sexta-feira, 26 de julho de 2013
Irritação e impaciência? Um dia de cada um!
Texto : Rosana Braga
Todos nós temos dias difíceis, em que nos sentimos sem paciência e irritados. Por isso, diria que a irritação e a impaciência, quando ocasionais ou decorrentes de alguma fase complicada da vida, não é exatamente um problema. Talvez um alerta, um aviso de que a vida pode ser bem mais fácil se conseguirmos manter a calma e administrar melhor nossos impulsos.
Caso contrário, aqueles que vivem à beira de um ataque de nervos, tendem a repelir as pessoas e até a perder o contato com amigos e entes queridos. Afinal, são raros os que toleram por muito tempo e de forma espontânea pessoas mal humoradas, reclamonas, grosseiras e intolerantes. É realmente uma convivência desgastante.
Excessos à parte, penso que nos relacionamentos, o problema começa quando os dois estão sempre irritados e sem paciência ao mesmo tempo, nos mesmos dias. Ou seja, quando um não consegue manter o equilíbrio diante do desequilíbrio do outro. Mais ou menos assim: um não acorda bem. Está visivelmente irritado e mal humorado. O outro, se não estiver atento e consciente, tende a se deixar contaminar e, sem se dar conta, fica irritado e mal humorado também.
Nem sabe por que. Ou talvez justifique seus sentimentos dizendo que foi o outro quem provocou. Mas isso não é exatamente uma verdade. Em última instância, cada um é responsável por seus próprios sentimentos. E quando nos observamos e refletimos sobre o que estamos sentindo, conseguimos perceber o que é nosso e o que não é. Conseguimos recuperar a noção de nossa realidade e lidar melhor com o que sentimos, como sentimos e por que sentimos.
Um dos grandes trunfos que você pode desenvolver no seu relacionamento é aprender a dar espaço ao outro e reconhecer que hoje não está sendo um dia fácil para ele. Neste dia, dê um crédito ao seu par. Decida fazer o contraponto e manter a calma. Decida-se por não se misturar com o que incomoda, com o que desestabiliza. Decida-se por se manter atento a si mesmo, ao que pensa, ao que fala e ao que sente. Mas, principalmente, ao que faz.
A ideia é que os dias fáceis sejam compartilhados e multiplicados, mas os dias difíceis sejam divididos. Um dia de cada um. Uma espécie de pacto da paz. Evitar, ao máximo, ficarem irritados e impacientes ao mesmo tempo. Quando um está sem paciência, o outro releva, compreende e dá um tempo até que os ânimos de acalmem.
Assim, como um time, em nome do amor e da boa convivência, maduros e conscientes, torna-se bem mais prazeroso se relacionar. E quando não for possível, tudo bem. Só a tentativa de dar um crédito ao outro no seu 'bad day' e a consideração de que existe essa possibilidade já pode fazer uma grande diferença. E de crédito em crédito, vocês só têm a ganhar!
Muita Paz!
domingo, 21 de julho de 2013
A Era da Fascinação!
Texto: Patrícia Candido.
Atualmente chega a ser cômico o nível de ilusão e fascinação onde a maioria das pessoas embarca, simplesmente por falta de discernimento, por comodismo ou por falta de opção .
A evolução tecnológica e digital está transformando drasticamente nosso “modus vivendi”, fazendo com que nossa alma também se transforme, desenvolvendo gosto pelo efêmero e pelo instantâneo.
De acordo com os sagrados escritos de Alice Bailey, podemos chamar de fascinado aquele ser completamente reativo e guiado pelo fluxo emocional. A fascinação impede que a pessoa enxergue a vida e as condições circundantes como elas realmente são, faltando clareza e objetividade.
O fascinado só reage.
Acontece uma coisa boa ele fica bem.
Acontece um fato ruim, ele fica mal.
É um espectador da vida, não consegue ser o protagonista de seu próprio viver, pois prefere aproveitar o que já está pronto e imitar, copiar o que já foi feito. Como se deixa levar apenas pelas emoções, é infantil em seu raciocínio e dificilmente possui atos de pioneirismo e contribuição para o mundo com projetos elevados que possam transformar uma realidade, mesmo que pequena.
O fascinado é birrento, visceral, passivo-agressivo, tem dificuldades em sua capacidade de generalização e na maioria das vezes é oportunista e capaz de qualquer coisa para atingir seus objetivos. Muitas vezes o fascinado almeja a fama, mas só se ela vier sem nenhum esforço.
Normalmente o fascinado utiliza termos como “causei”, sou “top”, vou “arrasar”; todos esses termos para instantaneamente suprirem um vazio existencial causado pelo vazio mental, ou seja, da falta de informação e de conhecimento.
