domingo, 31 de março de 2013

Aproveite a Natureza para Relaxar!


Texto: Cristina Cairo.

Ande descalço sobre a terra, procurando descarregar suas tensões diárias pois somos mesmo uma antena captadora de energias e peloas nossos pés é que são eliminadas as energias negativas no plano Terra.

Respire sempre profunda e lentamente, para dar tempo ao organismo de realizar perfeitamente as trocas gasosas através das celulas.

Procure manter seu rosto livre de tensões e passe a observá-lo melhor.

Quando você der de cara com aquele sol maravilhoso da manhã, abra os braços como se fosse abraça-lo e receba dele toda a energia necessária para sua Vida.

Exercite seu pescoço, olhando por um bom tempo, as nuvens que passam no céu; isso ajudará a sair da depressão e deixará seu pescoço "esticadinho".

Ouça os pássaros cantando, eles possuem harmonia no som que emitem e nosso organismo recebe essa vibração como sinal de saúde e paz.

Nosso corpo é regido por vibrações, por isso, necessitamos de boas frequências musicais e sonoras, para mantes o ritmo sanguíneo equilibrado.

Os exercícios de relaxamento são desenvolvidos   partir de observações da natureza e dos animais, portanto, cabe a você estar livre de preconceitos para copiar e fundir-se com a sabedoria doa ar, da terra, da água e do fogo.

Mantenha a paz em seu coração, em todos os momentos de sua vida e seja prudente ao analisar suas intuições pois só assim você conseguirá alcançar a verdadeira e eterna felicidade.

Sorria Sempre!!!!

Muita Paz! 


terça-feira, 19 de março de 2013

Escolher ou Ser escolhido!


Texto: Maria Isabel Carapinha.

Inúmeras são as queixas que muitas vezes temos da vida que levamos, mas parar e pensar se foi uma escolha nossa viver determinada situação é uma coisa que com muita dificuldade fazemos ou, na grande maioria dos casos, não fazemos.

Levar a vida é uma das piores situações que podemos ter. Quem sabe trocar este termo por viver a vida, com toda a intensidade e sentimentos maravilhosos que ela pode nos trazer, a isto damos o nome de escolher, sim! Significa escolher o queremos de fato para nossa vida.

No meio de nossa trajetória de vida podem até acontecer desvios de caminho, que nos levam a uma rua sem saída, mas a opção de voltar para a estrada principal é somente nossa e precisa partir de nossa iniciativa.

Se hoje você vive uma ou mais situações que não desejaria, isente-se de reclamações e dê os passos iniciais para escolher o que deseja viver. Ser escolhido significa entregar o poder de sua vida aos outros, sendo que quem vai vivê-la é somente você.

Reconhecer o seu poder pessoal significa fazer as escolhas que lhe trazem felicidade. Este retorno para a estrada principal de sua vida, por vezes pode levar um tempo, mas perceber que queremos mudar, já é um grande passo para o início de uma nova jornada, é entender que no momento que fomos escolhidos para viver determinadas situações, estávamos energeticamente iguais em energia ao que nos escolheu. Puxa! Admitir isso não é fácil, muito mais fácil é criticar e permanecer onde nos encontramos.

Tem um filme que sempre que assisto me faz pensar sobre poder pessoal e determinação. É o filme "A Era do Gelo". O esquilo corre atrás da "noz" como se fosse a única coisa que existisse em sua vida, Por ela, ele cai em abismos, ele pula precipícios e desvia de inimigos sem ao menos percebê-los. Por essa determinação, ele se machuca, levanta sacode o gelo e segue em frente. Os bloqueios e desafios maiores são vencidos sem que ele pense neles. A isto podemos dar o nome de determinação e podemos chamar de poder pessoal a decisão que ele toma de ter a "noz" para ele.

Será que você já definiu o que seria a sua "noz"? Estar certo do que desejamos é sim um passo importante para escolhermos o que desejamos para nossa vida; é ter absoluta certeza que pelo equilíbrio de nossas energias e eliminação de nossos bloqueios chegará o momento em que teremos a "noz" em nossas mãos.

É somente quando você retoma a sintonia de escolher, que canaliza sua energia para os momentos que deseja viver, que a realização plena de sua vida se torna realidade. Já, quando você decide que o outro é que deve realizá-lo, e insiste nisto, na mesma proporção se decepcionará, se frustrará e se tornará uma pessoa amarga e triste, permanecendo então com seus bloqueios energéticos que por inúmeras vezes fazem com que você repita determinada situação na tentativa de fazer histórias diferentes que nunca se concretizam. 

