quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Ajuda na Conexão entre Pais e Filhos!



Autor: Marcelo Michelsohn
Durante minha férias, algumas situações me chamaram a atenção e me levaram a refletir sobre a conexão entre pais e filhos. São situações corriqueiras que podem acontecer com qualquer um de nós. Coloco-as aqui não para que fiquemos nos chicoteando, mas para que consigamos sair do piloto automático e tentar outras formas de nos relacionarmos com nossos filhos. Espero que esse texto sirva de base para você refletir individualmente e/ou para conversar com seu companheiro ou sua companheira. Ao final do texto apresento 3 princípios que podem nos ajudar a evitar o uso das palmadas e outros tipos de punição.
Situação 1:
“Papai por que você diz toda hora para eu tomar cuidado pra não me machucar e agora você está me machucando de propósito?”, disse ao pai uma menina de 4 anos, enquanto ele dava “palmadinhas” em seu bumbum.
O pai parou imediatamente. Perdeu o rumo. Sentiu que o que estava fazendo era absurdo. Entendeu que, de certa maneira, ao dar as palmadas estava “ensinando” que:
  • Deve-se obedecer àqueles que tem mais força ou poder do que você, caso contrário sofrerá consequências;
  • Só gosto de você quando você faz o que eu acho certo;
  • É certo abusar do seu poder para conquistar algo que você queira.
Situação 2:
Outro pai me contou que o filho de 1 ano está mordendo a filha de 4 anos e que nas últimas duas vezes ele deu um “tapinha” na boca do filho para que ele aprenda. O que será que ele está aprendendo?
  • Se você for violento não deixe seu pai descobrir, ou vai apanhar;
  • Seu pai não gosta que você morda, mas dar tapas é permitido (já que o pai deu um tapa na sua boca);
  • Quando você extravasar uma emoção, pode apanhar.
Situação 3:
Uma mãe, cujas filhas tomam umas palmadas do pai, as chamava e dizia que não poderiam entrar em um determinado lugar. As filhas não obedeceram. Depois de pedir mais de 5 vezes a mãe teve que ir buscá-las e comentou: “Por que é tão difícil com minhas filhas? Por que elas não obedecem?”
Refletir sobre estas situações me ensinou algumas coisas sobre educação e criação de filhos:
  • Bater é mais comum do que eu imaginava;
  • As crianças sentem e sabem que estão sendo agredidas, mesmo que seja uma “palmadinha” e que a intenção seja educar.
  • Pais e mães têm muita dificuldade de estabelecer limites e acabam optando pela punição;
  • Maridos e mulheres estão muitas vezes em posições opostas no que diz respeito a como educar os filhos;
Alfie Kohn, autor de Unconditional Parenting, apresenta alguns problemas da punição:
  • Mau comportamento e punição não são opostos que se cancelam, mas sim pólos que se reforçam;
  • Punição não leva a criança a refletir sobre o que fez, por que o fez ou sobre o que deveria ter feito.
E continua, explicando porque não fazemos diferente:
  • Tratamos nossos filhos dessa forma condicional pois, em primeiro lugar, fomos tratados assim quando crianças. É preciso esforço, disciplina e coragem para refletir sobre o que deve ser mantido e o que não serve mais. Isso é difícil pois demanda uma capacidade de criticar o que nossos pais fizeram conosco, ao mesmo tempo em que mantemos uma atitude amorosa para com eles;
  • É mais fácil usar táticas para controlar as crianças, pois trabalhar em outros tipos de soluções requer mais de nós e, pior, muitas vezes nem sequer sabemos o que pode ser feito diferente. Além disso, punição e recompensa funcionam no curto prazo. Tal como em outros casos, os efeitos cumulativos do uso dessa estratégia não aparecem imediatamente, mas sim no longo prazo, quando já pode ser tarde demais.
  • Temos medo da crítica de outros adultos. Nossa sociedade tende a aceitar mais um pai que controla e pune do que aquele que tenta se conectar.
Segundo Alfie Kohn, não existe uma receita, um passo a passo, um manual de instruções dizendo o que fazer e falar em cada situação. Ele oferece 13 princípios para que encontremos nossa própria forma de educar nossos filhos.
Deixarei aqui os três primeiros, para que possamos iniciar um diálogo:
1- Reflita: reveja constantemente suas próprias ações, especialmente aquelas das quais não gosta. Não se acostume com elas, dizendo que são o melhor para seus filhos. Mas não se chicoteie. Pergunte frequentemente: “é possível que o que acabei de fazer tenha mais a ver com minhas necessidades, medos e a forma como fui criado do que com o que é melhor para meu filho?”
2- Reconsidere suas demandas: pode ser que o problema não seja a criança não querer atender sua demanda, mas sim a própria demanda. Antes de buscar soluções para conseguir que seu filho faça o que você quer, veja se o seu pedido faz sentido, especialmente para a faixa etária dele. (ex: crianças pequenas vão deixar cair comida da colher ao comerem sozinhas. É muito bom que elas tentem comer sozinhas desde cedo, mas não é adequado insistir que elas não derramem a comida)
3- Mantenha o foco no longo prazo: tente se lembrar do que você quer para seus filhos. Se quer que eles cresçam e se tornem adultos intelectualmente curiosos, éticos e contentes com eles mesmos, usar estratégias como punição ou chantegem não vai ajudar.
Boas reflexões e boas conversas

