domingo, 29 de julho de 2012

Pais de bem com a Espiritualidade, Filhos de bem com a Vida





Texto: Adília Belotti


A gente sabe tudo sobre educação de crianças, psicologia infantil, comportamento de adolescentes, não é? Está tudo ao alcance da mão. Basta um clique (literalmente) e um universo inacreditável de informações cai no nosso colo. 
E lá ficamos nós, engolidos em perplexidade, perguntando: "Afinal, com tantos recursos, com tanta informação, por que a gente não acerta sempre? Por que temos essa sensação de que alguma coisa saiu errada?

Filmes como Kids (lembra desse?) ou como um outro que meu filho de 18 me fez assistir, "Réquiem" para um sonho, mostram crianças e jovens jogados em um mundo sempre muito escuro e do qual eles mal se dão conta, tão intoxicados pelas drogas e pelo escapismo mais brutal. Como foi que aqueles bebês risonhos cresceram para ficar assim? Onde foi que perdemos contato com eles?

Ninguém discute que somos todos bem-intencionadas criaturas que procuram dar o melhor para seus filhos. Então o que é que pode estar faltando? Para alguns estudiosos, a resposta é clara: no afã de prover os filhos com tanto conhecimento e tantos cursos, brinquedos, treinos, aparelhos, idiomas, os pais esqueceram de olhar para dentro de suas crianças e enxergá-las como verdadeiramente são: seres espirituais.

Nessa linha de pensamento, Mimi Doe, uma especialista em educação e autora de vários livros e de programas infantis não-violentos para a televisão, faz uma afirmação inspiradora: "A espiritualidade é a base a partir da qual nascem a auto-estima, os valores, a ética e a sensação de fazer parte de algo. É a espiritualidade que determina o sentido e o significado da vida". Bingo!

Outros estudiosos fazem eco. Spiritual Parenting (uma expressãozinha difícil de traduzir, mas que significaria algo como paternidade/maternidade espiritual), é uma idéia que abre muitas possibilidades e já aportou por essas nossas bandas, alguns textos publicados em português. 

Peguei o livro de Mimi Doe para ler, confesso, com um pouco de desconfiança (detesto livros de fórmulas prontas, são um insulto para a nossa inteligência!). 
Não fiquei nada decepcionada. Ao contrário, o livro é cheio de idéias para a gente resgatar o caráter sagrado dessa tarefa tão antiga que é criar filhos.

Houve um tempo em que nossos filhos eram nossa única garantia de imortalidade. Através deles, nos sentíamos projetados para o futuro, elos de uma cadeia sem fim. Os gestos repetidos, os ensinamentos, os exemplos, as histórias contadas, as receitas, as festas, as tradições, tudo era parte de um legado que transmitíamos às crianças, mas que, na verdade, não nos pertencia. 
Os pais eram uma ponte entre o passado e o futuro. E criar filhos era transmitir a herança da espécie, da melhor forma possível, porque cada um dos nossos atos era apenas um movimento na grande dança do universo.

A proposta de Mimi é resgatar esse sentimento de que educar filhos pode ser, ainda hoje, um verdadeiro milagre. Não, não é nada esotérico, nem específico dessa ou daquela religião. Ao contrário, abrir um espaço para a espiritualidade na relação com as crianças é fazer coisas simples, como criar um ambiente agradável e receptivo na hora do jantar ou marcar um dia por mês para um "estar em família" diferente. Juntos, talvez você e ele se animem a aprender a meditar, a valorizar a bondade e a compaixão através das boas ações, a tirar da gaveta aquela idéia de participar de um projeto comunitário. 

Uma outra idéia importante: deixar que nossos pequenos nos inspirem. Eles são naturalmente conectados com essa forma de espiritualidade. E se estivermos mais atentos, podemos aprender muito com a sua poderosa intuição. 

Hugh Prather, um outro autor, confirma que essa é a primeira regra de ouro para quem quer se tornar um pai (ou mãe) mais espiritual: as crianças estão próximas de Deus e podem nos ajudar muito a encontrá-lo. Isso não quer dizer que elas não precisem de disciplina, de orientação ou de firmeza. Mas significa que ser pais não nos torna automaticamente sábios e que devemos ir com calma antes de achar que sabemos sempre o que é melhor para as crianças. Na verdade, nós apenas percorremos juntos a mesma estrada e fomos os escolhidos para a posição de guias não por sermos superiores, mas porque conhecemos melhor o mundo. Só por isso. Do ponto de vista de Deus, esse bebê que você segura com tanto cuidado, pode ser tão sábio quanto você, mesmo que seja sua a função de amamentá-lo e de cuidar dele até que ele possa fazer isso sozinho.

Vamos conversar mais sobre isso qualquer horinha, mas, por hoje, pincei algumas idéias do livro de Mimi Doe para compartilhar com você.

1. Deixe de lado os seus velhos programas de educação, os erros cometidos por seus pais, os "deveres" e "obrigações" que foram se infiltrando no seu jeito de educar. Você é você mesmo e seu filho é ele mesmo. Vocês dois foram reunidos por Deus por algum motivo. Acredite, você e seu pequeno foram, literalmente, feitos um para o outro.

2. Ensine seu filho a desenvolver a concentração no pensar. Use como exemplo uma lanterna ou um foco de luz cortando a escuridão. Os pensamentos dele são como esse raio de luz atravessando o universo, juntando e iluminando os seus desejos. Essa imagem vai ajudar seu filho a entender que nossos pensamentos podem provocar grandes mudanças na nossa vida.

3. Busque o maravilhoso fora do trivial. Celebre junto com seu filho os fatos admiráveis de cada dia. Invente rituais, motivos para celebrar, encha sua casa com música, dance, caminhe na chuva. Se faltarem idéias, tome emprestadas algumas fantasias de seu filho. Com certeza ele vai adorar compartilhar esses tesouros com você.

4. As palavras são importantes. Use-as com cuidado. Em geral, elas refletem nosso jeito de estar no mundo. Institua em sua casa a regra de não permitir rebaixamentos nem zombarias. O deboche é um meio seguro de arrasar o espírito.

5. Faça de cada dia um novo começo. Por pior que tenha sido o dia de hoje, amanhã é um novo dia e ninguém sabe ou pode garantir o que ele vai trazer. Dê de presente para seu filho um dia cheio de possibilidades, um dia sagrado. Um dia para ser saboreado minuto a minuto, intensamente.



Para saber mais:
10 princípios da paternidade espiritual, desenvolvendo a alma de seu filho, Mimi Doe com Marsha Walch, Editora Cultrix
Educar com amor, Hugh Prather, Edições Paulinas
Parenting as a spiritual journey, Rabbi Nancy Fuchs, Jewish Lights Publishing
 



Muita Paz!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sobre Aprendizados!