Quando a verdadeira necessidade de vencer bloqueios toma sua mente, a autorrealização é expressa e, então, uma enorme força interior que se chama poder pessoal desperta em você e nada o impedirá de chegar ao que deseja.

Aqui também podemos pensar que determinadas coisas que vivemos também constituem aprendizado, sim! Também concordo, mas até mesmo nas situações ruins, houve uma escolha sua, que a levará a crescimento, pois se não aprendemos pelo amor, aprendemos pela dor. Mas persistir por anos em histórias que não deveriam fazer parte de sua vida, não faz sentido, pois a vida é muito curta, muito intensa e muito, mas muito boa de ser vivida. Não perca tempo!

O fato de se culpar por coisas que lhe acontecem também está diretamente ligado ao fato de não perceber a raiz do que lhe fez estar em tal situação. Por inúmeras vezes, repetimos histórias de rejeição de não sermos amados, de não sermos valorizados, simplesmente por um bloqueio energético que ocorreu em determinado momento de nossas vidas. Este bloqueio é identificado pela utilização da Mesa Radiônica e quando o descobrimos e trazemos para a consciência a seguir energeticamente o eliminamos e como há uma nova vibração em sua mente, a capacidade de escolha se instala em você e você consegue até enxergar qual é a "noz" que deseja e, então, buscá-la.

É muito importante saber que você não pode conquistar nada, sem antes conceber esta energia em sua mente. Defina suas metas, seus objetivos, o que realmente quer para sua vida e siga nesta direção isento de dúvidas. Você pode conquistar para sua vida tudo que desejar, seu poder pessoal vibra por isso, basta enxergá-lo e reconhecê-lo.

Somente a crise pode demolir estruturas que não lhe pertencem mais. Se hoje você se encontra em crise, fique feliz, pois você desejará a todo custo sair deste estado de inércia. Você viverá uma vida repleta à medida que identificar e eliminar tudo que lhe traz sofrimento e angústia.

Há tempos atrás, atendi em meu consultório um engenheiro civil que dizia detestar o que fazia, odiava altura, tinha alergia respiratória à poeira e não tinha habilidade nenhuma em lidar com pessoas. Não sabia expressar o que era necessário ser feito. Ou era arrogante ao extremo, ou simplesmente não o respeitavam. Por anos, viveu daquela forma. Sabia que não era o que deseja para sua vida, mas não mudava por achar que a estabilidade era o que mais lhe importava. Como todo mundo, deveria ter um emprego de segunda a sexta, das 8 às 18h, quando não até 22hs, o que era comum em sua vida. Nas reuniões estressantes que tinha que ter com os donos dos apartamentos ou com seus diretores, desgastava-se e achava que suas ideias não eram aceitas, que todos iam contra seu ideal de vida, chegando com isso a passar mal com dores intensas de cabeça e pressão alta.

Iniciamos, assim, o atendimento com a Mesa Radiônica, com o objetivo primeiro de eliminar todos os bloqueios que o faziam viver determinadas situações e depois descobrir seu verdadeiro ideal de vida e, então, concretizá-lo.

Nas primeiras sessões, identificou um bloqueio muito intenso com relação a seu pai. Ele em todas as situações reconheceu que seu pai nunca o entendeu, nunca o valorizou e sempre o obrigou a fazer o que não desejava, incluindo o seguimento de uma religião rigorosa que fazia parte da vida de toda a sua família por anos. Com a eliminação deste bloqueio que se concretizou em situações semelhantes, com o mesmo fantasma por trás, ele passou a ter em sua mente o claro desejo de modificar sua vida.

Neste momento, pedi calma a ele, pois o entusiasmo era tal que sua vibração mental acentuada poderia levá-lo a escolhas erradas. Disse a ele que mudanças precisam de identificação e planejamento. Em outras palavras, ele precisava definir claramente o que desejava para sua vida e, então, programar como chegar até esta que seria a sua "noz".

Após algumas sessões, ele descobriu que desejava comprar um barco e viajar pelo mundo. Assustei-me um pouco... Que desejo e tanto! Mas como seu poder pessoal era enorme, nunca duvidei que ele chegaria lá.