Muita Paz!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Saber ser livre!! Recolher os sentidos!!


“A Cura da Humanidade” - Trigueirinho 
A cura da humanidade é também a transformação da maneira de cada indivíduo perceber o universo e se relacionar com ele. É um processo que exige energia, e que se torna crítico quando o homem se apega ao que foi ou quando tem planos sobre o que deverá ser. Mas, por outro lado, a cura segue o caminho da evolução e para que possa realizar-se é preciso tão-somente a abertura do ser, já que toda a vida recebe potentes impulsos em direção à meta evolutiva.
Quando o ser inicia essa jornada, normalmente lhe são entregues tarefas externas que constituem importantes oportunidades. Entre outras coisas, servem para que ele aprenda a não fazer do serviço um meio de auto-satisfação, e para isso levam-no a passar por muitas provas, até atingir um estado em que se faz necessário mudar a polarização de sua consciência. Chegado esse momento, não mais lhe é possível permanecer relacionando-se com o mundo externo a partir de projeções baseadas no que ele vinha acumulando desde que ingressou na matéria, na grande carga pessoal e hereditária que se formou através dos tempos. Nesse momento, pode ocorrer um renascimento oculto.
Para que isso se possa dar, a energia tenta desfazer no indivíduo os laços que ele mantém com o passado e com o que ele foi até então. Tenta liberá-lo tanto quanto lhe seja possível suportar o vazio, que, na verdade, é o berço da sua nova consciência. Mas o homem não sabe ser livre. É mais difícil colocá-lo em liberdade do que mantê-lo encarcerado na prisão de seus próprios conceitos. Essa realidade obtusa é a que ainda persiste no mundo atual, porém a Graça já iniciou sua obra, e as mudanças que promove não deixarão que tal situação se prolongue.
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“Das Lutas à Paz” - Trigueirinho 
O que podeis fazer por vossas mãos é recolher os sentidos e reunir toda a atenção num único ponto, e então elevá-lo numa entrega completa, ofertando-o ao Criador. Para isso é necessário terdes como maior tesouro e mais valioso bem o Caminho para a Vida Divina, pois, se assim não for, ainda que almejeis a quietude dos sentidos, eles não vos obedecerão quando os chamardes ao recolhimento. Não é na vida divina que normalmente os sentidos têm interesse e, enquanto não completarem certa etapa do Caminho até que finalmente descubram que ela é o único e verdadeiro destino, não conhecerão o silêncio.
Esse silêncio é necessário. É necessário um mar calmo para que possais estudar com serenidade o traçado das terras que de vós se acercam. E tal estudo não o fazeis em escolas. O traçado dessas terras se vos revelará quando vossa barca finalmente deixar-se levar até elas, que há muito vos aguardam.
Com isso percebereis que, mesmo que vos seja dito que o destino de todos vós é chegar aos mundos internos, só podereis caçá-los quando em vossos trajes forem completados certos trabalhos, quando eles já tiverem determinadas vibrações transformadas e transmutadas. É à medida que certos estados vão sendo transcendidos que o indivíduo se desenlaça de aspectos materiais aos quais se mantinha ligado por afinidade e por correspondência vibratória.
Vede pois que muito trabalho tereis se vossa essência já vive em união com planos superiores, cósmicos, e com núcleos de pura irradiação espiritual e divina, enquanto estais a serviço cumprindo certas etapas materiais em corpos que não correspondem a esse vosso estado interior.
Sabeis por que vos foi dado viver tal situação? Se em vosso Ser emergir o menor questionamento e não aceitação por tudo o que recebestes, podereis saber que seguramente essa situação ainda vos cabe para que cresçais em gratidão, obediência e entrega. Se não houverdes conseguido impregnar vossos veículos materiais com essas qualidades, como ireis querer estar libertos dos planos terrestres? Repetimos: chegastes a conhecer o silêncio? Não o silêncio de um mutismo externo, mas o silêncio que é fruto da entrega, o silêncio que é o único rei numa terra que se ofertou à Suprema Realeza.