Texto: Maísa Intelisano


Aprendizados. São todos trabalhosos. Podem ser doloridos. E às vezes são difíceis. Especialmente quando envolvem uma grande mudança interna, uma mudança de padrões, uma mudança de crenças e costumes pessoais, uma mudança que exija coragem e esforço.

Quando o aprendiz está pronto, o aprendizado aparece. Não precisa pedir, não precisa encomendar, não precisa procurar. Ele vem, sem aviso, invade a nossa vida, desorganiza algumas coisas e põe de pernas para o ar aquilo que estava bem acomodadinho.

A vida parece que sabe quando estamos prontos para um aprendizado e nos leva pela mão, sem que a gente perceba, direto para o olho do furacão, para aquela situação que, conscientemente, a gente não escolheria, mas que o inconsciente escolhe a dedo para nos dar a lição para a qual estamos prontos.

Prontos? Quem falou que estamos prontos?

O problema é que só o inconsciente parece saber que estamos prontos para um novo aprendizado, e não nos comunica. E somos seduzidos, arrastados, conduzidos por situações, pessoas, ideias e sonhos que nos parecem sem nexo e até contrários ao que supostamente queríamos.

A questão é que o que queremos dificilmente será aquilo de que precisamos. O que desejamos de modo consciente raramente combina com as nossas necessidades e desejos inconscientes. E aí... Bem, aí o chão pode fugir dos nossos pés... Deixando a perturbadora sensação de que estamos passando por algo que não pedimos e que não sabemos como administrar.

Mas não é bem assim. Tudo o que nos chega, nos chega por uma razão, atendendo a um anseio intrínseco e dentro de uma lógica que nos escapa à lógica, pois é a lógica do inconsciente, que nos conhece muito melhor do que nós mesmos, mas que nós praticamente não conhecemos.

Não que ele seja um ente à parte, um observador atento ou algo assim. Não. Ele é parte, grande parte de nós. Tão grande que guarda tudo o que sabemos que somos e o que não sabemos que somos, e o que nem desconfiamos que podemos ser ou queremos ser.

Tudo o que nos chega vem na medida, personalizado para nos proporcionar exatamente a experiência que melhor proveito nos dará. Nem mais, nem menos. Simples assim: na medida. E na medida significa, inclusive, que não é mais complexo, mais difícil, nem maior do que a nossa capacidade para viver e sair bem da experiência.

Só tem um pequeno porém: nós não sabemos disso... Ainda... E dá um medo danado. Quando a experiência chega, sem avisar, dá um medo enorme do tumulto interno e externo que ela vem causando. Dá medo porque nos vemos obrigados a largar o conhecido para entrar no desconhecido. Mesmo que o conhecido não seja lá essas coisas e o desconhecido nos pareça sedutor e encantador. O medo vem junto e nos faz resistir até não podermos mais.

E resistindo, acaba doendo muito mais, pois nos debatemos e atritamos mais com tudo aquilo que vem até nós e tentamos recusar ou rejeitar. Não importa o que façamos, essas coisas vão nos atingir e, quanto mais tentarmos nos desvencilhar delas, maior será nossa área de atrito e maior o sofrimento.

Exercitando, no entanto, a aceitação, a entrega, tudo suaviza. Fluimos ao redor e por entre as situações. Sem resistência, o movimento, ainda que agitado, é leve, constante, sem sobressaltos ou impactos. Fluimos como a água que escorre por entre os obstáculos que se apresentam à sua passagem, sem, no entanto, detê-la, porque ela os contorna e acaba por envolvê-los totalmente, abraçando cada um suavemente.

Sem resistir, passamos do pânico da morte para o êxtase do renascimento e encontramos a nós mesmos renovados, revigorados e mais plenos de nós.



Muita Paz!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

o TAO da Produtividade!





Na era da comunicação digital, nós estamos mais ocupados do que nunca. E ainda assim, com todos nossos ruídos e fúria, nós parecemos não ter tempo para focar, para o que é importante, para pensar.

Para encontrar o foco, nós precisaremos repensar a necessidade por produtividade.

Pense na nossa cultura da obsessão por produtividade: com a necessidade do “trabalho duro” e trabalhar longas horas para fazer o que precisa ser feito, com a necessidade de estar sempre ocupado, ocupado, ocupado o tempo todo, com a necessidade de fazer listas e checá-las sempre, com a necessidade de lidar com incontáveis projetos e trazer mais receita e conquistar mais e mais. Mas para que? Qual é o ponto para tanta obsessão? Ela resulta em fadiga, stress, ansiedade, infelicidade, ganância, confusão, e pouco tempo para a família, amigos e para você mesmo.

O que pode acontecer se jogássemos tudo porta afora? E se nós disséssemos: “Eu quero fazer as coisas importantes, mas o restante pode ir para o inferno.”? Vamos criar um novo credo: Simplicidade, propósito, foco, silencio, e alegria. Vamos fazer coisas bonitas e uteis, e adorar fazê-las.

Com esta “nova” concepção de produtividade (que na realidade é tão velha quanto o trabalho em si), nós adotamos alguns novos princípios. Os princípios propostos são inspirados no Taoísmo, uma filosofia que profundamente mudou minha vida. Não sou um expert em Taoismo, e há muitas coisas que estão escritas a seguir que não são exatamente alinhadas com ele.

Se contente

Se contentar com o que você tem;
Se alegre com o modo como as coisas são.
Quando você percebe que não há nada faltando,
todo o mundo pertence a você.
~Lao Tzu

Este é o fundamento do Tao da Produtividade: a versão antiga da produtividade era fundada no desejo por mais, por ser melhor, por conquistar mais. Mas ao contrário, se liberte do desejo, e perceba que você já tem o suficiente.

Se você perceber que já tem o suficiente,
você será extremamente rico.

Se você já é rico, você precisa tanto mais para ter mais dinheiro? Você fazer mais e mais?

Se você se contiver, você o faz por que isso lhe dá alegria, não porque você deseja mais.

Quando não há desejo,
todas as coisas estão em paz.


Mestre da não-ação

As coisas mais gentis do mundo
superam as coisas mais difíceis do mundo.
Aquilo que não tem substância
penetra aonde não há espaço.
Isso demonstra o valor da não-ação.
Ensinar sem palavras,
agir sem ações:
este é o caminho do Mestre.

Este deve ser o principio mais difícil para o mestre, eu acredito, porque nossa antiga obsessão com a produtividade era uma obsessão por fazer. Isso me faz lembrar da natureza: ela não faz nada, não se apressa, e ainda assim tudo acontece.

