domingo, 22 de maio de 2011
Nos Amar mesmo sabendo que estamos errados!
Para falar de amor, é preciso falar de humildade. Humildade vem do Latim humus que significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa modéstia, cordialidade, respeito, simplicidade, honestidade e passividade.
Talvez seu significado nos remeta a ter ciência de que ela (a humildade) só se constrói neste plano físico, durante o tempo que vivemos aqui, portanto o amor também. Pois no período em que estamos habitando este planeta, somos “filhos deste lugar”.
É saber aceitar nossos desígnios e ao mesmo tempo, aprender a não se separar de todo o universo que nos rodeia.
Há algo que em nós que nos separa de todo o universo existente: o ego. Infelizmente o ser humano se preocupa mais com o seu mundinho e pouco com todo o contexto. E mais, o ego além de ver somente a si mesmo, ele ainda se separa da Fonte Primordial e da essência da alma. Achamos que Deus está tão distante de nós e que somos tão imperfeitos para alcançar a perfeição, que nem tentamos nos aproximar.
Saber amar é saber receber e doar na mesma proporção, com humildade. É o dom de transformar conhecimento em sabedoria, porque de nada adianta ler, ser estudado, informado, se na vida não sabemos aplicar nada na prática.
É ser simples como a natureza, que reconhece onde vive e respeita este chão (Terra) e quem vive aqui. É estar disposto a reconhecer nossas necessidades e as de quem faz parte deste mundo, sem interferir. Ou seja, compreender o limite do outro, com compaixão.
Já a falta de amor despreza a beleza, alegria, separa corações e traz tristeza. Isso afasta e rejeita-nos de outras pessoas, porque achamos que somos autosuficientes por não reconhecermos o verdadeiro papel da doação. Ora nos afastamos para não sofrer; ora doamos demais para não ser rejeitados. Normalmente medimos o amor que sentimos pelas pessoas através das características as quais, nós julgamos ser favoráveis. Enquanto o outro for conforme eu quero, eu o amo. Caso esta pessoa mude as condições que nos ligavam a ela, deixamos de amá-la.
O amor é verdade, é cura, é entrega, é compreensão... Enfim, é tudo que o ser humano precisa para se religar com a Fonte Divina, que é a sua própria essência.
A grande lição que aprendemos ao amar é: mesmo sabendo que estamos errando, ainda assim, nos amar. Mesmo sabendo que nosso mundo está errado, ainda assim, amá-lo. Mesmo vendo as pessoas fazendo tudo errado, ainda assim amá-las.
Fácil? Não, porque falta humildade para reconhecer isso; falta reconhecer que somos filhos da nossa “Mãe Terra”; falta compreender quem somos e onde precisamos melhorar; falta respeito entre nós e entre os outros seres...
Além de nos auxiliar sentimentalmente, o amor irriga a glândula timo. Somente há pouco tempo foi descoberto que ela é responsável pela imunidade. Os médicos apenas a viam nas autópsias e não sabiam o que era, nem qual sua função. O timo continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estamos estressados e mais ainda quando adoecemos ou com a morte. Ao sermos invadidos por micróbios ou toxinas, a glândula reage produzindo células de defesa. É sensível a imagens, cores, luzes, sons, cheiros, sabores, toques, palavras, pensamentos. Faz conexão de acordo com nossas reações, tanto positivamente, como negativamente.
Para testar essa conexão faça um teste: aperte os dedos indicadores e polegares (como sinal de ok), pense e sinta que está feliz. Peça para alguém abrir seus dedos. Depois pense e sinta que está infeliz e peça novamente para alguém abrir seus dedos. Perceba que sentir felicidade fortalece tanto os dedos quanto a glândula timo. E quando estamos infelizes, os dedos enfraquecem, assim como a glândula.
Esta reflexão serve para aprendermos a aceitar e entender o conceito de amor, vendo-o como algo próximo de nós. Que seja algo que nos fortaleça e nos auxilie para sustentar felicidade e boas energias. A proposta a partir de agora é a de poder nos aproximar do que este sentimento representa em nossas vidas e deixá-lo fazer parte do que realmente queremos para nós.
Talvez seu significado nos remeta a ter ciência de que ela (a humildade) só se constrói neste plano físico, durante o tempo que vivemos aqui, portanto o amor também. Pois no período em que estamos habitando este planeta, somos “filhos deste lugar”.
É saber aceitar nossos desígnios e ao mesmo tempo, aprender a não se separar de todo o universo que nos rodeia.
Há algo que em nós que nos separa de todo o universo existente: o ego. Infelizmente o ser humano se preocupa mais com o seu mundinho e pouco com todo o contexto. E mais, o ego além de ver somente a si mesmo, ele ainda se separa da Fonte Primordial e da essência da alma. Achamos que Deus está tão distante de nós e que somos tão imperfeitos para alcançar a perfeição, que nem tentamos nos aproximar.