Muita Paz! 

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O que é um Paradigma?



Autor: Ana Thomaz

Nascemos inseridos em um paradigma, onde pessoas que nasceram antes foram ensinadas ou criaram uma estrutura para um modo de vida que recebemos de herança ao nascermos; mas também somos criadores e perpetuadores de paradigmas

E o que é uma paradigma?

Uma historinha clássica ajuda a entender como um paradigma se forma e se mantém:
Um grupo de cientistas  colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o enchiam de pancadas passado mais algum tempo,nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos a primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado  pelos outros, que o surraram depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro macaco substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato um quarto e, finalmente, último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:

“não sei, as coisas sempre foram assim por aqui”

Não somos macacos, mas muitas vezes também agimos assim; quando algo está estabelecido, seguimos a ordem das coisas; o mecanismo que nos faz seguir o estabelecido é diferente da técnica dos cientistas da historinha acima; existem outros elementos além da punição, como a explicação, a recompensa e a ameaça; o fato é que qualquer que seja o estimulo que nos faz reproduzir o que não acreditamos, reproduzimos para ganhar algo com isso; seja reconhecimento; seja um salário; seja uma esperança; ou pode ser também por falta de energia física, mental ou emocional; ou uma fantasia; ou um medo; são muitas possibilidades e crenças para nos estagnarmos

A mudança de paradigma se dá quando partimos do zero ao desinvestir o preestabelecido; muito diferente de melhorar o paradigma já estabelecido, que nesse caso seria, tentar dar mais conforto para os macacos, ou criar uma explicação que justifique não subir na escada, ou premiar o macaco mais obediente, ou criar assembleias para discutir esse modo de vida, etc, etc

Partir do zero é acreditar em outra estrutura de vida

Para o paradigma da vida essa estrutura precisa ser viva e ativa
uma estrutura que se atualiza constantemente onde a mudança e o movimento são constantes.

Por isso não proponho criar um novo paradigma mas sim perceber o paradigma da vida que já está disponibilizando para nós a possibilidade de viver a vida viva, autocriadora
isso já está em nós.

O caminho de desaprender para nos surpreender com todas as mil possibilidades de viver essa vida!

Muita Paz!

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Autoconhecimento!