Por que tudo acontece na natureza? Porque:
1. Não há nada que verdadeiramente precisa ser feito – o que acontecer é bom.
2. O que acontece é um resultado atual da natureza das coisas – elas fazem o que fazem, pois é isso que elas são.

Pense em como isso se aplica em seu trabalho: você pode renunciar ao que você pensa que “precisa” ser feito? E você pode repensar nas coisas para que as coisas aconteçam porque elas são assim, e não porque você as forçou a acontecer? Esta não é uma tarefa fácil, mas ela precisa ser realizada se você quiser manter a mente aberta e contemplar as “necessidades” e a natureza das coisas.

O Mestre permite que as coisas aconteçam
Ela molda os eventos como eles acontecem
Ela saia da frente
e deixa o Tao falar por si mesmo


Renuncie o Controle

O Mestre vê as coisas como elas são,
sem tentar controlá-las.
Ela deixa as coisas seguirem seu próprio caminho,
e reside no centro do círculo.

Esta é outra mudança difícil: deixar nossa necessidade por controle. Nós temos que controlar nosso ambiente, controlar nosso comportamento, controlar nossas mentes, controlar outras pessoas, controlar os resultados. E ainda, isso tudo é uma ilusão: nós não temos nenhum controle sobre o que acontece. Coisas saem errado o tempo todo, planos falham, nós falhamos, e nós nos sentimos como fracassos por causa disso. Porque pensamos que podíamos controlar algo, e não podemos.

Controlar outras pessoas é uma enorme fonte de conflito. Pare de tentar controlar seu empregados, colegas de trabalho, chefes, membros do seu time, pessoas queridas. Deixe-os fazer o que quiserem e trabalhar com você como desejarem.

Mas como você trabalha sem controle? Isso demora um tempo para aprender, mas a idéia é deixar as coisas acontecerem, e aja (ou não aja) conforme o fluxo dos eventos. Deixe que as pessoas agirem como desejarem, e encontre calma no meio deste turbilhão de atividades e pessoas.

O Mestre permite que as coisas aconteçam
Ela molda os eventos como eles acontecem
Ela saia da frente
e deixa o Tao falar por si mesmo


Pare de planejar

Outras pessoas têm um propósito;
Eu sozinho não sei.
Eu derivo como uma onda no oceano,
Eu sopro sem rumo como o vento.

Isto vai de mãos dadas com desapego ao controle. Parar de planejar, parar de tentar controlar a forma como as coisas vão e que os resultados serão. A vida nunca vai de acordo com o plano, então por que se estressar se preocupando com o futuro e, em seguida, se preocupar com o passado, quando os planos são interrompidos?

Viva o momento, com nenhum resultado fixo em mente. Deixe as coisas acontecerem, e se contente com o que acontecer. Faça seu trabalho, claro, mas faça porque isso lhe faz bem.

Por que ele não tem uma meta em mente,
tudo que ele faz é um sucesso.


Se liberte do sucesso e da necessidade por aprovação



O sucesso é tão perigoso quanto o fracasso.
A esperança é tão vazia quanto o medo.
O que significa o sucesso ser tão perigoso quanto o fracasso?
Ou você sobe a escada ou você a desce,
sua posição é instável.
Quando você se posiciona com os dois pés no chão,
você sempre manterá seu equilíbrio.

Sucesso é uma coisa que está enraizada em nossa cultura, e em quase todos os momentos de nossa infância e do tempo no colégio somos orientados ao sucesso. Mas ele é um conceito vazio. Quem define o sucesso? Por que ele é tão importante? O que acontece se não o atingirmos? E o que acontece quando o atingirmos, e ainda assim quisermos mais, ou percebermos que ele não valeu todo o esforço, e que desperdiçamos nossas vidas?

Mantenha seus pés no chão. Encontre o equilíbrio e o contentamento. Esqueça sobre “sucesso”.

O Mestre faz seu trabalho
e depois pára.
Ele entende que o universo
está para sempre fora do controle,
e tentar dominar seus eventos
vai contra a corrente do Tao.
Porque ele acredita nele mesmo,
ele não precisa convencer os outros.
Porque ele se contenta com ele mesmo,
ele não precisa de aprovação dos outros.
Porque ele aceita a si mesmo,
todo o mundo o aceita.

Essa citação realmente diz tudo. Eu não tenho nada a acrescentar. Desista da necessidade de aprovação, e a necessidade de "produtividade" desaparece.

Faça seu trabalho & pare

Encha a sua taça até a borda
e vai derramar.
Mantenha sua faca afiada
e será cortado.
Persiga o dinheiro e segurança
e seu coração nunca vai abrir.
Se importe com a aprovação dos outros
e você será o prisioneiro deles.
Faça seu trabalho, então pare.
O único caminho para a serenidade.

Esta é a lição que nós levaremos um bom tempo aprendendo. Nós fazemos nosso trabalho, e depois precisamos fazer mais e mais. Ao invés disso, pare. Você irá me agradecer por isso.



Muita Paz!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Do que você tem medo?



Texto: Graziela Marraccini


Ao meu ver, a noção de pecado é intrinsecamente conectada com a noção de medo. O medo do castigo do inferno e do sofrimento eterno é usado há mais de dois mil anos para escravizar as pessoas, mantendo-as atadas a dogmas e conceitos que impedem que elas vivam felizes exercendo o seu livre-arbítrio. Como é possível que Deus, o Pai, para nos perdoar de nossos erros precise que rezemos de 10 Ave Marias, ou 10 Pai Nossos? Que batamos no peito dizendo "minha culpa, minha culpa"? 
Para nos perdoar, Deus só precisa verificar se aprendemos com nossos erros! Aliás, acho que Ele nos perdoa de antemão pois sabe que somos humanos e cheios de defeitos. Pronto, já estou raciocinando com a noção de Deus fora de nós! Se Deus é o Todo, Ele não está fora de nós! Portanto, bastaria que cumpríssemos nosso trabalho direitinho e estaríamos automaticamente integrados e em comunhão com o Todo. Integrados, podemos, portanto, conversar com o ' Deus que habita em nós' e receberemos orientações e conselhos que nos ajudariam a aprender com nossos erros ao mesmo tempo que evoluímos espiritualmente. 

Cristo (nas Cartas de Cristo) nos ensina que tudo 'acontece segundo nossas crenças'. Criamos nossa realidade com o pensamento e atraímos para nossa vida todas aquelas coisas nas quais cremos intensamente. O nosso 'poder criativo' reside em nossa mente! Lembrem-se do Primeiro Princípio Hermético: Deus é Mente, o Universo é Mental. Leiam os Princípios Herméticos das Leis da Sabedoria no meu site pessoal: www.astrosirius.com.br. Elas ensinam as Leis Universais da Criação. 