Saber amar é saber receber e doar na mesma proporção, com humildade. É o dom de transformar conhecimento em sabedoria, porque de nada adianta ler, ser estudado, informado, se na vida não sabemos aplicar nada na prática.
É ser simples como a natureza, que reconhece onde vive e respeita este chão (Terra) e quem vive aqui. É estar disposto a reconhecer nossas necessidades e as de quem faz parte deste mundo, sem interferir. Ou seja, compreender o limite do outro, com compaixão.
Já a falta de amor despreza a beleza, alegria, separa corações e traz tristeza. Isso afasta e rejeita-nos de outras pessoas, porque achamos que somos autosuficientes por não reconhecermos o verdadeiro papel da doação. Ora nos afastamos para não sofrer; ora doamos demais para não ser rejeitados. Normalmente medimos o amor que sentimos pelas pessoas através das características as quais, nós julgamos ser favoráveis. Enquanto o outro for conforme eu quero, eu o amo. Caso esta pessoa mude as condições que nos ligavam a ela, deixamos de amá-la.
O amor é verdade, é cura, é entrega, é compreensão... Enfim, é tudo que o ser humano precisa para se religar com a Fonte Divina, que é a sua própria essência.
A grande lição que aprendemos ao amar é: mesmo sabendo que estamos errando, ainda assim, nos amar. Mesmo sabendo que nosso mundo está errado, ainda assim, amá-lo. Mesmo vendo as pessoas fazendo tudo errado, ainda assim amá-las.
Fácil? Não, porque falta humildade para reconhecer isso; falta reconhecer que somos filhos da nossa “Mãe Terra”; falta compreender quem somos e onde precisamos melhorar; falta respeito entre nós e entre os outros seres...
Além de nos auxiliar sentimentalmente, o amor irriga a glândula timo. Somente há pouco tempo foi descoberto que ela é responsável pela imunidade. Os médicos apenas a viam nas autópsias e não sabiam o que era, nem qual sua função. O timo continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estamos estressados e mais ainda quando adoecemos ou com a morte. Ao sermos invadidos por micróbios ou toxinas, a glândula reage produzindo células de defesa. É sensível a imagens, cores, luzes, sons, cheiros, sabores, toques, palavras, pensamentos. Faz conexão de acordo com nossas reações, tanto positivamente, como negativamente.
Para testar essa conexão faça um teste: aperte os dedos indicadores e polegares (como sinal de ok), pense e sinta que está feliz. Peça para alguém abrir seus dedos. Depois pense e sinta que está infeliz e peça novamente para alguém abrir seus dedos. Perceba que sentir felicidade fortalece tanto os dedos quanto a glândula timo. E quando estamos infelizes, os dedos enfraquecem, assim como a glândula.
Esta reflexão serve para aprendermos a aceitar e entender o conceito de amor, vendo-o como algo próximo de nós. Que seja algo que nos fortaleça e nos auxilie para sustentar felicidade e boas energias. A proposta a partir de agora é a de poder nos aproximar do que este sentimento representa em nossas vidas e deixá-lo fazer parte do que realmente queremos para nós.
(Catia Bazzan)
Muita Paz!
terça-feira, 17 de maio de 2011
O impacto negativo do noticiário!
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http://www.euamocinema.com.br/?p=102 |
Estava eu dentro de um táxi indo para o aeroporto ministrar um curso em São Paulo enquanto o taxista ouvia um programa de rádio popular. Em poucos minutos eu ouvi notícias de: assalto, seqüestro relâmpago, acidente de carro com vítima, acidente sem vítima, engarrafamento, um caso de corrupção, avanço da dengue, o absurdo dos impostos e mais umas coisas que nem lembro mais.
De repente, depois de tanta negatividade, o locutor anunciou o tema de um programa que iria acontecer no final da manhã: “Como ser feliz. O que fazer para ser livrar da negatividade? Com manter os pensamentos otimistas? Como encontrar a verdadeira felicidade? O que fazer para uma vida mais alegre, plena. Não percam...”.Eu comecei a rir porque parecia até piada. Depois de uma enxurrada de notícias terríveis que certamente contribuíram para deixar todos ansiosos e pessimistas, o programa ia ensinar as pessoas a serem felizes.
Algumas pessoas dizem que precisamos ler as noticias para saber o que está se passando pois temos que ver a “realidade”. Mas o que o noticiário passa não é a realidade completa. É uma parte da realidade. A pior parte dela.
O que vemos na mídia é um filtro do que acontece. Existe todo o tipo de notícia acontecendo o tempo inteiro, coisas boas e ruins. Mas, infelizmente, o ser humano, pela própria negatividade que carrega dentro de si, se sente atraído pelas más notícias. Os meios de comunicação são feitos por seres humanos que também tem essa mesma tendência, e precisam dar o que a maioria quer para poder ter audiência.