Direitos Autorais: www.maisequilibrio.com.br/bemestar
A auto-estima oscila de acordo com as situações e principalmente em como nos sentimos em relação a cada um delas. Mas o que faz com que algumas pessoas sejam mais seguras de si, mais estáveis emocionalmente enquanto outras se perdem, se desesperam quando algo acontece?
O diferencial que faz com que cada um consiga ter controle sob suas emoções é o autoconhecimento. O quanto você se conhece? Muito? Pouco? A maior parte das pessoas acredita que se conhece, mas na verdade se conhece muito pouco. Você ama alguém, confia em alguém que pouco conhece? Geralmente amamos e confiamos apenas em quem conhecemos muito! E se você não se conhece como quer acreditar mais em sua própria capacidade? Como quer ir em busca de seus sonhos se não acredita ser capaz? E por que não acredita ser capaz? Porque não sabe quem você é.
Por isso, o autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor por si mesma e fortalecer a auto-estima. É muito difícil alguém se conhecer interiormente quando a busca está sempre no externo. Buscam cuidar da pele, mudar o corte do cabelo, comprar roupas, carros, eliminar alguns quilinhos, mas quase sempre esquecem que o caminho deve ser o contrário, de dentro para fora.
Quando uma pessoa está bem com ela mesma você percebe isso não pela roupa que está usando, ou o carro que está dirigindo, mas pelo brilho em seu olhar, o sorriso em seu rosto, a paz em seu espírito. Como alguém que dorme mal toda noite pode sentir paz? Como alguém que está constantemente se criticando, se culpando, se achando errada, pode se amar? Amar-se é condição básica para elevar a auto-estima. É importante identificar os fatores que estão te impedindo de elevar sua auto-estima.
Podemos perceber que a auto-estima está baixa quando desenvolvemos algumas características como: insegurança, inadequação, perfeccionismo, dúvidas constantes, incerteza do que se é, sentimento vago de não ser capaz, de não conseguir realizar nada, não se permitindo errar e com muita necessidade de agradar, ser aprovada, reconhecida pelo que faz e nem sempre pelo que é.
Se você identificou algumas dessas características, pode ser que esteja precisando aumentar seu autoconhecimento para assim elevar sua auto-estima.
Se quiser, poderá fazer o seguinte exercício:


  • Escreva dez coisas que você gosta em si mesma.



  • Depois escreva dez coisas que você não gosta em si mesma ou que gostaria de mudar.



  • Qual lista foi mais fácil de completar?

  • A maioria das pessoas sente mais facilidade em identificar as coisas negativas. Aprendemos que dizer aquilo que gostamos em nós mesmas poderá ser rotulado de presunção, esnobismo, egocentrismo. Nada disso! Para aumentar o autoconhecimento é preciso ter consciência de quem se é de verdade, avaliando os pontos positivos tanto quanto os negativos, pois só assim será capaz de mudar aquilo que te incomoda ou te faz sofrer e valorizar o que tem de bom e que geralmente mergulhada em tantas críticas e cobranças, acaba por esquecer.
    Continue o exercício:


  • Observe as listas. Coloque um "i" nas características internas, ou seja, que dependam apenas de você reconhecê-las. E um "e" nas características externas, que dependam da opinião de outras pessoas.



  • Ao fazer o sinal (i ou e), o que você percebe? Há um equilíbrio entre eles ou você tende mais para um lado?

  • Se você tem mais características externas ficará mais vulnerável à opinião dos outros e assim, mais facilmente manipulável. Dependerá cada vez mais de aprovação, mas infelizmente nunca da sua própria. Isso quer dizer que toda vez que algo que dependa no mundo externo ou de outras pessoas não correspondam a sua expectativa, você se sentirá frustrada e sua auto-estima tenderá a baixar.
    Seu valor estará sempre na dependência do que dirão sobre você, não importando muito sua própria opinião. Por exemplo, quando você perde o emprego, quando recebe uma crítica, quando alguém se distancia de você. Tudo isso pode baixar sua auto-estima e se sentirá incapaz de continuar e desistirá no meio do caminho. Abandona assim seus sonhos, seus objetivos.
    Para aumentar o autoconhecimento é preciso ter consciência de quem se é de verdade, avaliando os pontos positivos tanto quanto os negativos.
    Isso acontece quando a principal fonte de auto-estima está naquilo que faz pelo externo, sempre querendo fazer algo para as pessoas em busca de aprovação e reconhecimento. E esse é o caminho mais curto para se machucar. Coloca assim todo seu valor nas opiniões ou respostas no mundo externo e, como quase sempre nada disso corresponde ao que espera, e nem ao que você é realmente, se permite depender cada vez mais de como te avaliam, gerando um círculo vicioso.
    O importante é desenvolver a capacidade e ter a consciência de saber que o que faz é o reflexo de quem você é. Ao reconhecer seus pontos negativos, poderá mudar um por um. E reconhecendo seus pontos positivos se sentirá mais confiante em sua capacidade de conseguir o que quer que deseje, independente das críticas ou opiniões que terão sobre você, pois acredita ser capaz de conseguir tudo o que deseja! E ainda que ninguém te aprove, você terá autoconhecimento suficiente para você mesma se aprovar e principalmente se amar!
    Muita Paz!

    segunda-feira, 21 de setembro de 2015

    A arte de falar pra si mesmo!: Eu Quero, Eu Posso, Eu Me Transformo!