Porém, não podemos e não devemos atrair somente aquilo que nosso Ego deseja! Eu estou convencida de que são nossos desejos egoístas que formam a corrente que nos escraviza, e por essa razão devemos encontrar formas adequadas para nos livrar desses desejos. Repito: o objetivo da maioria das pessoas na Terra e, especialmente, na nossa sociedade materialista, é conseguir a satisfação pessoal e imediata dos desejos egoístas! Desejamos coisas, objetos, pessoas, prazeres, mundanidades, mas, dificilmente, desejamos sinceramente a felicidade dos outros! 
Em sua primeira carta, Cristo afirma que estes desejos egoístas e materialistas formam como ataduras que sobrecarregam nossa psique e a impedem de se integrar ao Todo. Se nascemos com um potencial para a felicidade porque então sofremos de ansiedade, tristeza, frustração e preocupações? Porque temos medo! Sim, temos medo de ficar pobres, de ficar doentes, de ficar sozinhos, de ser assaltados, de....de...de.... 

Na página 49, do livro Cartas de Cristo, está escrito: "Todos os problemas de uma existência difícil se encontram nos processos mentais do próprio homem! Foram somente as "formas de consciência" das pessoas, seus pensamentos, palavras, sentimentos e ações, que criaram uma densa barreira entre a sua consciência e a Consciência Criativa Universal (ou seja, a Mente do Todo) que interpenetra o universo em cada folha, árvore, inseto, animal e ser humano! " 

Os cabalistas também ensinam que a Luz (ou seja a energia gerada pelo Todo) flui até nós livremente mas não pode penetrar em nosso ser se criamos barreiras de egoísmo! Portanto, caros leitores, é a capacidade humana de criar suas circunstâncias que produz a sua realidade. Devo, porém, fazer uma observação importante. 
Apesar de nascermos com um potencial livre, somos condicionados por duas coisas: o momento cósmico de nosso nascimento que irá determinar a nossa personalidade, e o condicionamento circunstancial (família, sociedade, meio cultural) de nosso nascimento. Esses dois fatos são determinantes para o desenvolvimento de nossa estrutura mental. 

Quando eu analiso o mapa astral de uma pessoa, ensino ao meu consulente que existem tendências de forma de pensamento. Pensamos de modo coerente com nosso Mapa Astral e em particular com nosso 'Mercúrio' Natal. De fato, esse planeta indica a forma como assimilamos os conceitos abstratos ensinados pelo mundo que nos rodeia e os traduzimos de forma prática em ações. Pensamos, e como pensamos, agimos. E nossas ações criam nossa realidade. 

Vou dar um exemplo: um capricorniano que tenha Mercúrio (além do Sol) em Capricórnio terá seus pensamentos voltados principalmente para o trabalho, para a conquista de bens materiais e de uma carreira sólida que lhe ofereça segurança. Desta feita, irá trabalhar para conquistar essas coisas que ele deseja. Porém, se essa pessoa teme a pobreza, irá atrair para si a pobreza! Ou seja, apesar de trabalhar, trabalhar, trabalhar, irá atrair a pobreza para si, pois ele atrairá aquilo do qual tem mais medo. Ele poderá até mesmo estar cheio de dinheiro, mas viverá como um miserável, talvez por se tornar muito avarento. Essa é uma Lei Universal da Criação. Não há como fugir. Outro exemplo: alguém que tem medo de doença, de vírus, de contaminações e bactérias, ficará doente até mesmo de doenças imaginárias e se tornará hipocondríaco, podendo gastar todo o seu dinheiro para recuperar a saúde. Essa pessoa será vítima da doença que mais a apavora porque estará criando com o pensamento uma realidade que atrairá para si essa doença. E como impedir esse medo de nos atazanar?

Mudando a forma-pensamento, ou seja a vibração das ondas geradas pelo medo, no nosso cérebro. A homeopatia, por exemplo, ensina que para nos curar devemos usar um 'similar' da doença da qual sofremos, estimulando uma reação do nosso corpo. Por que isso acontece? Porque com o remédio homeopático mudamos o padrão de vibração! A vibração do pensamento precisa mudar para podemos afastar aquilo que nos amedronta.

Então, caros leitores, devemos lembrar que colhemos somente aquilo que semeamos. Ódio atrai ódio, raiva gera raiva, violência atrai violência. Mas, vocês me indagarão: como uma pessoa como Gandhi, (para dar um exemplo) que desejava que a Índia se libertasse da Inglaterra sem atos de violência morreu com um ato de violência? Porque ele atraiu o seu martírio, talvez de forma inconsciente, pela necessidade de cumprir o seu carma. Ele precisava se imolar, para que seu sacrifício fosse uma mensagem de Paz capaz de libertar a India. E mesmo Cristo não atraiu para si o próprio martírio para que servisse de mensagem para a humanidade? A Mensagem da Era de Peixes era exatamente essa: sacrifício! 

No entanto, na medida em que evoluímos e a Era de Aquário se instala em nosso planeta, precisamos aprender a exercer diferentemente o nosso Livre-Arbítrio. Precisamos nos tornar 'adultos' e não escravos do Ego! O autoconhecimento pode nos ajudar nesse caminho evolutivo. Qualquer que seja a ferramenta de autoconhecimento que você procura, ela precisa servir para instalar em seu cérebro a fé, afastando o medo. 
No entanto, eu costumo perceber que existem 'formas-pensamento', ou seja, condicionamentos, que impedem isso de acontecer. Por mais que nos esforcemos, muitas vezes uma voz interior nos diz que não merecemos ser felizes e essa voz interior não é a voz do Eu Superior mas a voz do Ego que atrapalha nossa audição com 'interferências' que são obstáculos inculcados em nossa psique e nos impedem de escutar claramente a Sua voz. 

Para descodificar nosso Ego e desprogramar nossa mente podemos usar a Técnica de Libertação Emocional chamada EFT. Eu já escrevi vários artigos sobre esta técnica e também publiquei dois vídeos no You Tube. Ela é bastante simples de aprender. Uma só consulta basta para a autoaplicação. Pode ser aprendida no consultório ou via Skype com uma apostila de apoio. Então, caro leitor, se você deseja mudar a sua 'forma-pensamento' de maneira a poder afastar os medos que o acorrentam, marque sua consulta e certamente poderá mudar sua realidade. Aprenda a deixar fluir a Luz! 



Muita Paz!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sim, Eu posso brilhar!