De tanto vermos as piores notícias, vamos internalizando uma certeza cada vez maior de que o mundo é muito violento, que não tem jeito, que tudo vai se acabar, que hoje não é mais como era antigamente, que a corrupção não tem fim, que os preços estão pela hora da morte, e etc...
Não é que coisas ruins não existam. É claro que existem. Entretanto, ficamos com uma impressão que a realidade é muito pior do que o que realmente é, pois as notícias são selecionadas. Não importa o quanto de coisa boa aconteça, os jornais vão noticiar sempre mais noticias ruins do que boas.
Dando um chute estatístico (é chute mesmo, pois não fiz pesquisa pra isso), talvez em média 30% das notícias sejam boas ou neutras e 70% tem conteúdo negativo. Seria possível se alguém quisesse, criar um jornal somente com noticias horríveis, como também seria possível criar um somente com noticias ótimas. E isso teria um intenso efeito sobre como percebemos a realidade.
Imagine então como seria se os jornais invertesse os percentuais e reservassem 80% do tempo para noticiar coisas boas: projetos, realizações, iniciativas em andamento para melhorar a saúde, educação, pessoas que alcançaram grandes objetivos e etc... Como seria a nossa percepção da realidade? Certamente seriamos uma sociedade bem mais otimista e teríamos uma sensação maior de segurança e bem estar, o que certamente iria gerar mais segurança e bem estar.
Não é que coisas ruins não existam. É claro que existem. Entretanto, ficamos com uma impressão que a realidade é muito pior do que o que realmente é, pois as notícias são selecionadas. Não importa o quanto de coisa boa aconteça, os jornais vão noticiar sempre mais noticias ruins do que boas.
Dando um chute estatístico (é chute mesmo, pois não fiz pesquisa pra isso), talvez em média 30% das notícias sejam boas ou neutras e 70% tem conteúdo negativo. Seria possível se alguém quisesse, criar um jornal somente com noticias horríveis, como também seria possível criar um somente com noticias ótimas. E isso teria um intenso efeito sobre como percebemos a realidade.
Imagine então como seria se os jornais invertesse os percentuais e reservassem 80% do tempo para noticiar coisas boas: projetos, realizações, iniciativas em andamento para melhorar a saúde, educação, pessoas que alcançaram grandes objetivos e etc... Como seria a nossa percepção da realidade? Certamente seriamos uma sociedade bem mais otimista e teríamos uma sensação maior de segurança e bem estar, o que certamente iria gerar mais segurança e bem estar.
Essa atração pelas noticias negativas, que provoca um misto de prazer e sofrimento, é causada pelos sentimentos negativos que nós acumulamos durante a vida. É como se o nosso sofrimento interior tivesse vida própria e desejasse se alimentar. Esse sofrimento guia muitas de nossas ações e desejos, e nós, de forma inconsciente ou semi consciente, nos deixamos guiar. A nossa negatividade interior então “bebe” do sofrimento das notícias e se fortalece. Observe esse processo em você e em outras pessoas, quando achamos irresistível ouvir uma noticia trágica. Nos acidentes de transito, vejo as pessoas andando mais devagar com o carro, atrapalhando o fluxo, só para ver o acidente mais de perto. Se tiver uma vítima estirada no chão, fica ainda pior.
As tragédias que vemos na televisão nos deixam marcas emocionais. Não bastasse nossos próprios dramas familiares e com as pessoas próximas, acabamos por nos causar pequenos e as vezes grandes traumas por absorver e nos emocionarmos com sofrimento de terceiros. Geramos mais raiva, tristeza, culpa e outros sentimentos para nós mesmo. A quem isso ajuda? A ninguém. Pelo contrário, aumentando o sofrimento individual estamos aumentando o sofrimento coletivo, pois nos influenciamos uns aos outros de forma involuntária. Como terapeuta, eu já precisei tratar em alguns clientes, sentimentos negativos guardados de noticias na televisão e jornal. O noticiário é certamente um grande contribuidor para o pessimismo, depressão, pânico e diversos outros problemas. Observe então o quanto nos fazemos mal, chegando ao ponto de algumas pessoas precisarem levar esse traumas absorvidos para o atendimento terapeutico.
Quando fui tomando consciência disso, fui me afastando cada vez mais das notíciais. Já tem alguns anos que não leio jornais (só vejo a parte de cultura e entretenimento) nem vejo noticiários de televisão. O que percebi é que não fazem a mínima falta. Comecei a dar atenção aos programas, livros e notícias positivas. Isso realmente melhorou bastante meus pensamentos, que acabaram influenciando minhas ações me trouxe mais bem estar.
Antes eu assistia a tudo e era um pessimista. Mas eu não achava isso. Dizia que eu era um realista bem informado. Realista nada, pois as notícias que vemos não são a realidade total, é apenas uma parte.