    A arte de falar pra si mesmo!: Eu Quero, Eu Posso, Eu Me Transformo!: Direitos autorais: Luiz Antonio Gasparetto* Esqueça quem você foi ontem e, a partir de agora, seja alguém bem melhor. Basta querer!!!...

    Eu Quero, Eu Posso, Eu Me Transformo!


    Direitos autorais: Luiz Antonio Gasparetto*
    Esqueça quem você foi ontem e, a partir de agora, seja alguém bem melhor. Basta querer!!!
    Meditação. Convide um(a) amigo(a) para fazer o seguinte exercício junto com você. Primeiro, ele(a) lê em voz alta o texto a seguir enquanto você, de olhos fechados, sente o poder das palavras. Depois, vocês invertem os papéis.
    “Eu estou consciente e tenho o poder de pensar como eu quero. Tenho o direito de pensar no que eu quero para o meu próprio bem. Eu tenho e posso impor ao meu mundo interior tudo aquilo que eu quiser. E quero me sintonizar com o melhor. Esqueço, a partir de agora, a pessoa que eu fui, sobretudo meus vícios de pensamentos. Penso apenas na paz. Penso nela, permitindo que seu perfume toque minha aura e atinja todas as áreas da minha vida, todos os cantos do meu corpo. Penso na paz com uma mensagem de ordem e equilíbrio perfeito.
    Deixo fluir na minha cabeça a consciência do ‘eu posso’. Eu posso estar na paz. Impor essa paz é praticar o meu poder pessoal com responsabilidade divina, obtida por herança natural. O melhor para mim é um grande sorriso no peito. É a felicidade barata e fácil a que tenho direito. É tão simples pensar que o melhor está em mim! A beleza está em mim. A suavidade está em mim. A ternura, o calor, a lucidez e o esplendor das mais belas formas do universo estão em mim. Aí eu me abro inteiro(a), viro do avesso e sinto que não há fronteiras nem barreiras para mim. Sinto que o limite é apenas uma impressão. Sinto que cada condição foi apenas a insistência de uma posição. Sinto que sou livre para deixar trocar qualquer posição por outra melhor. Sou livre para descartar qualquer pensamento ruim, qualquer sentimento ou hábito negativo, qualquer paixão dolorosa. Porque eu sou espírito. Sou luz da vida em forma de pessoa.
    Ah, universo, eu estou aberto(a) para o melhor para mim. Eu sei que muitas vezes sou levado(a) por uma série de pensamentos ruins. Mas é porque eu não conhecia a força da perfeição. Eu não conhecia a lei do melhor. Agora eu me entrego, me comprometo comigo, com o universo e contigo. Vou manter a minha mente aberta. Esse momento me desperta, me traz a inspiração ao longo do dia onde se efetiva a luz que irradia para quem insiste no próprio aperfeiçoamento.
    Não quero pensar nas minhas fraquezas. Quero olhar bem fundo nos meus olhos e ver como eu sou bonito(a), como fiz e faço coisas maravilhosas e como o meu peito está cheio de vontade. Eu assumo a responsabilidade sobre essas vontades e me projeto com força nessa identidade de saber que eu posso, sim, fazer o melhor. Despertar o meu espírito é viver nele. É ter a satisfação de ser eu mesmo(a). É poder ser original, único(a), pequeno(a) e grande ao mesmo tempo. Sei agora que o melhor está a meu favor. Meu sucesso, aliás, é o sucesso de Deus que se manifesta em mim como pessoa em transformação. Eu sinto como se tivesse sentado nessa cadeira da solidez universal porque eu estou no meu melhor. Porque sou o sucesso da eternidade, porque estou há milhares de anos seguindo e não fui destruído(a). Porque o universo garante.
    Grito dentro de mim mesmo(a): de todas as coisas da vida, o melhor ainda sou eu.
    O melhor sou eu!”
    *Luiz Antonio Gasparetto, escritor e autor de 26 livros sobre desenvolvimento emocional

    sexta-feira, 11 de setembro de 2015

    A Paz está dentro de nós!