Texto: Teresa Cristina Pascotto 

É do nosso brilho e não da nossa sombra que temos medo. Por várias razões, ocultas em nosso inconsciente, entendemos, desde a infância, que nosso brilho era perigoso, proibido e que causava desconforto, raiva, inveja, cobiça e irritabilidade nos outros. Acreditamos que quando brilhávamos, da forma mais natural e espontânea, nosso brilho ofuscava as pessoas e elas reagiam negativamente a nós e entendemos que se quiséssemos ser aceitos e amados, deveríamos ofuscar e esconder a nossa luz.

Mas brilhar significa estarmos nos expressando a partir de nossa alma e esse impulso sempre é forte e poderoso. Por mais que o ego tenha feito de tudo para ocultar nosso brilho, para conseguir do mundo tudo o que desejava, inevitavelmente, nossa alma sempre encontrava uma forma de se expressar, brilhando intensamente quando, sem o ego perceber, entrávamos num processo natural de expansão de nossa consciência, entrando em contato com as expressões mais criativas da divindade, manifestadas em nosso ser. 

Por conta das crenças negativas do ego e de suas necessidades de obscurecer nossa alma, para manter-se no poder, a cada momento de brilho intenso ele atraía a atenção daqueles que sabia que mais se incomodavam e se irritavam com nosso brilho. Obviamente que nesse momento, aqueles que não gostavam do nosso brilho ou o "queriam para si" (por não compreenderem que tinham sua própria luz), nos "atacavam psiquicamente", vampirizando-nos ou nos envolvendo em situações energeticamente muito perigosas. Diante desses ataques ou situações energéticas que nos afetavam muito negativamente, nosso brilho diminuía, nossa vibração baixava sua frequência e isso nos causava muita dor e sofrimento intenso. Nossa crença de que é perigoso brilhar se confirmava cada vez mais.

O desejo de brilhar é natural, nosso brilho é a verdade divina e absoluta de nosso ser mais profundo, mas por todas essas experiências dolorosas, acabamos praticamente desistindo de tentar brilhar novamente. Por mais que a nossa alma, vez ou outra consiga "driblar" o ego e se manifestar, esse impulso divino que se expressa tão intensamente, tem seus momentos contados, dura muito pouco. E sabemos disso, inconscientemente. Por isso, quando nos tornamos buscadores, nosso anseio mais profundo é de voltar a ter o direito de brilhar, mas o ego está sempre à espreita para interceptar e interditar qualquer forma mínima que seja de expressão de nossa alma. Como buscadores perseverantes, mesmo que tenhamos momentos de brilho intenso, seguidos de "queda na escuridão e dor", passamos a compreender o processo e, apesar da dor, sofrimento e dificuldade que isso representa, ainda assim, a cada queda, após passarmos por um período de recuperação, lá estamos nós novamente nos erguendo, movidos pelo impulso de nossa alma que começa a ter mais e mais abertura para se expressar, ela começa a penetrar em nossa consciência, fazendo com que consigamos perceber os movimentos do ego e tomarmos cada vez mais consciência desse mecanismo autodestrutivo tão arraigado em nós.

Essa tomada de consciência nos fortalece e nossa perseverança aumenta. Em alguns momentos, após termos passado por experiências de expansão de consciência em magnitudes indescritíveis para a limitada mente humana, caímos de forma mais profunda e nos sentimos exauridos, o ego providencia para que nossa energia vital se esvaia a níveis assustadores e isso, obviamente, faz com que não tenhamos muita força para irmos além do "modo de sobrevivência". Quanto mais atingimos a magnitude divina de nossa expressão de alma - quer tenhamos consciência dessa expressão ou não (existem pessoas que conseguem alcançar essa magnitude, mas racionalizam a experiência e nem percebem os níveis magnos que atingiram) - mais o ego irá nos aterrorizar no momento imediato após essa expressão, ele encontrará todas as formas possíveis para tirar de nós essa força que nos impulsiona a irmos cada vez mais além das limitações de nossa mente.

Se não compreendemos esse vai-e-vem e esses terríveis momentos de queda, escuridão e dor após momentos de intenso brilho, continuaremos presos à crença, potencializando-a, de que nosso brilho é nossa "desgraça". Somente com a compreensão e aceitação desse movimento natural, é que conseguiremos ter a sabedoria de nos acolhermos quando estivermos sem forças, com a vontade muito fraca e, muitas vezes, com vontade de desistirmos de tudo. O autoacolhimento irá promover "milagres" nesse momento, pois pararemos de nos cobrar e de exigirmos a nossa perfeição. Quanto mais buscadores nos tornamos, mais nos exigimos e não nos permitimos termos momentos de brilho seguidos de escuridão. A primeira reação que temos diante disso é de nos criticarmos e nos julgarmos, desistindo de nós mesmos, desacreditando totalmente nossas capacidades divinas de encontrarmos a solução para esses momentos. Por isso, é fundamental que aceitemos esse processo de brilho/escuridão, com profundo autoacolhimento, para que encontremos em nós mesmos as forças e ferramentas para seguirmos em frente.

Porém, em momentos mais cruciais desse processo, quando o ego está nos atacando intensamente e nossas forças estão quase a se exaurir por completo e nos sentimos frágeis e sozinhos, pois ninguém à nossa volta compreende o que está acontecendo conosco, e se apesar de toda nossa compreensão, não estivermos nos sentindo sábios para lidarmos com a situação, talvez seja inevitável que tenhamos que procurar a ajuda de alguém que tenha conhecimento adequado para nos guiar nesse momento tão determinante de nossa vida. Só de aceitarmos que precisamos de ajuda, muita abertura acontece dentro de nós e, com isso, a ajuda virá sem esperarmos a salvação pelo outro. É o momento de ativarmos, manifestarmos e expressarmos, com toda a coragem e confiança, nosso brilho mais divino, sem nenhuma outra intenção egóica a não ser com a mais pura intenção de nossa alma, de expressar o divino em nós, para oferecermos para o mundo as mesmas possibilidades que conseguimos criar para nós. Sem a necessidade de brilharmos para provarmos ao mundo que somos superiores, mas sim, com o desejo mais sincero e humilde de mostrarmos para as pessoas que é possível sim, brilhar, sem sermos prejudicados.

Se todos sentem medo de brilhar, apesar de todo o desejo intenso nesse sentido, aqueles que conseguem resgatar sua alma das garras do ego, trazendo-a para a vida, libertando-a para sua mais bela expressão, naturalmente tornam-se a força, o farol que ilumina os caminhos para os outros, para que estes se sintam encorajados em buscar a luz e resgatar e recuperar sua alma. Mas estas almas libertas precisam preservar sua integridade e luz, e isso significa que deveremos ter muita atenção para que possamos apoiar os demais, sem que isso signifique prejuízos para nós, devemos manter-nos no lugar que alcançamos, sem diminuirmos nossa frequência e brilho para alcançarmos os que estão sofrendo. Ninguém salva ninguém, somente podemos dar apoio, acolher e iluminar os passos do outro, para que ele mesmo encontre suas soluções e suas forças internas, serviremos também de modelo daquilo que É POSSÍVEL, SIM! Nosso brilho mais intenso e divino, manifestado livremente, dizendo ao mundo: Sim, eu posso brilhar!