É isso que recomendo a todos. Não espere que a televisão ou o jornal mude. Comece a escolher voluntariamente o que assistir para se afastar da negatividade. Boa parte das vezes será necessário desligar a TV e não ver nada mesmo. Vão surgir pensamentos e vontades para levar você a se manter no antigo padrão. Entenda que é apenas a sua negatividade interior querendo se alimentar. Mas agora que você tem consciência disso, ficará mais fácil não ceder . Ela vai tentar lhe convencer que você precisa estar bem informado, que vai virar um alienado, que é importante assistir ao noticiário.
Os dois mundos existem ao mesmo tempo: o da negatividade e o das coisas positivas. A qual dos dois você quer estar mais ligado? Faça uma mudança de forma consciente para se ligar a parte positiva.
Vou começar recomendando o Jornal Alternativo. É gratuito, e pode ler que só tem noticia boa, tem uma ótima newsletter pra receber por email:
Tem sempre um conteúdo interessante que é enviado a cada 15 dias, por isso não fica enchendo a caixa de email. Optar por receber um material como esse é cuidar de si mesmo. Ultimamente tenho optado por receber materiais como esse, de excelente nível, e é sempre um alimento para alma.
(André Lima)
www.eftbr.com.br
Concordo com André, penso que assistir ao caos da mídia nos deixa burros perante tanta beleza que existe no mundo. Podemos ter acesso às notícias que acontecem no mundo de várias outras formas que nos mostram o que realmente interessa e assim, conseguimos manter os bons pensamentos e sentimentos e automaticamente estaremos ajudando e fortalecendo a raiz de tudo, o Planeta Terra.
Eu acessei o site que o autor deste texto indica, é muito bom mesmo. Alimenta a Alma!
Muita Paz!
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Lei Divina ou Natural!
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A lei Natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica o que você deve fazer, ou deixar de fazer, e só é infeliz a pessoa, quando dela se afasta.
Todos os fenômenos, físicos e espirituais, são regidos por leis soberanamente justas e sábias em nosso mundo, fora dele e em todo o universo. Estas leis reunidas formam o que conhecemos como lei Divina ou Natural. Esta é eterna e imutável como o mesmo Deus.
Através de uma análise superficial supomos, algumas vezes, que a lei de Deus sofre transformações, que é mutável. No entanto, em realidade, as leis humanas são as imperfeitas e podem sofrer modificações por força do progresso.
À medida que os seres humanos evoluem, seja moral ou intelectualmente, compreendem melhor a lei de Deus e voltam a formular antigos conceitos, mas para isso são necessárias inumeráveis existências corporais, até que ao chegar à categoria de Espírito Superior, reúnem em si a ciência, a sabedoria, e a bondade.
A lei Divina ou Natural abrange dois tipos principais de leis, as que regulam o movimento e as relações da matéria bruta: as leis físicas, cujo estudo pertence ao domínio da ciência, e as que se referem especialmente ao homem, considerando a si mesmo, e a suas relações com Deus, e com seus semelhantes. Estas últimas são as que contem as regras da vida do corpo, assim como as da vida da alma. São conhecidas como as leis morais.
A lei de Deus envolve tudo o que existe na Criação, e no nível evolutivo em que nos encontramos, no entanto a maioria dos homens não a conhece bem. Em todas as épocas da história humana Deus enviou ao nosso planeta Espíritos Missionários, nas diversas áreas do saber, para que eles pudessem nos ensinar.
Desde os tempos mais antigos a ciência vem dedicando-se exclusivamente ao estudo dos fenômenos do mundo físico, suscetíveis de serem examinados pela observação e experimentação, deixando a cargo da religião a relação com os problemas metafísicos ou espirituais.
Devido ao progresso intelectual que se produz intensamente nestes últimos tempos, percebe-se um distanciamento pronunciado entre a ciência e a religião, fato que não deveria ocorrer, porque ambas são expressões da Lei Divina a qual estamos submetidos.
Quanto mais desenvolve o homem as suas faculdades intelectuais e aperfeiçoa suas percepções espirituais , mais ele vai se dando conta de que o mundo material, (esfera de ação da ciência) e a ordem moral (objeto de especulação por parte da religião) guardam íntima e profundas relações entre si, concordantes uma com a outra para a harmonia universal, a mercê das leis sabias, eternas e imutáveis que as regem, como sábio e imutável é o seu legislador.
(ainda não sei o autor deste lindo texto pois é uma tradução de um texto de um centro espírita espanhol que recebi do meu namorado por e-mail e ele não copiou o autor, em breve colocarei)
Muita Paz !
domingo, 15 de maio de 2011
Amor, Paz e Caridade
Devemos seriamente pesquisar e praticar esse processo de cura, se estamos realmente interessados em avançar espiritualmente ou, para usar um termo comum hoje em dia, seguir adiante no nosso processo de ascensão. Krishna aqui deu-nos o caminho das pedras ao mostrar o caminho inverso, o da degradação da alma. Da mesma forma que se usa a própria causa da doença para encontrar ou desenvolver o seu antídoto, assim também podemos pegar esses três poderosos vírus da alma para encontrar seus respectivos antídotos.