No planejamento, decidimos guardar um dinheiro que lhe fosse suficiente para dois anos sem ganhos, o que lhe daria tranquilidade. A necessidade de falar outras línguas e de conhecer o mar, os barcos e seus perigos e ameaças se fez presente logo no começo de sua trajetória rumo ao seu ideal.

No meio deste processo, coloquei-lhe um segredo para conquistas... Perguntei-lhe qual porcentagem de energia gasta por ele com seus problemas e dificuldades atualmente. Ele me respondeu que era em torno de 90%. Diante disso, sugeri mudar isto para 10%. Ele me olhou confuso e então lhe expliquei que ele iria continuar a fazer tudo que faz hoje da melhor maneira possível, com toda a dedicação por excelência que tem, mas não despenderia energia com coisas que nunca se modificarão. Toda sua energia deveria ser colocada nas novas conquistas. E, assim, caminhamos com alguns retornos de vícios de comportamento que aos poucos íamos eliminando...
Hoje com seu barco, fazendo reportagens e fotos pelo mundo afora, vive feliz e tranquilo. Finalmente, ele percebeu que havia escolhido o que desejava para sua vida!


Muita Paz!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Sem tantos `porquês´, sobra espaço para o silêncio que apazigua...


Texto: Rosana Braga

Longe de mim julgar equivocado o instinto questionador da maioria das pessoas, talvez da raça humana. Querer encontrar respostas certamente nos impulsiona a muitos bons lugares. Entretanto, há que se ponderar sobre os excessos.

O problema não está em desejar compreender, mas em acreditar que a compreensão é sempre necessária ou possível, ou ainda que só se pode aquietar a alma depois de obter as tais respostas.

Buda deixou um ensinamento na frase seguinte que a mim parece responder senão quase todas, ao menos muitas das questões mais angustiantes que costumamos criar: "A mente não conhece respostas. O coração não conhece perguntas".

Pois... que só questiona quem não sabe. Quem sabe, apenas abre caminho para que a vida aconteça. Sem se fazer refém de perguntas que nada preenchem. Sem resistir ao que é, ao que está. Sem duvidar da perfeita engrenagem que gira ao perfeito ritmo do Universo.

Quem sabe tem fé e só quem tem fé sabe! Não uma fé mágica, mas uma fé sábia! Porém, infelizmente, a maioria de nós, especialmente nos momentos mais delicados, mais dolorosos e mais intensamente complexos, não confia!

Desavisadamente, insiste em acreditar que o coração é bobo, ingênuo, emotivo demais. Insiste em apostar que as emoções, tão instáveis e dinâmicas, tão humanamente confusas, são ditadas pelo coração. Não são!

Tudo o que é fugaz, vulnerável e volátil tem a ver com o que está voltado para fora, suspenso, solto do que é próprio da pessoa - sempre genuinamente singular, dona da única sabedoria capaz de apaziguar de verdade qualquer tormenta interior.

É fato que, a despeito de resistir a esta ideia, tanto mais você saberá quanto menos perguntar. Tanto mais perceberá o sentido quanto mais relaxar, quanto mais aceitar, quanto mais silenciar.

Não há paz no tumulto de sua mente. Não há compreensão no afã da busca. Não há amor na confusão do desejo. Pensar, buscar e desejar fazem parte do exercício de viver, sim. Fazem parte do aprendizado e do amadurecimento. Mas a evolução está justamente em parar de pensar tanto, de buscar tanto e de desejar tanto.

Quando o seu momento for de tristeza e dor, luto e escuridão, seja em qualquer grau, apenas tente respirar fundo, fechar os olhos e aquietar-se. Tudo o que for realmente necessário... estará aí. E se você ainda não conseguiu se dar conta disso, é porque ainda não está suficientemente em silêncio para ouvir e ver!


Muita Paz!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Estar no Mundo sem Ser do Mundo!


Texto: Marta Magalhães.

Estamos na quaresma, tempo de meditação, reflexão e limpeza espiritual para os cristãos. Tempo de nos voltarmos para o interior de nós mesmos em busca de uma maior compreensão da origem dos nossos conflitos internos e de como podemos limpar o nosso coração de sentimentos negativos. 