    Direitos Autorais:Um dedinho de prosa – Luiz Gasparetto

    A gente corre, corre, mas não vai a lugar nenhum. 
    - Ah, mas eu tenho que fazer isso. Meu Deus me ajude a conseguir aquilo...
    Vivemos correndo, disputando com a vida, disputando com tudo. Parece que a gente vai para algum lugar. Se Você pensar bem, estar aqui ou estar ali não faz a menor diferença, pois tudo é vida.

    - Ah, Calunga, eu estou aqui, mas queria tanto ter uma vida diferente, fazer assim, fazer assado. Queria ser melhor aqui, ou melhor ali. Você acha que é mau a gente querer o melhor?
    - Não, nada no mundo é mau. Mas que diferença faz você estar aqui ou lá?
    - Ah, não! Acho que vou ser mais feliz, vou me realizar se estiver lá.
    -É um pensamento, mas certeza mesmo, você não tem. Só imagina que se fizesse isso ou aquilo, que se morasse assim ou fosse assado, iria ficar melhor. Pode ser, mas também pode ser que não, pois, certeza, ninguém tem. É só olhar para trás. Quantas vezes você meteu a cara e acabou quebrando porque não era bom?

    É, a gente quer muito o que não tem, quer ser quem não é, quer ir para onde não pode. Que coisa confusa! Depois que a gente morre, vê que não adiantou nada esse corre-corre, essa tensão, essa loucura de querer isso, de querer aquilo ou de falta disso, de falta daquilo. Ah, minha gente quanta ilusão! Sou defunto e também já fiz tudo isso. Quando cheguei no plano astral, o povo me disse: - Olha Você esta mal porque é muito apressado, muito angustiado, muito ansioso.
    Sabe o que eles fazem aqui com gente assim? Mandam contemplar o horizonte por quatro horas. E a gente fica lá olhando com aquela angústia para fazer alguma coisa, mas eles não deixam sair. - Não, fique aí olhando o horizonte.
    Vocês precisam aprender a viver e não a inventar uma vida que nunca vão ter, querendo estar num lugar onde nunca vão estar, querendo ficar onde não podem, querendo ser o que não são, querendo ter o que não é possível. Tudo isso é ilusão.
    Vocês não querem a verdade, não querem ver o dia a dia. A vida de vocês é um tormento e não tem paz. Como é importante ter paz na vida! O que quer dizer ter paz?

    É a gente se harmonizar com o movimento da natureza. É deixar a vida fluir. É ter gosto na vida. Sem paz a cabeça não pensa direito, acaba com a saúde mental, emocional, física, social, que é a saúde familiar e do ambiente. Você não pode ter paz, porque é aquela loucura na cabeça e o corpo fica só seguindo ordens da cabeça, tenso, vivendo um mundo que não existe, no mundo dos “deveria”, criando revolta, desassossego, exaltação.

    - Você é uma pessoa exaltada? Vive no impulso e depois fica moído, arrebentado¸ não dorme direito? Paz é o contrário, você pode ser dinâmico e até ativo. Mas o jeito de fazer suas tarefas é calmo, equilibrado, harmonioso. O movimento é gracioso.
    O povo diz: - Ah, estou me matando para um dia ter paz. No dia em que meus filhos estiverem criados, vou ter paz.
    - Que mentira! Desse jeito, você não vai ter paz nunca. Vai morrer desassossegada, perturbada.

    Vamos então mudar a cabeça. Olhe bem para a vida, não adianta correr. Tanto faz morar em casa própria ou com a sogra. Se você é inquieta vai ser sempre inquieta.
    A pessoa desassossegada quer que o mundo fique calmo para ela ter um pingo de paz. Nem pingo nem tempestade, você vai ter, se depender dos outros para ter paz. A paz esta dentro de nós. É a atitude interior que a gente vai construindo devagar, ao perceber o que tira a nossa paz.