Começando de trás para frente, vamos primeiro meditar em Cobiça. Cobiça é o desejo de obter o domínio ou posse de coisas para si mesmo, para seu prazer egocêntrico. Infelizmente, nossa sociedade consumista gira em torno desse princípio e a todo lado somos bombardeados com impulsos que reforçam essa doença da alma. O contrário da cobiça, seu antídoto mais forte, é a caridade. Krishna explica no Bhagavad-gita (18.3) que nunca se deve abandonar a caridade, não importa quão avançado estejamos em auto-realização. A caridade é um ponto central dos ensinamentos do Senhor Jesus, como também foi do Profeta Maomé.
Agora que temos o remédio, precisamos saber como aplicá-lo. Krishna explica que existem diferentes tipos de caridade (de acordo com os modos da natureza material) nos versos 17.20-22 do Bhagavad-gita: “A caridade dada por dever, sem expectativa de recompensa, no local e hora apropriados e dada a alguém digno, está no modo da bondade. Mas a caridade executada com expectativa de alguma recompensa, ou com desejo de resultados fruitivos, ou com má vontade, diz-se que é caridade no modo da paixão. E a caridade executada em lugar impuro, em hora imprópria e feita a pessoas indignas ou sem a devida atenção e respeito, diz-se que está no modo da ignorância.” Acima disso, Ele explica que o ato de caridade feito sem fé no Supremo é inútil, tanto nessa vida como na próxima (BG 17.28). Indo mais além, Srila Prabhupada sempre nos mostrou e ensinou que a maior caridade de todas é ajudar os demais no avanço espiritual. Da mesma forma que estamos sendo constantemente influenciados a praticar a ganância, devemos igualmente ficar constantemente meditando na caridade, se quisermos combatê-la completamente. Não basta dar algum dinheiro para uma instituição beneficente uma ou outra vez por mês ou dar esmolas no semáforo.
Devemos mesmo praticar o mais elevado nível de caridade constantemente, ao estar sempre meditando em como podemos usar cada momento que estamos vivendo e tudo que possuímos para ajudar o próximo a avançar espiritualmente.
Devemos mesmo praticar o mais elevado nível de caridade constantemente, ao estar sempre meditando em como podemos usar cada momento que estamos vivendo e tudo que possuímos para ajudar o próximo a avançar espiritualmente.
O segundo portão da consciência demoníaca é a Ira. Nos versos 2.62-3 do Bhagavad-gita, Krishna explica como surge a ira: “Enquanto contempla os objetos dos sentidos, a pessoa desenvolve apego a eles, e de tal apego se desenvolve a luxúria, e da luxúria surge a ira.” Portanto, a luxúria e a ira agem juntos. É dito que a ira é o irmão caçula da luxúria. Se quisermos evitar a ira, devemos, antes de tudo, evitar a luxúria, o portão infernal mais difícil de se evitar. A outra forma de combater a ira é cultivando seu antídoto: a Paz.
Mesmo não podendo evitar a luxúria por completo, podemos ficar cientes de nossos estados psíquicos e atentos ao surgimento de algo tão maléfico quanto a ira. A ira é facilmente reconhecida, ao passo que a luxúria pode ser bastante sutil. Krishna explica no Gita, no verso 3.40, que a luxúria se permeia por nossos sentidos, mente e inteligência, tornando-a um inimigo formidável. A ira, por outro lado, pelo menos em sua forma manifesta, é muito fácil de detectar, o que nos permite, com um mínimo de vigília ao nosso estado de consciência, impedi-la de seguir seu curso de ação na forma de palavras estúpidas e grosseiras ou atividades destrutivas, intencionando a dor de um outro ser ou até de nós mesmos.
Mesmo não podendo evitar a luxúria por completo, podemos ficar cientes de nossos estados psíquicos e atentos ao surgimento de algo tão maléfico quanto a ira. A ira é facilmente reconhecida, ao passo que a luxúria pode ser bastante sutil. Krishna explica no Gita, no verso 3.40, que a luxúria se permeia por nossos sentidos, mente e inteligência, tornando-a um inimigo formidável. A ira, por outro lado, pelo menos em sua forma manifesta, é muito fácil de detectar, o que nos permite, com um mínimo de vigília ao nosso estado de consciência, impedi-la de seguir seu curso de ação na forma de palavras estúpidas e grosseiras ou atividades destrutivas, intencionando a dor de um outro ser ou até de nós mesmos.