A quaresma simboliza o tempo que Jesus se retirou para o deserto para enfrentar as suas sombras, suas dúvidas e em busca da compreensão do propósito da sua existência. Neste período, ele foi tentado pelo ego e pôde se observar profundamente, mergulhar nas suas trevas interiores, para finalmente resgatar a sua força, a sua LUZ. Só depois do encontro consigo mesmo, com a Verdade, ele pôde voltar e exercer a sua Missão Crística. 

Foi meditando sobre o retiro de Jesus no deserto, que me vieram à mente as palavras que ele disse aos seus discípulos um pouco antes de ser preso: "Tende ânimo, Eu venci o mundo!" 

O mundo neste sentido significa a dor, os desejos do eu inferior, os conflitos internos, os apelos dos sentidos físicos, apegos materiais e emocionais, ou sejam todas as angústias humanas. Jesus aí diz com todas as letras que ele despertou da ignorância de Si, superou o medo, o orgulho, enxergou suas próprias sombras, se libertou, se iluminou. 

Na verdade, a terceira dimensão, o "mundo", tem o poder de nos magnetizar através da crença que temos naquilo que os nossos sentidos físicos nos fornecem como informação e que nos influenciam sobremaneira nos levando a seguir comandos mentais como se fossemos zumbis, escravos de nós mesmos, dos nossos anseios e desejos, dos nossos enganos em relação a nós mesmos. 

Contas a pagar, questões de trabalho e de relacionamentos, tudo isso nos impulsiona para fora de nós mesmos. Somos colocados frente a frente por apelos magnéticos criadores de turbilhões mentais, como o prazer e a dor, alegrias momentâneas, pelo instinto de sobrevivência, por falsos julgamentos baseados na nossa visão limitada, pela falta de conhecimento de nós mesmos. Tudo isso nos leva ao afastamento da verdade, do nosso centro luminoso, aquele que está permanentemente em contato com o Todo, o nosso verdadeiro EU. 

Quando Jesus diz "venci o mundo" significa que ele venceu a ilusão na matéria e acordou para a Realidade do Espírito. Vencer o mundo significa viver os desafios da vida sem se desconectar da sua essência, transformando a dualidade em Unidade. É não se deixar levar por emoções e sentimentos de baixa vibração. É estar consciente de Si e do Todo, observando a vida com os olhos do coração, percebendo em todas as circunstâncias oportunidades de entendimento e evolução, de libertação. 

Para estarmos no mundo sem sermos do mundo precisamos nos conscientizar de quem somos, isto é, assumirmos a nossa filiação divina, que somos espírito em essência e que a matéria é um campo para a evolução do espírito e não o contrário. A partir disso, devemos nos conscientizar que somos capazes de resolver todas as nossas questões e conflitos, nos desapegando do nosso ego, do nosso falso eu. É preciso que despertemos para a REALIDADE do espírito e vivamos de acordo com a lei do AMOR, da UNIDADE e que sentimentos como a raiva, a inveja, a cobiça, a arrogância e o orgulho devem ser substituídos por humildade, tolerância, compaixão e altruísmo. 

O "mundo" deve ser visto positivamente como uma etapa maravilhosa do aprendizado para a nossa evolução. A espiritualidade ressalta que só quem por aqui passar tem a oportunidade de experenciar a vida e se realizar como alma, pois é preciso não só aprender teoricamente, mas colocar em prática o que foi assimilado conscientemente. Entendam, o mundo é a manifestação amorosa do espírito se visto com olhos desapegados da dor. 

Portanto, as palavras de Jesus significam que precisamos estar centrados e focados na Luz para não nos deixarmos levar pelos apelos do mundo. Assim não nos deixaremos contaminar pelas vibrações externas e ilusórias, e a nossa mente estará sob o domínio do nosso Eu Superior, trabalhando em uníssono com o nosso coração, ampliando a nossa capacidade de entendimento. Com certeza esse processo nos levará à reintegração consciente à Unidade. 

"Estar no mundo sem ser do mundo" é estar desperto, com os olhos da alma abertos e focados somente na LUZ, vivenciando cada experiência da vida como uma oportunidade, uma dádiva do Céu...


Muita Paz! 


segunda-feira, 11 de março de 2013

O Poder da Aceitação!