    O que tira a sua paz? São as suas esperas? Pare de esperar. Tudo é jeito de olhar. Tudo é contemplação. Para que se exaltar? Fique na paz e na tranqüilidade. Cada hora é sua hora. Cada coisa é sua coisa. Mas tudo é igual no fim. A vida é igual para todo mundo, com ou sem dinheiro. Lá por dentro, é tudo igual.
    É ilusão que você esta ai desgraçada lavando panelas enquanto a outra esta passeando no shopping. É ilusão que o outro esta na rua, passeando no seu carro esporte novo, enquanto você esta ai em frente a um programa chato da televisão.... relaxe. Não deixe esse pensamento perturbar a qualidade do seu momento. Limpe a panela e sinta. Fique inteira no que você faz. Levante da frente desta televisão, buscando algo melhor para fazer, a televisão esta chata porque você está um chato, busque o que gosta de fazer a seu alcance neste momento. Não caia nesta ilusão. Não estrague esse seu instante pensando que há outro melhor e que, o que você esta vivendo é uma porcaria. Não deixe isso iludí-los meus filhos. Não pense que há uma vida melhor para você. Não tem, só tem essa aí. É você que é ruim. Relaxe. Fique na paz e se dê o direito à paz. Nada importa. Só existe o momento.

    - Mas, Calunga, tenho medo E os meus objetivos na vida?
    Largue isto, o objetivo da vida é viver cada momento, a riqueza deste momento, a presença sua na vida, os filhos do jeito que são¸ a casa para cuidar, o serviço que você faz sempre igual.

    É aí que você exercita a sua paz, o seu controle interior, a sua evolução. Não tenha medo do trabalho repetitivo. O mundo vai levá-lo pra frente; você vai para o melhor. Então pare com a luta. Não lute.

    Vamos entrar na faixa do usufruto, não da luta, da espera, do tormento interior, da desvalorização do que a gente faz. Sempre o que se tem hoje representa a conquista de ontem. Nada veio do céu. Para que fazer tanto esforço? Quando for a hora alguma coisa acontece. Não me preocupo e assim tenho paz. Se fico tenso, já perdi a paz. Acalme-se; isso é o que faz a diferença.

    - Ah, mas eu quero saber.... - Para que você quer saber? As coisas chegam no pensamento. A vida é cheia de mensagens, porque a gente precisa destas mensagens. A vida traz o conhecimento na hora certa.

    - Mas Calunga, acho que a gente tem que lutar pra conquistar.

    QUEM LUTA NÃO SAI DO LUGAR. QUEM CORRE ATRÁS NÃO ANDA. QUEM NÃO CORRE É QUE CAMINHA. SÓ CAMINHA QUEM FICA, PORQUE ASSIM A VIDA VEM ATÉ NÓS.

    Muita Paz! 

    sábado, 5 de setembro de 2015

    As três peneiras!


    Augustus procurou Sócrates e disse-lhe:

    - Sócrates, preciso contar-lhe sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...

    Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:

    - Espere um pouco Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?


    - Peneiras? Que peneiras?
    - Sim, A primeira, Augustus, é a da VERDADE. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?


    - Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
    - Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a BONDADE. O que vai me contar gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?


    - Não, Sócrates! Absolutamente, não!
    - Então suas palavras vazaram também a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?


    - Não, Sócrates... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.

    E Sócrates conclui:

    - Se passar pelas peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos.
    Devemos ser a estação de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras por que:  

                                                               
    Pessoas sábias falam sobre idéias;
    Pessoas comuns falam sobre coisas;
    Pessoas medíocres falam sobre pessoas.

    (Sócrates)

    terça-feira, 1 de setembro de 2015

    Se...


