios sentimentos. E quando nos observamos e refletimos sobre o que estamos sentindo, conseguimos perceber o que é nosso e o que não é. Conseguimos recuperar a noção de nossa realidade e lidar melhor com o que sentimos, como sentimos e por que sentimos.

Um dos grandes trunfos que você pode desenvolver no seu relacionamento é aprender a dar espaço ao outro e reconhecer que hoje não está sendo um dia fácil para ele. Neste dia, dê um crédito ao seu par. Decida fazer o contraponto e manter a calma. Decida-se por não se misturar com o que incomoda, com o que desestabiliza. Decida-se por se manter atento a si mesmo, ao que pensa, ao que fala e ao que sente. Mas, principalmente, ao que faz.

A ideia é que os dias fáceis sejam compartilhados e multiplicados, mas os dias difíceis sejam divididos. Um dia de cada um. Uma espécie de pacto da paz. Evitar, ao máximo, ficarem irritados e impacientes ao mesmo tempo. Quando um está sem paciência, o outro releva, compreende e dá um tempo até que os ânimos de acalmem.

Assim, como um time, em nome do amor e da boa convivência, maduros e conscientes, torna-se bem mais prazeroso se relacionar. E quando não for possível, tudo bem. Só a tentativa de dar um crédito ao outro no seu 'bad day' e a consideração de que existe essa possibilidade já pode fazer uma grande diferença. E de crédito em crédito, vocês só têm a ganhar!


Muita Paz!

domingo, 21 de julho de 2013

A Era da Fascinação!


Texto: Patrícia Candido.
Atualmente chega a ser cômico o nível de ilusão e fascinação onde a maioria das pessoas embarca, simplesmente por falta de discernimento, por comodismo ou por falta de opção .
A evolução tecnológica e digital está transformando drasticamente nosso “modus vivendi”, fazendo com que nossa alma também se transforme, desenvolvendo gosto pelo efêmero e pelo instantâneo.
De acordo com os sagrados escritos de Alice Bailey, podemos chamar de fascinado aquele ser completamente reativo e guiado pelo fluxo emocional.  A fascinação impede que a pessoa enxergue a vida e as condições circundantes como elas realmente são, faltando clareza e objetividade.
O fascinado só reage.
Acontece uma coisa boa ele fica bem.
Acontece um fato ruim, ele fica mal.
É um espectador da vida, não consegue ser o protagonista de seu próprio viver, pois prefere aproveitar o que já está pronto e imitar, copiar o que já foi feito. Como se deixa levar apenas pelas emoções, é infantil em seu raciocínio e dificilmente possui atos de pioneirismo e contribuição para o mundo com projetos elevados que possam transformar uma realidade, mesmo que pequena.
O fascinado é birrento, visceral, passivo-agressivo, tem dificuldades em sua capacidade de generalização e na maioria das vezes é oportunista e capaz de qualquer coisa para atingir seus objetivos. Muitas vezes o fascinado almeja a fama, mas só se ela vier sem nenhum esforço.
Normalmente o fascinado utiliza termos como “causei”, sou “top”, vou “arrasar”; todos esses termos para instantaneamente suprirem um vazio existencial causado pelo vazio mental, ou seja, da falta de informação e de conhecimento.
Você deve agora estar se perguntando:
- Será que sou um fascinado?
Lamento em ter que dar essa resposta, mas é sim. Não sei se muito ou pouco, mas é.
Todos nós somos fascinados em algum nível e por isso estamos aqui na Terra, para curar essa fascinação, essa ilusão de acreditarmos que somos o corpo físico e esse culto à perfeição material que temos desenvolvido principalmente ao longo dos últimos anos.
Antigamente percebíamos uma certa timidez nas pessoas, e hoje, ao menos aqui no Brasil, com as provocações da mídia percebemos uma ridicularização do ser humano promovida por uma sociedade carente de princípios e valores morais, que acredita que qualquer coisa pode ser comprada: desde um cabelo perfeito, um corpo perfeito, até um diploma universitário.
Índole, caráter, princípios, educação e gentileza não estão a venda em farmácias e clínicas estéticas. Classe e elegância também não. E quando falo aqui de classe e elegância, são aquelas que residem em um “bom dia” bem humorado, na humildade de um sorriso gentil ou na contemplação de uma flor. A natureza é elegante, o Criador também. E a que ponto estamos distantes da energia Criadora, para acreditar que podemos ser quem nós não somos?
Um procedimento cirúrgico, que por exemplo, auxilia a pessoa a manter sua autoestima elevada e que a faça sentir-se bem é uma coisa. O exagero, que torna a pessoa viciada nesses procedimentos, é outra coisa, bem diferente, e pode viciar.
Qualquer sentimento, emoção, pessoa ou coisa que lhe escraviza, é um vício. Desde chocolate, coca-cola, doces, raiva, stress, hipersexualidade, internet ou drogas, qualquer coisa que lhe trouxer uma relação de dependência e aprisionamento, é um vício, que se dá pelo descontrole emocional do fascinado. Algumas pessoas até usam essa expressão “sou fascinado por chocolate, sou fascinado por internet” etc.
Hoje vemos pessoas dispostas a verdadeiras barbaridades para aparecer em uma capa de revista ou em um programa de TV. E elas dizem que batalharam muito para chegarem até ali. Mas de qual tipo de batalha estamos falando? Com qual propósito? Com qual visão, missão, valores? Isso é fascínio. Nesse caso, temos um bom exemplo de fascinação: pessoas que estão dispostas a qualquer coisa para atingir certo patamar de fama.
Os fascínios podem dar-se em vários níveis, existem centenas, mas vamos citar abaixo apenas os mais comuns, para que você possa fazer uma autoanálise
Egocentrismo, poder pessoal; isolamento,  solidão e  afastamento; Impor a própria vontade sobre pessoas e grupos; popularidade; autopiedade; estar muito ocupado; maquinação; manipulação dissimulada e contínua; considerar-se importante, do ponto de vista do saber e da eficiência; excesso de conforto e  satisfação pessoal; guerra; percepção psíquica em vez da intuição; materialidade e ênfase na forma; intelecto; segurança; sentimentalismo; visão estreita; fanatismo.
Como mudar? Use seu filtro interno, você possui o conhecimento do bem e do mal, do certo e do errado e possui todos os instrumentos para se libertar desse aprisionamento da fascinação.
Procure aconselhamento, livros, terapias, yoga, pessoas com quem você tenha afinidade e um novo mundo se descortinará para você.
Você experimentará momentos felizes de plenitude e consciência que lhe levarão a um caminho de evolução espiritual constante.
Mãos a obra!
Dê-se a chance de experimentar o novo!
Muita Paz!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Vencer a Rotina Mecânica Gera um Magnetismo Positivo.