Você deve agora estar se perguntando:
- Será que sou um fascinado?
Lamento em ter que dar essa resposta, mas é sim. Não sei se muito ou pouco, mas é.
Todos nós somos fascinados em algum nível e por isso estamos aqui na Terra, para curar essa fascinação, essa ilusão de acreditarmos que somos o corpo físico e esse culto à perfeição material que temos desenvolvido principalmente ao longo dos últimos anos.
Antigamente percebíamos uma certa timidez nas pessoas, e hoje, ao menos aqui no Brasil, com as provocações da mídia percebemos uma ridicularização do ser humano promovida por uma sociedade carente de princípios e valores morais, que acredita que qualquer coisa pode ser comprada: desde um cabelo perfeito, um corpo perfeito, até um diploma universitário.
Índole, caráter, princípios, educação e gentileza não estão a venda em farmácias e clínicas estéticas. Classe e elegância também não. E quando falo aqui de classe e elegância, são aquelas que residem em um “bom dia” bem humorado, na humildade de um sorriso gentil ou na contemplação de uma flor. A natureza é elegante, o Criador também. E a que ponto estamos distantes da energia Criadora, para acreditar que podemos ser quem nós não somos?
Um procedimento cirúrgico, que por exemplo, auxilia a pessoa a manter sua autoestima elevada e que a faça sentir-se bem é uma coisa. O exagero, que torna a pessoa viciada nesses procedimentos, é outra coisa, bem diferente, e pode viciar.
Qualquer sentimento, emoção, pessoa ou coisa que lhe escraviza, é um vício. Desde chocolate, coca-cola, doces, raiva, stress, hipersexualidade, internet ou drogas, qualquer coisa que lhe trouxer uma relação de dependência e aprisionamento, é um vício, que se dá pelo descontrole emocional do fascinado. Algumas pessoas até usam essa expressão “sou fascinado por chocolate, sou fascinado por internet” etc.
Hoje vemos pessoas dispostas a verdadeiras barbaridades para aparecer em uma capa de revista ou em um programa de TV. E elas dizem que batalharam muito para chegarem até ali. Mas de qual tipo de batalha estamos falando? Com qual propósito? Com qual visão, missão, valores? Isso é fascínio. Nesse caso, temos um bom exemplo de fascinação: pessoas que estão dispostas a qualquer coisa para atingir certo patamar de fama.
Os fascínios podem dar-se em vários níveis, existem centenas, mas vamos citar abaixo apenas os mais comuns, para que você possa fazer uma autoanálise
Egocentrismo, poder pessoal; isolamento, solidão e afastamento; Impor a própria vontade sobre pessoas e grupos; popularidade; autopiedade; estar muito ocupado; maquinação; manipulação dissimulada e contínua; considerar-se importante, do ponto de vista do saber e da eficiência; excesso de conforto e satisfação pessoal; guerra; percepção psíquica em vez da intuição; materialidade e ênfase na forma; intelecto; segurança; sentimentalismo; visão estreita; fanatismo.
Como mudar? Use seu filtro interno, você possui o conhecimento do bem e do mal, do certo e do errado e possui todos os instrumentos para se libertar desse aprisionamento da fascinação.
Procure aconselhamento, livros, terapias, yoga, pessoas com quem você tenha afinidade e um novo mundo se descortinará para você.
Você experimentará momentos felizes de plenitude e consciência que lhe levarão a um caminho de evolução espiritual constante.
Mãos a obra!
Dê-se a chance de experimentar o novo!
Muita Paz!
terça-feira, 16 de julho de 2013
Vencer a Rotina Mecânica Gera um Magnetismo Positivo.
Texto de Carlos Cardoso Aveline, retirado do site Filosofia Esotérica.
Há nos cidadãos modernos um déficit de vontade individual. É provável que nenhum indivíduo do mundo atual escape inteiramente deste aspecto do carma coletivo.
Os fatores determinantes desse problema são vários. A política econômica dominante busca transformar o indivíduo em um consumidor passivo e destituído de força própria. A política teológica das igrejas trata de transformá-lo em um crente cego e igualmente sem vontade. Para a mídia, ele é um mero consumidor de informações e de entretenimento. A medicina atual o transforma em um comprador de remédios e alguém que se submete a este ou aquele tratamento, ao invés de ensinar-lhe desde o início a ter uma vida saudável e a produzir e preservar o seu próprio bem-estar e sua saúde. Tudo isso alimenta a preguiça mental e emocional.