Cultivar a Paz significa cultivar um estado mental equilibrado, livre de agitação excessiva. Muitos fatores influenciam o estado mental. Um dos mais importantes é a dieta, quem a preparou, como também onde e como foi feita a refeição. Outro fator muito importante é o tipo de música ou imagem que se absorve no dia a dia. Muitas músicas populares e praticamente tudo que se vê na TV (até mesmo noticiários tem sido identificados como fontes de medo e estresse na vida moderna) agitam nossa mente de forma muito intensa.
Já foi cientificamente comprovado que fazer exercícios físicos é muito importante para manter um estado mental saudável, especialmente aqueles que trazem uma certa sabedoria holística de bem-estar, como caminhadas em lugares agradáveis, yoga e certas práticas de arte marcial como Tai Chi Chuan. Certos fatores são mais difíceis de evitar, como a poluição sonora e atmosférica das grandes cidades, ou ainda ambientes de competição, frustração e infelicidade no local de trabalho. Em todo caso, devemos ficar cientes que temos o poder de trazer a paz para nossa vida ao ajustar a forma em que vivemos e especialmente a forma em que interagimos com o mundo. Na medida que cultivamos a paz, fecharemos o portal da ira não só na nossa vida, como também ajudaremos a fechá-lo para os outros. Como a ira, a paz é contagiante e influencia aqueles a nossa volta.
O primeiro e mais largo portal para a consciência infernal é a Luxúria. Infelizmente em nossa atual sociedade, o termo luxúria foi ridicularizado como algo careta e repressor. Algo bobo, ingênuo, que não é mais aplicável em nossas modernas, divertidas vidas de liberdade plena, livre da opressão das religiões. O resultado se vê a nossa volta na forma de um mundo a beira de um cataclismo ecológico e/ou econômico, acelerada degradação social, etc.
A luxúria não significa simplesmente desejar sexo. Luxúria significa desejar se satisfazer, para o prazer egoísta, indiferente do que isso implica para os outros. Significa colocar a satisfação imediata de seus sentidos acima de qualquer outra consideração, inclusive de sua própria saúde mental e física, o que dizer do bem-estar de outros. Luxúria significa que quero usar a realidade, tanto os recursos materiais como as pessoas a minha volta, exclusivamente para resolver minhas questões egocêntricas.
Eu, eu, eu! Abusar dos outros, ferir sentimentos, ignorar a moralidade, destruir o planeta... Nada disso é um obstáculo para as atividades da luxúria. Nem mesmo o infanticídio (aborto) e genocídio são levados em consideração sob a influência da luxúria. Se o aborto irá trazer mais oportunidades para o prazer egocêntrico da mãe, então por que não realizá-lo? Se nossa comunidade terá mais oportunidades para o prazer egocêntrico destruindo um rio ou floresta e assim matando todos os animais que dependem dele, porque não seguir em frente? Assim funciona a consciência demoníaca infernal sob a influência da luxúria.
Eu, eu, eu! Abusar dos outros, ferir sentimentos, ignorar a moralidade, destruir o planeta... Nada disso é um obstáculo para as atividades da luxúria. Nem mesmo o infanticídio (aborto) e genocídio são levados em consideração sob a influência da luxúria. Se o aborto irá trazer mais oportunidades para o prazer egocêntrico da mãe, então por que não realizá-lo? Se nossa comunidade terá mais oportunidades para o prazer egocêntrico destruindo um rio ou floresta e assim matando todos os animais que dependem dele, porque não seguir em frente? Assim funciona a consciência demoníaca infernal sob a influência da luxúria.
Sendo a luxúria o vírus mais poderoso da consciência, não é de se surpreender que seu antídoto também seja o remédio mais poderoso de todos: o Amor. Amor significa agir para o bem do amado, totalmente livre de qualquer consideração pessoal. Cada gotinha de consideração pessoal é uma gotinha de luxúria que enfraquece o amor. O grande segredo que temos que redescobrir é que não há nada mais agradável para nós mesmos que agir em puro amor, e nada mais desagradável que agir em pura luxúria. Ou seja, na medida que agimos sem pensar em nossa egocêntrica satisfação, mais satisfação obtemos!
É algo aparentemente contraditório, mas a inescapável e maravilhosa verdade acerca da realidade criada por Deus. Nossas vidas oferecem ilimitadas oportunidades de praticarmos o amor puro, não só em relação a todos que cruzam nossa trajetória de vida, inclusive os que apenas aparecem por um breve momento numa fila de banco ou nos corredores, mas também em relação a todos seres vivos do planeta, na maneira que nos comportamos em relação à Mãe Terra (Bhumi Devi, em sânscrito).
É algo aparentemente contraditório, mas a inescapável e maravilhosa verdade acerca da realidade criada por Deus. Nossas vidas oferecem ilimitadas oportunidades de praticarmos o amor puro, não só em relação a todos que cruzam nossa trajetória de vida, inclusive os que apenas aparecem por um breve momento numa fila de banco ou nos corredores, mas também em relação a todos seres vivos do planeta, na maneira que nos comportamos em relação à Mãe Terra (Bhumi Devi, em sânscrito).