    Poema Se
    Prof. Hermógenes*

    Se, ao final desta existência,
    Alguma ansiedade me restar
    E conseguir me perturbar;
    Se eu me debater aflito
    No conflito, na discórdia…Se ainda ocultar verdades
    Para ocultar-me,
    Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas…Se restar abatimento e revolta
    Pelo que não consegui
    Possuir, fazer, dizer e mesmo ser…Se eu retiver um pouco mais
    Do pouco que é necessário
    E persistir indiferente ao grande pranto do mundo…
    Se algum ressentimento,Algum ferimento
    Impedir-me do imenso alívio
    Que é o irrestritamente perdoar,E, mais ainda,
    Se ainda não souber sinceramente orar
    Por quem me agrediu e injustiçou…

    Se continuar a mediocremente
    Denunciar o cisco no olho do outro
    Sem conseguir vencer a treva e a trave
    Em meu próprio…
    Se seguir protestando
    Reclamando, contestando,
    Exigindo que o mundo mude
    Sem qualquer esforço para mudar eu…
    Se, indigente da incondicional alegria interior,
    Em queixas, ais e lamúrias,
    Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
    Para a minha ainda imperiosa angústia…
    Se, ainda incapaz
    para a beatitude das almas santas,
    precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende…
    Se insistir ainda que o mundo silencie
    Para que possa embeber-me de silêncio,
    Sem saber realizá-lo em mim…
    Se minha fortaleza e segurança
    São ainda construídas com os materiais
    Grosseiros e frágeis
    Que o mundo empresta,
    E eu neles ainda acredito…
    Se, imprudente e cegamente,
    Continuar desejando
    Adquirir,
    Multiplicar,
    E reter
    Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
    Na ânsia de ser feliz…
    Se, ainda presa do grande embuste,
    Insistir e persistir iludido
    Com a importância que me dou…
    Se, ao fim de meus dias,
    Continuar
    Sem escutar, sem entender, sem atender,
    Sem realizar o Cristo, que,
    Dentro de mim,
    Eu Sou,
    Terei me perdido na multidão abortada
    Dos perdulários dos divinos talentos, Os talentos que a Vida
    A todos confia,
    E serei um fraco a mais,
    Um traidor da própria vida,
    Da Vida que investe em mim,
    Que de mim espera
    E que se vê frustrada
    Diante de meu fim.
    Se tudo isto acontecer
    Terei parasitado a Vida
    E inutilmente ocupado
    O tempo
    E o espaço
    De Deus.
    Terei meramente sido vencido
    Pelo fim,
    Sem ter atingido a Meta.

    Muita Paz!
    *José Hermógenes de Andrade Filho. Tenente do exército, passou a lecionar no Colégio Militar do Rio de Janeiro, quando foi detectado com tuberculose, uma das doenças de mais difícil tratamento na época. Foi nesse momento que o Prof. Hermógenes, como passou a ser conhecido, mudaria sua trajetória em busca da consciência plena da vida. Passou a praticar a yoga escondido no banheiro do hospital, pois os médicos daquela época não aceitariam, mas foram as práticas e a meditação que conseguiram fazer com que ele superasse a doença. “A prática da yoga me tirou da normose e me levou a realização de evolução espiritual.”

    Tornou-se um mestre, uma das referências mais importantes para aqueles que visam o autoconhecimento, a transformação do ser e a consciência plena. Chegou a ser considerado em 1988 o cidadão da paz do Rio de Janeiro. Professor, escritor, filósofo, poeta, terapeuta e divulgador da Hata Yoga no Brasil, doutorado em Yogaterapia pelo World Development Parliament da Índia, recebeu a Medalha de Integração Nacional de Ciências da Saúde e o Diploma d'Onore no IX Congresso Internacional de Parapsicologia, Psicotrónica e Psiquiatria (Milão, 1977).  Foi um dos primeiros a trazer a mensagem de Sathya Sai Baba para o Brasil e chegou a traduzir obras importantes do mestre para o português, "O Fluir da Canção do Senhor” (Gita Vahini) e "SADHANA, o caminho interior" (Sai Baba). Dentre suas obras de autoria, estão best-sellers como “Autoperfeição com Hatha Yoga”, “Mergulho na paz”, “Canção Universal”, “Yoga para Nervosos”, “Convite a não violência”, “Superação”, “Setas no caminho de volta”, entre outros.

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