segunda-feira, 16 de abril de 2012

Desculpas para Fugirmos da nossa Evolução!



Texto: Catia Bazzan
Estamos vivendo um momento em que as pessoas tem pecado pelo excesso. Abusamos com a comida, com os gastos, com o consumismo, com os compromissos e com muitas desculpas para fugir da maior responsabilidade que temos que é evoluir ou viver a cada dia, um dia melhor. E esses são apenas alguns exemplos que nos levam a acreditar que desta forma sanaremos nossas necessidades. Precisamos nos libertar desses modismos e das convicções, as quais nos aprisionam num universo puramente desconectado com este propósito de evolução e de bem-estar.
Procuramos nos sentir bem comprando, consumindo. Mas depois de usar o produto novo uma vez, tudo perde a graça e logo já queremos comprar de novo. Ou seja, é um bem-estar “falso” e que não sacia o que estamos procurando. Da mesma forma, abusamos com a comida e com alimentos que não são nada saudáveis. Enfim, quanto mais o mundo exige evolução, mais evoluímos para o lado contrário. Ao invés de termos equilíbrio e aproveitarmos tantas oportunidades que o mundo nos oferece, caímos nas tentações da futilidade.
Alimentar a alma, fazendo coisas prazerosas e duradouras, aprender a conviver com a abundância que a natureza nos fornece, consumir somente o necessário e comprometer-se com nosso projeto evolutivo, são nossas tarefas principais. Entretanto, estamos desfocados de tudo isso.
Basicamente, nossa alimentação está errada, salvo aqueles que estão fazendo acompanhamento alimentar. Sabemos que nosso organismo precisa de água, que é um dos princípios básicos para manter a saúde. Agora eu pergunto: quem consegue tomar dois litros de água, todos os dias? Falta de água provoca muitos problemas no organismo, pois somos constituídos de mais ou menos setenta por cento de água. E quando ela está em escassez, nossos ossos se debilitam; nossa coluna sofre, pois é como se água servisse para lubrificar os ossos. A natureza está cada vez mais distante do homem, os grandes centros quase não têm mais belezas naturais. Que dirá se conectar com ela. Quem ainda toma um chazinho para curar uma dor? Quase ninguém. Estamos acostumados a tomar remédios e inclusive sem acompanhamento médico. Só que isso, está nos deixando mais desconectados da nossa essência. Claro que com esta falta de entendimento ou de conhecimento das leis naturais, de coisas básicas, as quais nós deixamos de realizar dia após dia, certamente seremos levados a consumir demasiadamente, e consequentemente nos atolaremos de compromissos. Porque tendo muita coisa para fazer, tornamo-nos alienados. Sendo assim, não sofremos com o que sabemos que está errado.
Falta-nos disciplina e vontade para tomar atitudes. Pois sempre arranjamos uma desculpa para continuarmos agindo de forma incorreta. Comer corretamente, por exemplo, exige vontade de mudar os hábitos alimentares, e disciplina para manter-nos alinhados ao propósito.
Só que nem tudo está perdido, podemos começar agora a entender se estamos alinhados com nosso projeto de evolução, avaliando e percebendo se muitas coisas mudaram para melhor. Pergunte-se: prefiro ser quem sou “hoje” ou quem eu fui “ontem”? Se estamos mais felizes com o que somos nesse momento, é porque estamos evoluindo. Caso contrário, precisamos fazer uma análise profunda para saber com o que estamos nos comprometendo.
Aproximando mais ainda esta realidade das nossas vidas, podemos associar o excesso de responsabilidades com a indecisão. Às vezes, estamos pedindo algo e nada acontece. Sendo assim, nos atolamos em afazeres para “deixar” para resolver depois. Já que nada acontece, então nos perguntamos: por que pensar nisso?
Na verdade, agimos assim porque fugimos e porque não temos paciência para esperar. Queremos tudo para “ontem”, pois se aparentemente tudo acontece de forma acelerada, se o tempo parece que está acelerado, nos perguntamos: como não ocorre nada?
Precisamos entender que o universo nos dá um tempinho para termos certeza do que estamos pedindo. Também é necessário saber que não temos o controle das coisas. E mais, não compreendemos que ao nos distrairmos, o universo não mandará mais nada relativo ao pedido. Então, se em alguns momentos, nós estávamos quase lá, voltamos à “estaca zero”.
 Entretanto, “não dar certo” não pode ser mais uma desculpa para deixar de agir, pelo contrário, se não atingimos a meta é porque não estamos nos dedicando com afinco. Da mesma forma, o quanto estamos nos responsabilizando com a evolução do mundo e com a nossa? Estamos agindo condizentes? Estamos cuidando mais do nosso bem-estar?
Sempre temos tempo quando priorizamos o que é mais importante para nós, por isso é preciso fazer uma lista de prioridades seguidamente, para poder tirar tudo que não é de nossa responsabilidade. Isso nos fará ver quanto tempo estamos perdendo com afazeres que nem precisam ser feitos e nos dará mais condições de fazer o que realmente importa.

Muita Paz!

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