Muita Paz!

terça-feira, 17 de julho de 2012

O Amor é Benigno!





TextoOliveira Fidelis Filho


O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". I Co 13. 4-7.


Amor Incondicional é como água potável: cristalina e pura. Não precisa ser filtrada, não precisa ser fervida, não precisa ser tratada. Existe para promover a vida, sem contra-indicação, sua vocação é fazer bem. É simples e naturalmente pura. Existe com a função de dessedentar, tornar possível e saudável a vida. Não existe para si mesma e nada reivindica pelos benefícios prestados. 


Entretanto, a esta mesma água podem ser agregados os mais diferentes poluentes que a tornam nociva e até letal. Pode continuar a aparentar inocente pureza, pois nem sempre a morte que carrega é visível a olho nu. 


Como filhos do Criador - que cria por extensão de Si mesmo e não separado Dele - o Amor incondicional é parte natural e eterna do ser humano, também. Entretanto, tal dimensão ainda precisa ser procurada, identificada e expugnada de todos os poluentes. Necessário se faz uma "perfuração", ou seja, o exercício de autoconhecimento, de individuação capaz de desobstruir os gargalos que impedem o jorrar livre e abundantemente.


O êxodo evolutivo -a forçada marcha civilizatória- levou-nos a acampar nos asfixiantes limites urbanos. Armar tendas e montar acampamento em ambientes cada vez mais hostis. As cidades -misto de sedução, escravidão e desilusão- nos separaram da Terra, da vida e nos fazem como que órfãos de alma. Do convívio com o concreto e com o aço herdamos a rigidez, a insensibilidade os corações empedernidos.


Nosso progresso, civilidade, evolução científica tecnológica divorciada do Amor tem se voltado contra nós. O conhecimento sem amor gera destruição. Enquanto a busca do conhecimento tiver como objetivo meramente passar nos exames, galgar posições de prestígio e de poder, o resultado continuará sendo a deterioração, corrupção e atrofia da dignidade humana. O conhecimento sem amor é a mais poderosa arma de aniquilação e de extermínio.


Entretanto, de modo paciente, o tesouro aparentemente perdido espera para ser encontrado. Quem o encontra desfaz-se alegremente de todas as outras propriedades, de todos os apegos. Encontram-no os que se aventuram no universo interior, nos domínios da alma, no território sagrado do coração. Os que se dispõem a arar fundo o solo da existência, pois é dentro de cada um, sob os pedregulhos dos mais variados condicionamentos, das distorcidas e endurecidas construções do ego, que o Amor incondicional aguarda seu momento de florescer. 


Na descrição de Paulo, encontramos sinalizadores que permitem identificar o Amor bem como nos munir de sabedoria para não confundi-lo. Em sua exposição, expurga do Amor tudo que lhe é estranho. 


Começa dizendo que uma das expressões do amor é a paciência e segue dizendo que o amor é benigno. É de benignidade que a própria paciência, conduto do Amor incondicional, se reveste e se ressignifica.


A benignidade é uma nascente - olho dágua - a brotar dos eternos mananciais do Amor Incondicional ainda represado em muitos corações. 
Quando penso em benignidade penso em uma árvore frondosa generosamente disponibilizando abundantes ramagens, folhas, sombra, flores e frutos. Graciosamente, ofertando espaço onde os pássaros pousam e se refugiam. Palco onde exibem seus talentos musicais, suas danças de acasalamentos, constroem seus ninhos e alimentam filhotes. A benignidade acolhe, abriga e oportuniza a vida se expressar com liberdade e leveza. 


Quando penso em benignidade, recordo das banheiras com águas termais e sulfurosas em Poços de Caldas, nas Gerais, onde mais de uma vez me entreguei para ser acolhido. Onde me refestelei em aconchegantes relaxamentos ao mesmo tempo em que me sentia massageado e terapeutizado.


Quando penso em benignidade, penso em manhãs frias de inverno, cobertas de nevoeiros que progressivamente se deixam penetrar pela luz e calor do sol, capazes de derreter a neve e o gelo. Benignidade é "como brisa do mar em dias de verão" (*). É energia feminina grávida de bondade.


A benignidade possui a suavidade de uma lua cheia quando beija o oceano, a selva e a relva orvalhada. É capaz de emprestar suavidade poética até mesmos às grandes selvas de pedra e aos monstruosos prédios mesmo quando arranham os céus. 
A benignidade é uma das formas como o Amor incondicional se expressa. Tal benevolência jorra de um coração puro, expurgado de toda sombra, de todo ódio, julgamento, medo e de sentimentos menores o que torna o olhar revestido de uma límpida percepção capaz de identificar divindade em todas as coisas. 


A benignidade demove a rigidez, reveste de flexibilidade, ternura, maciez, acolhimento, aceitação, amparo, as relações interpessoais, familiares e o ambiente de trabalho. Promove a sensação de leveza e sustentação tal qual quando relaxados boiamos sobre a imensidão do mar ou quando sustentados pela invisível força do vento sobrevoamos em parapentes, asas delta, planadores, balões. A benignidade lembra o aconchegante balanço de uma rede. A benignidade reveste de leveza e de doçura tudo que toca. Sim, o Amor Incondicional é benigno.


Tem ainda o sentido de um abraço deliciosamente apertado, acolhedor e puro, de um sorriso aberto, sincero. Do afago depois do sexo e do sexo depois do afago... É tudo isso e um pouco mais o que o termo "benignidade" extrai de meus sentimentos, pensamentos e vivências. 
Faz ainda brotar de minha alma situações permeadas de compreensão, gentileza, afabilidade, agrado, brandura, cortesia, doçura, clemência, liberalidade, absolvição, largueza, inofensividade, inocência... Para o Apóstolo Paulo, o Amor Incondicional se projeta na luz da benignidade e no exercício da benignidade é plasmado.


Quando falta benignidade sobra confrontação, arrogância, imposição, grosserias, comparações, julgamentos, punições e maledicências. 
Na benignidade, a verdade não é assassinada ou encoberta, mas é oferecida adornada de compaixão. Os erros são corrigidos sem que resultem resíduos da revolta, da culpa ou do desânimo. 


Pessoas benignas são como aconchegantes colos a exercer irresistível atração sobre os peregrinos carregados de pesados fardos de julgamentos e famintos de amor. 