Quando se tem a intenção de vencer o variado processo de coisificação da vida humana, é necessário fazer um esforço definido. Despertar interiormente significa ir contra a corrente comum que avança águas abaixo. O ato de romper a rotina automática da vida faz com que o indivíduo crie uma força de vontade firme e produza um magnetismo próprio. O teosofista pode romper a rotina, por exemplo, ao dedicar todos os dias um determinado tempo da sua vida a conhecer melhor o que é eterno.
Um estudo regular de filosofia, e uma meditação diária em um canto da casa que seja reservado para isso, são práticas que fortalecem a vontade através da autodisciplina. Mas é preciso lembrar que o progresso espiritual nunca é algo assegurado. Mesmo que alguém já tenha vários anos de prática, cada dia será sempre, de certo modo, o primeiro dia de esforço. A experiência acumulada não é garantia de coisa alguma. A vigilância é sempre igualmente necessária. Ninguém está acima de testes.Quanto mais se avança, mais duras, mais sagradas – e mais decisivas – são algumas provações. O pior engano que alguém pode fazer consigo mesmo é convencer-se de que “já conhece” o caminho espiritual. Esta ilusão impede a pessoa de querer aprender, e ser aprendiz é uma condição indispensável para que haja progresso.
Ser verdadeiramente sábio significa estar livre da roda de reencarnações e é uma condição que está além da etapa atual de desenvolvimento humano. Entre os indivíduos que convivem com nossa humanidade, os maiores sábios são apenas discípulos da sabedoria eterna. Mas eles aprenderam algo decisivo. Eles aprenderam a aprender.
Para todos, o caminho precisa ser reinventado e reavaliado a cada dia e não há nada mais elevado do que ser aprendiz. A cada nova descoberta, o desapego é testado. O caminho não cessa de surpreender o caminhante. Será possível soltar as velhas ilusões para, com as mãos livres, agarrar as percepções renovadoras que surgem a cada momento? O indivíduo pode disciplinar-se? Pode calar a agitação e ouvir a voz do silêncio – que produz a paz? Ele consegue recolher-se a um canto todos os dias, “parar o mundo externo”, desligar-se, e instalar-se no Templo Interior da sua própria consciência? Na medida em que fizer isso, passará a viver mais plenamente.
Muita Paz!
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Você ja enfrentou a Sua Fera hoje?
Texto: Teresa Cristina Pascotto.
Todos os seres humanos carregam em si todos os aspectos da dualidade. Aqueles que não concordam com isso, são os que vivem em negação, preferindo viver em suas mentiras e ilusões a terem que confrontar suas verdades, constando que sim, contém todos os aspectos negativos que os outros humanos. Reconhecer essa realidade é também um ato de humildade. É fácil apontar o dedo acusador para aqueles que cometem atos violentos e vandalismos em geral; é fácil ficar em sua posição confortável, falando dos erros alheios, mas é muito difícil e raro, eu diria, encontrar alguém que reconheça que tudo aquilo que mais o incomoda nos outros -neste exemplo, a violência-, só o incomoda dessa forma demasiada porque essa mesma violência -não manifestada- também existe dentro de si.
Vou citar o exemplo das manifestações que estão acontecendo à nossa volta. Todos os "manifestantes pacíficos" que iniciaram o movimento foram movidos por impulsos de indignação, injustiça, revolta, dentre outros sentimentos e emoções "negativos". Sua manifestação, em termos de atitudes, foi pacífica em verdade, porém, internamente, sua fera estava movida por sentimentos horríveis e um desejo enorme de "sair para o mundo" e gritar por seus direitos de forma bastante agressiva, seja na expressão da palavra ou até mesmo expressando em atitudes. Porém, estes manifestantes pacíficos, são suficientemente autocontrolados - excessivamente -, para permitirem que suas feras pudessem vir à tona de forma tão explícita. Assim, saíram "pacificamente" para as ruas, enquanto suas feras foram manifestadas vibracionalmente "para fora", fisicamente nada havia de agressividade nas suas manifestações, mas na energia -que é a nossa realidade mais poderosa-, todos estavam "soltando os bichos" numa projeção energética. Com isso, dentre os "pacíficos", havia todo o grupo de "feras energéticas" junto deles, VIBRANDO violência e agressividade.
Como tudo ocorre na dinâmica oculta das energias, quem olha com os olhos físicos, nada enxerga, a não ser manifestantes pacíficos e, se ninguém percebe a realidade oculta na mente humana, nós nunca poderemos perceber verdadeiramente o que nos impede de evoluir e de ascender. Se Somos Todos Um, aquilo que existe na mente destrutiva de um está na mente de todos, assim como, aquilo que está no coração bondoso de um está no coração de todos. Enquanto as mentes não forem desmascaradas em suas mazelas ocultas e aceitas, nós nunca conseguiremos dar o salto evolucional pelo qual tanto esperamos.