Texto: André Lima (www.eftbr.com.br)

Sempre que surge em nós alguma emoção negativa, estresse ou qualquer tipo de desconforto emocional, é um sinal de que, em algum nível, entramos em um processo de não aceitação da realidade. Situações acontecem e reagimos internamente contra a realidade nos causando sofrimento.
Os pensamentos de não aceitação são os mais diversos . Alguns desses pensamentos falam sobre coisas que estão acontecendo no presente momento, e outros focam em situações já passadas: Eu não deveria ter feito isso; fulano deveria ter falado comigo de outro forma; as pessoas deveriam se comportar de tal maneira; eu deveria ter feito outra coisa e não fiz; o mundo deveria ser mais justo; eu não aceito o que aconteceu comigo; não suporto o jeito de falar de fulano (pensamento que deixa implícito que fulano deveria ser de outra forma); o avião não deveria estar atrasado e etc...
Imediatamente ao entrarmos em conflito coma realidade, surge desconforto. Ditamos internamente como a realidade e as pessoas deveriam ser. Mas elas são sempre do jeito que são, e não há pensamento no mundo dentro de nós que possa mudar a realidade do jeito que ela está se apresentando naquele momento, ou o que já passou.
Uma das formas mais comuns de não aceitação da realidade é o hábito de reclamar. Existem pessoas que reclamam continuamente de tudo o que acontece e que não se encaixa com o ideal imaginário que ela criou. Reclamam do trânsito, da fila, do atraso, do salário, das atitudes de alguém, e até do clima, o que as deixam eternamente estressadas e insatisfeitas.
Existem uma crença que está profundamente enraizada no inconsciente coletivo que diz que se nós aceitarmos as coisas como elas são, não vamos fazer nada e assim tudo ficará do jeito que está. Essa crença deixa implícito que nós só vamos agir se ficarmos infelizes e estressados, o que ajuda a alimentar o estado de não aceitação. O que acontece é que a maioria das pessoas continua reclamando, gerando muito desconforto para si e para a coletividade, e não toma providências práticas para melhorar a realidade.
Será que é possível entrar em um estado de aceitação e agir mesmo assim para mudar algo? Sim, é claro que é possível. Aceitação é diferente de acomodação. Aceitação é apenas o fim da guerra interna com a realidade; o fim da ditadura interior que diz que a realidade deveria ser de outra forma enquanto ela é do jeito que é, nos causando apenas estresse. A acomodação acontece quando podemos fazer algo e não fazemos. Podemos aceitar a realidade, ou seja, deixar de ficar brigando internamente com ela, já que isso não ajuda e apenas nos causa desconforto, e ao mesmo tempo fazermos o melhor que pudermos para tornar a realidade mais prazerosa.
A acomodação é sempre um reflexo de medos, inseguranças e processos de autossabotagem se manifestando em alguém. Não faz sentido poder fazer alguma coisa e simplesmente não fazer. Um ser humano em perfeito equilíbrio emocional consegue aceitar em paz a realidade e ao mesmo age da melhor forma que puder se tiver algo que possa ser melhorado com sua ajuda. Se você faz um pedido ao garçom e ele traz a comida errada, é possível simplesmente aceitar o erro que ele cometeu (e assim não se sentirá estressado) e ao mesmo tempo pedir pra que ele traga o prato correto.
Uma pessoa acomodada sente medo, preguiça, vergonha e acaba não tomando a providência necessária. Já a pessoa que está no modo da não aceitação, toma a providência mas acaba gerando muito desconforto para si mesma. Conforme todos nós sabemos, o estresse afeta a nossa saúde emocional e física, gera tensões no corpo e diversas outras somatizações.
A ação que vem de uma pessoa em um estado de aceitação é mais eficiente pois está livre de qualquer negatividade. Assim não há exageros, dramas ou distorções. É uma ação lúcida, que vem de alguém que sabe lidar bem com a realidade.
Os melhores diplomatas, negociadores e conciliadores são pessoas que não ficam brigando internamente com a outra parte, eles aceitam e fazem o melhor possível e assim conseguem resultados muitas vezes surpreendentes.
Mas em muitos casos, não há nada realmente a fazer. Reclamar do transito, por exemplo, não o fará ir mais rápido. Nesses casos a única coisa sensata a se fazer é entrar no estado interior da aceitação. O mesmo é válido para qualquer fato que tenha acontecido no passado.
Toda a negatividade que criamos em torno da não aceitação, além de gerar estresse, ajuda a atrair mais situações desagradáveis. Atraimos para a nossa realidade aquilo que estamos sentido, e se nosso estado interior é de desconforto, mais situações desagradáveis surgem. O estado de não aceitação faz ainda a nossa mente ficar focada nas coisas negativas da vida, consumindo nossa atenção que poderia estar direcionada para coisas boas ou para criar soluções e transformar a realidade.
Talvez você já tenha passado pela seguinte experiência. Ao se desapegar de um determinado problema que você tentou de várias formas resolver e não conseguiu, surge uma solução sem que seja preciso a sua intervenção ou que exija apenas uma ação bem simples. O desapego faz parte do estado de aceitação.