Muita Paz!

sábado, 14 de julho de 2012



Texto: Chris Almeida
Quando você está frente a uma situação difícil, dois caminhos são possíveis:
Alguns entregam-se ao fracasso e lamentam-se pela má sorte.
Outros, avaliam as possibilidades, compreendem o que não deu certo, respiram fundo, levantam a cabeça e tentam novamente.
De qual grupo você faz parte?
Conduzir a sua vida de forma exemplar neste mundo não é uma tarefa fácil. Nem tudo sairá conforme o planejado. Nem todos os seus planos serão executados exatamente como você pensou.  Você até tinha boas intenções… mas não deu certo.
Mas isto ainda não é motivo para desanimar.
Lembre-se o tempo todo: você veio a este mundo para fazer uma experiência de superação. É nos momentos de crise, de conflitos e dificuldades que você deve respirar fundo e avançar um pouco mais. Não recue. Não esmoreça. Não deixe que os problemas sejam superiores a você mesmo.
Independente de sua fé ou religião, assuma de uma vez por todas que criados a imagem e semelhança de Deus. Portanto, não se comporte como um mendigo ou como um fracassado Enquanto você está vivo, o jogo continua e novas possibilidades de vitória aparecerão.
Todos nós seres humanos possuímos em nossa mente e em nosso corpo infinitos recursos que podem ser utilizados a todo momento. É sabido que utilizamos uma pequena parcela deste poder. Que tal fazer melhor uso destes seus recursos?
Você tem inteligência e tem a capacidade de avaliar o que não está dando certo. Tem o livre arbítrio para dizer “não” para aquelas situações que já não suporta mais. Tem criatividade mais do que suficiente para fazer, conquistar ou realizar além daquilo que já foi conquistado no passado. Você pode bolar um novo plano, tomar um novo caminho, assumir uma nova atitude. Sempre é possível fazer diferente. Então por que se entregar ao fracasso?
Se está endividado, sempre pode encontrar uma forma de renegociar. Se não puder renegociar, tem ainda a opção de mostrar ao mundo que está trabalhando, se esforçando e fazendo o seu melhor para saldar sua dívida. Isto é mais do que suficiente para levantar a cabeça e estar de consciência tranquila.
Se está doente ou quem sabe até desenganado pela medicina, sempre pode buscar uma alternativa para cultivar sua saúde. Sim, a ciência alcançou níveis inacreditáveis de conhecimento. Mas muitas coisas ainda são um grande mistério e milagres inexplicáveis estão acontecendo o tempo todo. Não há razão para o desespero.
Se está com um relacionamento fracassado, deve levar em conta que cada qual tem o seu tempo e os seus motivos. Quantas vezes no passado já esteve apaixonado e acreditava firmemente que nunca mais iria amar ninguém como amou fulano? O que aconteceu depois? A paixão passou e novas pessoas vieram na sua vida. Se está infeliz porque acredita que alguém te abandonou, pode neste instante levantar sua cabeça e declarar que você mesmo está e sempre estará do seu lado, sendo sua melhor companhia. Isto é mais do que suficiente para que você fique numa boa energia e daqui para frente atraia para ti pessoas ainda melhores, principalmente porque você estará mais amadurecido para novos relacionamentos.
Sempre há um caminho, sempre existe uma saída.
HOJE não é o dia de desistir.
Só mais uma coisa…
Talvez você não se considere tão bom ou tão merecedor de uma nova vida. Quem sabe, por alguma crença religiosa infantil, puna a si mesmo por considerar-se pecador ou indigno. Por favor, não faça isto contigo. Nunca mais. Se Deus existe ele não se compraz com sua miséria. E se ele é um Pai amoroso, por que razões iria querer maltratar ou negar algo de bom para seus próprios filhos e filhas?
Que importa se no passado você errou ou agiu de forma inadequada? O passado já acabou e para Deus e para toda a Existência o que conta é o que você está SENDO no momento PRESENTE. Você está aqui no AGORA, o seu eu do passado já não existe mais. Entenda isto definitivamente.
Enxugue suas lágrimas. Mude a direção de sua energia. Defina neste momento quem você quer ser de agora em diante.
Agarre-se nisto e siga em frente. Isto é tudo o que você precisa fazer.
Muita Paz!



terça-feira, 10 de julho de 2012

De onde vem esse medo que assola meu coração?





Texto: Maria Isabel Carapinha 
Por vezes, somos tomados por sentimentos que entram em nossa mente se instalam e permanecem vibrando de forma negativa. O medo nos faz divagar na maioria das vezes sobre o que ainda não existe ou por sentimentos de precaução, ou seja, se um dia, tal fato vier a se concretizar, de maneira mental, eu já o havia vivenciado e me preparado.

Tais sentimentos negativos, no entanto, interferem no nosso equilíbrio energético e modificam nossa frequência vibracional, fazendo com que situações negativas sejam vivenciadas.

Quem um dia já não sentiu medo de perder a pessoa amada, de perder o emprego, de se arriscar em uma nova oportunidade, de viajar de avião, de perder um ente querido ou até mesmo de morrer? Por que conviver com sensações como estas? No fundo de cada um destes medos, existe a falta de entrega e confiança, confiança que sempre o amanhã será melhor que hoje e que a cada dia -se sua mente estiver em pleno equilíbrio- sua vida será colocada em Ordem Divina.

Quando compreendemos que os pensamentos e emoções negativas se instalam em nossa mente como um fluxo de energia gerado por nossa mente tendo como base ideias e conceitos errados, eles podem ser compreendidos, identificados e transmutados.

A mudança pessoal ocorre quando identificamos o momento em que o bloqueio energético, que está dando origem ao medo, foi gerado e então transmutamos através da utilização da Mesa Radiônica Quântica.

Culpar as circunstâncias da vida, os outros, nossos pais, nossa falta de sorte ou, até mesmo o destino, é muito mais fácil do que ser o responsável pela sua vida e destino. A cada segundo, decidimos o nosso futuro, nossos pensamentos e atitudes cristalizam o que viveremos a seguir. Culpar os outros somente lhe fará perder mais tempo na busca de uma vida diferente. Tome uma decisão única e certeira, aborde de maneira clara e objetiva tudo que não quer mais para sua vida, elimine e passe a vibrar por aquilo que quer, o Universo está esperando seu sim, para colocá-lo no caminho da abundância e felicidade.

O medo tem uma função importante em nossa vida, ele faz com que haja a preservação dela, ele prepara o nosso corpo para o desconhecido e desaparece rapidamente quando a situação se torna conhecida. Este tipo de medo é o medo real, ou seja, ouvimos um barulho e somos tomados por uma sensação de medo que nos leva a reagir ou a fugir. O medo é uma emoção que aparece do nada em nossa mente, quando percebemos um perigo iminente ou imaginamos que algo de ruim pode acontecer. O cérebro produz adrenalina e, então, o medo se instala. Eis aqui o pulo do gato: com ou sem perigo real, todo o processo cerebral é disparado.