Texto de Carlos Cardoso Aveline, retirado do site Filosofia Esotérica.
Há nos cidadãos modernos um déficit de vontade individual. É provável que nenhum indivíduo do mundo atual escape inteiramente deste aspecto do carma coletivo.
Os fatores determinantes desse problema são vários. A política econômica dominante busca transformar o indivíduo em um consumidor passivo e destituído de força própria. A política teológica das igrejas trata de transformá-lo em um crente cego e igualmente sem vontade. Para a mídia, ele é um mero consumidor de informações e de entretenimento. A medicina atual o transforma em um comprador de remédios e alguém que se submete a este ou aquele tratamento, ao invés de ensinar-lhe desde o início a ter uma vida saudável e a produzir e preservar o seu próprio bem-estar e sua saúde. Tudo isso alimenta a preguiça mental e emocional.
Quando se tem a intenção de vencer o variado processo de coisificação da vida humana, é necessário fazer um esforço definido. Despertar interiormente significa ir contra a corrente comum que avança águas abaixo. O ato de romper a rotina automática da vida faz com que o indivíduo crie uma força de vontade firme e produza um magnetismo próprio. O teosofista pode romper a rotina, por exemplo, ao dedicar todos os dias um determinado tempo da sua vida a conhecer melhor o que é eterno.
Um estudo regular de filosofia, e uma meditação diária em um canto da casa que seja reservado para isso, são práticas que fortalecem a vontade através da autodisciplina. Mas é preciso lembrar que o progresso espiritual nunca é algo assegurado. Mesmo que alguém já tenha vários anos de prática, cada dia será sempre, de certo modo, o primeiro dia de esforço. A experiência acumulada não é garantia de coisa alguma. A vigilância é sempre igualmente necessária. Ninguém está acima de testes.
Quanto mais se avança, mais duras, mais sagradas – e mais decisivas – são algumas provações. O pior engano que alguém pode fazer consigo mesmo é convencer-se de que “já conhece” o caminho espiritual. Esta ilusão impede a pessoa de querer aprender, e ser aprendiz é uma condição indispensável para que haja progresso.
Ser verdadeiramente sábio significa estar livre da roda de reencarnações e é uma condição que está além da etapa atual de desenvolvimento humano. Entre os indivíduos que convivem com nossa humanidade, os maiores sábios são apenas discípulos da sabedoria eterna. Mas eles aprenderam algo decisivo. Eles aprenderam a aprender.
Para todos, o caminho precisa ser reinventado e reavaliado a cada dia e não há nada mais elevado do que ser aprendiz. A cada nova descoberta, o desapego é testado. O caminho não cessa de surpreender o caminhante. Será possível soltar as velhas ilusões para, com as mãos livres, agarrar as percepções renovadoras que surgem a cada momento? O indivíduo pode disciplinar-se? Pode calar a agitação e ouvir a voz do silêncio – que produz a paz? Ele consegue recolher-se a um canto todos os dias, “parar o mundo externo”, desligar-se, e instalar-se no Templo Interior da sua própria consciência? Na medida em que fizer isso, passará a viver mais plenamente.


Muita Paz!
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