Enquanto os ditos pacíficos controlam e negam suas feras, a agressividade humana continuará ativa e latente. Os estragos de uma energia oculta projetada são muito maiores dos que ocorrem com energias manifestadas. Desta forma, para que possamos trazer a evidência dessa realidade agressiva à tona, algumas pessoas, que já estão com sua agressividade mais latente e aflorada, e predispostas a manifestarem-se de forma violenta e agressiva, acabam captando a energia das "feras vibracionais" que estão ali, manifestadas energeticamente no grupo, e "incorporam as feras/demônios" de todos, que entram em comunhão com suas feras que já estão à solta e acabam manifestando na fisicalidade aquilo que as "feras dissimuladas" não querem manifestar. Assim, todos do grupo, inclusive os tais manifestantes pacíficos, são responsáveis pelas atitudes violentas dos manifestantes agressivos, pois estes abraçaram suas feras rejeitadas.
Se a violência humana não for reconhecida individualmente, para que cada um de nós tome conta de sua fera interior, não haverá outro jeito de transcendermos a violência, a não ser através de manifestações explícitas de alguns que estão adorando poder soltar suas feras. É por isso que há um grande movimento de situações agressivas e violentas acontecendo nos últimos tempos. Se cada ser humano for capaz de mergulhar em si mesmo numa busca honesta e corajosa, para encontrar e conhecer suas feras e demônios ocultos, e se for capaz de aceitar e acolher essas suas expressões negativas, assumindo plenamente a responsabilidade por sua agressividade e violência, "abraçando suas feras", numa atitude de reconhecimento e vontade de cuidar dessas feras, para que elas tenham a oportunidade de serem educadas e ajustadas a um modelo mais saudável - na dualidade é impossível não termos agressividade que, em alguns momentos, é necessária para reagirmos em nossa defesa. O excesso disso é que é desequilíbrio -, elas começarão a se equilibrar e não precisarão mais ficar à espera de um momento de descuido nosso para que possam sair vibracionalmente fazendo estragos por aí, enquanto nós, dissimuladamente, ficamos acreditando em nossa pacificidade ao mesmo tempo em que ficamos apontando o dedo acusador aos violentos.
Toda a violência que acontece no mundo tem a ver com a violência que toda a humanidade está vibrando, exteriorizando ou não, ela está ali, causando males a todos nós. O mais prejudicado nisso é aquele que nega sua fera interna, pois ela está enjaulada, revoltada contra a própria pessoa que não a reconhece e não a aceita e acaba vibrando raiva, trazendo malefícios até mesmo à saúde daquele que a nega. Portanto, se as pessoas querem curar seus males, deverão, urgentemente, partir para essa busca interior no descobrimento de todo o seu lado mais destrutivo, abominável e aversivo.
Enquanto não fizerem isso, suas vidas continuarão a ser insatisfatórias e frustrantes. E o mundo continuará violento.
Assuma sua violência e agressividade, sem julgamentos ou críticas. Aceite, esta é uma realidade humana, não há como estar mergulhado na 3D, na dualidade, sem carregarmos em nossa bagagem essas condições negativas. Mude seu olhar sobre isso e ao reconhecer suas feras, deseje encontrar, em seu coração, toda a força compassiva e amorosa que você contém, para que você possa se olhar e se aceitar com amorosidade. Você não é um monstro, você é apenas um ser humano que veio expressar sua missão escolhida por sua alma e foi ela mesma que escolheu quais feras deveria trazer para poder sobreviver a esta experiência tão difícil que é viver na dualidade.
Quando você entende que suas feras fazem parte de um grande projeto da alma e aprende a dar as mãos para essas feras, como um pai amoroso que conduz seu filho, e vive plenamente sem autocontrole excessivo e sem negação, você começa verdadeiramente a experimentar a vida com alegria. Suas tristezas mais profundas têm a ver com uma autorrejeição que nem você mesmo conhece. No fundo, você sabe que contém essas feras e é por isso mesmo que fez de tudo para trancá-las e negá-las tentando manter-se bem longe delas, criando comportamentos e máscaras para enganar a si mesmo e ao mundo e é por isso que você se rejeita. Se você não conquistar a real autoaceitação, independentemente do que carrega dentro de si, nunca conseguirá se libertar de suas limitações.
Recolha suas feras com amorosidade e responsabilidade, e a violência no mundo diminuirá e, com o tempo, aqueles que ainda querem exteriorizar sua violência, após se darem o direito de exorcizarem seus demônios, também irão se sentir mais aliviados e poderão, com nossa vibração amorosa, voltarem a um estado mais saudável.
Assinar:
Postagens (Atom)