Não é preciso muita reflexão para compreender que qualquer ato antiecológico, como consumo desnecessário de plásticos, a compra de alimentos desnecessariamente industrializados, o desperdício de água ou energia elétrica, etc. é um sintoma de luxúria, uma falta de amor. Isso porque estamos agindo pensando em nosso imediato prazer e bem-estar e ignorando o nosso próprio bem-estar futuro ou de gerações futuras, e o bem-estar de Bhumi Devi.
A conclusão inevitável é que agir de forma antiecológica é um sintoma de falta de avanço espiritual.
A conclusão inevitável é que agir de forma antiecológica é um sintoma de falta de avanço espiritual.
O Senhor Sri Krishna Caitanya Mahaprabhu disse: “prema pum-artho mahan” – o amor é o objetivo último do ser vivo. O amor por si só é um remédio tão poderoso que não só acaba com a luxúria, mas com todos os demais vírus da consciência, da mesma forma que um antibiótico muito poderoso, feito para acabar com o pior tipo de bactéria, acaba com as demais bactérias mais fracas também. Assim, a prática do amor é absolutamente indispensável e importante para todos aqueles que desejam atingir a consciência divina e, como tal, precisa ser praticada constantemente.
É preciso sempre estar consciente das nossas motivações em tudo que façamos. Precisamos ter muito cuidado para detectar a motivação egoísta e, portanto, luxuriosa, em nossos atos e relacionamentos. Como dito antes, a luxúria é muito sutil e permeia toda nossa existência material. Assim sendo, é necessário um nível de atenção muito elevado e refinado para detectarmos sua presença. Isso não é fácil e não acontecerá do dia para noite. É tarefa mesmo para o resto de nossas vidas condicionadas!
Esses três poderosos remédios, Amor, Paz e Caridade, surgem no decorrer de uma prática de Vida eficaz e sincera.
Cabe-nos cultivá-los ao máximo para fortalecer nossa prática e sentir nossa volta à consciência divina.
(GIRIDHARI DAS)
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GIRIDHARI DAS tem estudado e praticado o yoga metafísico sob a guia de Srila Acharyadeva há cerca de quinze anos.
* Traduções tiradas do Bhagavad-gita Como Ele É, de Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, fundador-acharya da ISKCON.
Cobiça:é o desejo de obter o domínio ou posse de coisas para si mesmo, para seu prazer egocêntrico. Antídoto: Caridade
Ira:“Enquanto contempla os objetos dos sentidos, a pessoa desenvolve apego a eles, e de tal apego se desenvolve a luxúria, e da luxúria surge a ira. Antídoto: Paz
Luxúria:desejar se satisfazer, para o prazer egoísta, indiferente do que isso implica para os outros. Antídoto: Amor Incondicional.
Muita Paz!
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Deficiências...
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
"A amizade é um amor que nunca morre."
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
"A amizade é um amor que nunca morre."
(Mário Quintana)
Simples e Sábio!
Muita Paz!
terça-feira, 10 de maio de 2011
Firmeza no Ideal!
A perseverança nos ideais superiores da vida é dos mais difíceis desafios para o homem de bem.
Terminada uma etapa, desdobra-se outra, à frente.
Vencida uma dificuldade, outra se delineia.
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Passo dado enseja distâncias a conquistar.
Tarefa concluída é começo de tarefas mais desafiadoras.
E quando se pensa que os impedimentos mais graves foram ultrapassados, surgem situações e obstáculos de transposição mais demorada.
Diferente, no entanto, não pode ser o cometimento.
Cada conquista habilita o indivíduo a mais audaciosos tentames, ao invés de convidá-lo ao parasitismo e à inação.
O exercício é o mestre paciente que capacita qualquer pessoa para as realizações mais complexas.
O que ora parece impossível, mais tarde se torna realização concluída.
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O conhecimento do alfabeto, na arte de ler e escrever, não encerra a luta do aprendiz, antes desdobra-lhe os imensos campos do saber que o aguarda.
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Nunca desfaleças, portanto, nas lides nobres, especialmente no labor da fé regeneradora diante das tentações e dos desencantos, das agressões sofridas e das deserções observadas.
Enquanto não haja um equilíbrio de valores morais, que permita uma realização tranqüila, as dificuldades se multiplicarão.
Nessa época, porém, quando tal suceder, a tua contribuição será, certamente, menos valiosa do que agora, quando as necessidades são mais volumosas e os servidores do bem escasseiam.
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Em toda parte detectas o sofrimento e o desespero, a alucinação e a amargura, ceifando vidas.
Essa, entretanto, é a tua área de auto-iluminação e de serviço fraternal a favor de todos.
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Se não te aceitam integralmente, tem calma e prossegue.
Se te retribuem os gestos amigos com o olvido e a ingratidão, mais te apiada e continua sem descoroçoamento.