Muita Paz!

domingo, 3 de março de 2013

Como saber se estamos com a pessoa certa?


Texto: Rosana Braga

Vejo muitas pessoas sofrendo e se perguntando como saber se encontraram realmente sua alma gêmea. Essas questões surgem principalmente nos momentos de crise, quando um casal começa a se desentender e não consegue mais viver harmoniosamente.

Um ou outro sente que ainda existe amor, mas não entende o porquê de tantas brigas, tanta dor, tantas mágoas e dificuldades. E aí fica se torturando com a sensação de que a felicidade caminha muito distante do amor! Eu arriscaria dizer que pode haver dois motivos para que essa sensação tome conta de um relacionamento.

Primeiro, porque muitas pessoas têm um conceito limitado do que seja a felicidade. Ser feliz não significa viver sem problemas ou sem sofrimento, justamente porque a felicidade é algo que nasce como uma sementinha dentro da gente. Conforme vamos vivendo, caindo, levantando, sofrendo, aprendendo, conquistando e realizando nossa missão de vida, a felicidade vai sendo alimentada e tomando conta de nossos dias. 

A felicidade é feita de aprendizados e é impossível aprender algo nessa vida sem que cometamos nenhum erro. No momento em que percebemos um erro, alimentamos nossa semente da felicidade. É quando nos tornamos mais sábios e mais conscientes de nossos limites. É quando podemos transcender e alcançar um novo patamar de consciência e capacidade de percepção.

O segundo motivo que faz com que uma pessoa tenha a sensação de estar muito distante da felicidade pode ser a falta de sintonia entre o que ela realmente é e o que ela demonstra ser. Ou seja, uma pessoa pode acreditar no que quiser, em quem quiser e na intensidade que quiser. Mas o grande segredo está em acreditar em si mesma. E para acreditar em si mesma, ela precisa conhecer muito bem suas qualidades, suas habilidades para fazer suas próprias escolhas.

Embora eu seja uma defensora irrefutável do amor e das relações amorosas, creio que toda expectativa em torno de um encontro com uma outra alma não deve nos escravizar. Devemos aceitar que, acima de tudo, o amor é uma conseqüência e não um objetivo como a maioria de nós o torna! O amor acontece a partir de uma receita interna e pessoal. Ou seja, cada um de nós tem uma receita diferente de todas as outras pessoas. É por isso que não dá para fazer o que o outro faz para conseguir o resultado que o outro conseguiu.

As receitas e os resultados são pessoais. Cada um deve se concentrar em si mesmo para obter seu próprio resultado, o melhor de si. Seria como pensar num bolo. Ninguém faz um bolo diretamente como ele é, consistente, fofinho, cheiroso, quentinho e com todas as suas outras características deliciosas. O que fazemos é uma alquimia de ingredientes. Misturamos ovos, farinha, fermento, manteiga, chocolate (ou qualquer outro ingrediente que lhe dará um sabor específico) e o entregamos ao calor do forno. A partir de então, acontece uma magia que o transforma, unindo os ingredientes de tal forma que o processo acontece... e surge um bolo!

Assim acontece com o amor e o encontro com a pessoa certa. Não podemos focar nossa atenção e nossa energia no encontro, mas na receita. O nosso forno é a vida, é o calor do coração. Ela propiciará a transformação, a alquimia que une nossos ingredientes internos e pessoais com os ingredientes de outra pessoa e faz com que surja o amor, o encontro, a felicidade.

E, principalmente, jamais poderemos acreditar que essa alquimia é algo que acontece num instante e dura para sempre. Muito pelo contrário! A alquimia precisa ser repetida, reformulada e readaptada todos os dias de nossas vidas. A alquimia do amor é uma prática que, uma vez abandonada, perde a força e o sentido; deixa de existir...


Muita Paz!
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