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Considera as tempestades destruidoras que a árvore vetusta experimentou, antes de enrijecer as fibras e tornar-se vitoriosa, aguardando, sem reclamação, a poda parcial ou a derrubada total que a fará peça de alta utilidade.
Medita a respeito do esforço hercúleo aplicado por qualquer artista, antes de alcançar o acume do êxito, bem como do preço das renúncias que se impôs, apesar de nem sempre atingir a plenitude íntima da busca a que se entrega.
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Não anotes tropeços, nem arroles dificuldades, deixando no esquecimento aqueles que te não partilham dos objetivos.
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Que restou do Império romano que desdenhou Jesus?
Os mordazes fariseus que O assediavam sucumbiram ante o túmulo e ficaram esquecidos.
A lembrança que deles se guarda é negativa e depreciadora.
Que foi feito do Concílio de Constança, que levou à fogueira João Huss?
O bispo que conduziu Joana D’Arc ao martírio não ficou indene à morte.
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Os que tentaram impedir o progresso da ciência, da filosofia e das artes, avançaram no rumo da sepultura, cedendo lugar ao crescimento da Humanidade.
Estes ásperos dias, assinalados por sombras e perturbações, nos quais, todavia, se encontram inumeráveis apóstolos da verdade, são o amanhecer de ditosos tempos que já se anunciam em luz e paz.
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Fixa-te nos ideais da beleza e do amor, sem te preocupares com as excentricidades em voga e acende a esperança nas almas, conduzindo as tuas aspirações superiores ao encontro da tua ressurreição ditosa. Nas ciladas que se te apresentem na senda, assume a atitude de fé e ora, prosseguindo com destemor, na certeza da vitória inquestionável que conseguirás.
(Divaldo Franco - Receitas de Paz - Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis)
Vigiai e Orai!
Muita Paz!
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Experimente se cobrar menos e aproveitar mais o seu dia!!!
É muito comum ouvirmos a expressão em latim "carpem diem", que nos chama a aproveitar o momento, e termos uma reação mais negativa a ela do que positiva. Isso acontece porque geralmente entendemos que quem "aproveita o dia" são os "aproveitadores", os "desocupados" e "irresponsáveis". Afinal, se nos consideramos previdentes, não podemos simplesmente viver o presente, pois existe muita coisa a ser planejada, decidida e revista. Temos que fazer nossas projeções de contas a pagar, decidir quando tiraremos férias, fazer com antecedência a lista de compras, nos antecipar frente aos imprevistos e montar nossos planos de ação para os objetivos que pretendemos alcançar. Ou seja, geralmente nosso foco é o futuro, não o presente.
Nós deixamos de cultivar tempos de ócio, que consideramos inúteis - pois a pressão da sociedade por estarmos sempre ocupados é muito grande - e ficamos nos ocupando de detalhes do porvir, já que acreditamos que se deixarmos pronto um roteiro do amanhã, estaremos prontos a qualquer eventualidade. Mas será que isso é verdade?
É importante nos perguntarmos se de fato todos os nossos planos deram certo ou se nossas maiores realizações aconteceram de forma espontânea, numa súbita inspiração. Afinal de contas, quando as coisas fluíram natural e rapidamente estavam dentro de nossas resoluções ou o caminho simplesmente se abriu e fomos nos adaptando a ele?
CORRIDA LOUCA
O interessante disso tudo é perceber que quanto mais focamos no amanhã, mais tensão sentimos, pois temos esta impressão de que, se não ficarmos o tempo todo alertas, no prevenindo de tudo, iremos ser pegos de surpresa pelos acontecimentos da vida.
É claro que planejar não faz mal por si mesmo. Porém, se imaginarmos que estamos numa corrida louca, tentando chegar num determinado destino e que estamos perdendo toda a beleza do caminho no processo, é muito triste e até desesperador. Há o risco de chegarmos ao nosso objetivo sem termos aproveitado direito uma tarde de sol, sem ter tido tempo para ser mais criativos, sem ter nos divertido ou lido um livro por prazer. Veremos quantas horas de sono repousante foram perdidas, quantos almoços saborosos foram mal-aproveitados... E tudo isso para vermos nossos planos sofrendo reviravoltas?
Isso não é o bastante para relaxarmos e pararmos de nos controlar, tentando ter garantias sobre tudo? Se o futuro é a repetição do hoje, não é melhor viver o presente da melhor maneira, para que o futuro siga seu exemplo?
Por isso, planeje sim, pague suas contas em dia, mas respire fundo a cada coisa que for fazer e se concentre no Agora. Veja como o tempo se expande quando você foca nele ao invés de no amanhã. Faça tudo com prazer, calma e alegria. As inspirações serão mais frequentes, você sentirá menos necessidade de planejar e os resultados serão mais positivos.
(Vanessa Mazza)
Muita Paz!
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