Isso significa que mesmo em situações que somente imaginamos o que pode nos ocorrer, todo processo cerebral é disparado e passamos de fato a sentir como se tudo fosse real.

O medo nos impede de realizarmos o que desejamos, temos medo da solidão, mas não queremos nos lançar ao amor por medo de sofrer, não suportamos o nosso emprego atual, mas temos medo de mudança, queremos muito viajar, mas temos medo de avião. Por que não transformar esse medo em realização de desejos?

Neste exato momento, podemos aqui incluir todos os tipos de medos: de elevador, de locais fechados, de altura, de bichos, de dirigir.
Existem casos intensos de medo que ele se transforma em mal-estar e se torna sentimento de sofrimento.

Quando a situação que dispara o medo é somente imaginária, é gerada a seguir uma ansiedade excessiva que vem acompanhada de sintomas físicos como tensão muscular, tremores musculares involuntários, inquietação, falta de ar, taquicardia e suor excessivo, boca seca, ondas de calor e de frio, dificuldade de engolir e sensação de desmaio ou desrealização.

O mecanismo que dispara o medo é inconsciente e sempre começa com um estímulo que provoca susto ou pavor. O segredo da cura está na descoberta deste estímulo que se repete e ficou com uma energia bloqueada em sua memória e, cada vez que algo similar acontece, o estímulo é disparado e, então, caímos na tão conhecida doença do momento que é a síndrome do pânico.

A identificação deste momento exato, em que este estímulo é disparado, é feita na Mesa Radiônica e, através da eliminação de tal energia estagnada, vamos fazendo com que o medo deixe de fazer parte de nossas vidas e a sensação de confiança e paz voltem a ser reestabelecidas.

Por incrível que possa parecer, os dados estatísticos apontam que 40% das pessoas têm medo de avião sendo que a sua chance de ter um acidente aéreo está em uma para cada um milhão e trezentas mil pessoas.

Este medo pode estar associado a excesso de controle, ou seja, como confiar sua vida a um desconhecido e não saber a cada segundo o que está acontecendo. Pode estar ainda associada a medo de altura ou ainda a medo de locais fechados. A cura deste medo está também na identificação do momento em que este estímulo foi disparado.

Há algum tempo, atendi um moço que se dizia depressivo, fazia uso de remédios para depressão, mas o alívio que sentia era pequeno. Contou um pouco sobre sua vida pessoal: sentia-se realizado na parte afetiva e profissional, por sinal era uma pessoa de referência na área em que trabalhava. Porém, sentia uma angústia, uma tristeza e um medo que não conseguia controlar e decidiu, então, partir para uma identificação energética da situação, visto que com tudo que estava fazendo ainda permanecia com os sintomas. Passou a descrever de maneira clara os sintomas que tinha quando o medo era disparado em sua mente: essa sensação vem do nada e, independe de onde eu esteja, sinto que a minha pressão sobe e que meu coração dispara; dentro de meu peito se instala uma tremedeira e tenho a sensação que vou morrer, esta é uma situação que sinto. Outra que descrevo é uma enorme sensação de tristeza que me assola onde tenho vontade de me isolar até que passe, por vergonha de não saber o porquê sinto isso.

Iniciamos o tratamento com a Mesa Radiônica equilibrando em princípio todas as suas frequências vibracionais e a seguir partimos para a identificação dos bloqueios energéticos existentes em sua mente.
Identificamos dois momentos extremamente marcantes que foram o suicídio de sua mãe, quando ele tinha quatro anos de idade, onde ele chegando com o pai em casa presenciou a cena e o outro aos dezessete anos quando seu pai enfartou, na empresa ao seu lado. O pai acabou se restabelecendo meses depois sem sequelas.
Fizemos o desbloqueio energético de tais momentos.

Passados alguns meses e com relatos extremamente positivos, voltamos a conversar sobre os momentos identificados e percebemos que os estímulos cerebrais eram sempre disparados por situações em que ele era pego de surpresa e não conseguia reagir, como no caso da morte da mãe. E o segundo por situações de pressão em que a sua não-reação poderia levar a consequências mais sérias, como no caso do pai; se ele não tivesse agido com presença e rapidez, talvez a vida do pai não pudesse ser salva.

Como a energia que dispara o estímulo cerebral fora liberada, mesmo havendo situações similares as que descrevemos, o estímulo não mais era disparado e ele passou, então, a viver uma vida normal isenta de medo e depressão.

Muita Paz!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Minutos de Sabedoria!



Textos: CARLOS TORRES PASTORINO


O Céu está dentro de você!
Aprenda a viver no paraíso.
Não é preciso morrer para ir para o céu, não!
Nós criamos em nós os infernos de tristeza e angústia.
Então aprenda a criar o paraíso da alegria.
Perdoe sempre e siga adiante, evitando aborrecer-se.
Não dê importância ao que dizem de você.
Deixe que sua alegria brote de seu coração bom e generoso.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------


Se alguém não o compreende, perdoe, e siga em frente!
Não guarde em seu coração mágoas e ressentimentos, medo e tristeza.
Caminhe para a frente!
Quanta gente espera de você apoio, compreensão e carinho!
Se não o compreendem, não se importe.
Perdoe e siga em frente, porque em todos os caminhos encontraremos sempre lições preciosas, que nos farão progredir.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Deus está dentro de nós em todas as circunstâncias da vida.
Quer você esteja praticando um boa ação, quer esteja agindo errado, Deus está dentro de você.
Quer você sinta felicidade, quer esteja ferreteado pelo sofrimento, Deus está dentro de você.
Procure não esquecer esta verdade, em nenhum momento de sua vida: DEUS ESTÁ DENTRO DE VOCÊ!

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Sua irritação não solucionará problema algum!
Medite na grande vantagem de não irritar-se, para não prejudicar sua saúde.
Se você não se irritar, seu interlocutor voltará aos poucos à serenidade, e todos poderão entender-se.
Seja calmo.
Pense bastante antes de falar.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Resolva seu problema!
Há muito tempo que você se propõe reformar sua vida, melhorar seus atos, cessar definitivamente suas fraquezas.
Vamos, então, começar a partir deste momento!
Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje...
De certo você não há de resolvê-lo do dia para a noite.
Mas, comece já!
E se cair de novo, não desanime: saiba recomeçar quantas vezes for preciso!



Muita Paz!



sábado, 7 de julho de 2012

Seja suficiente pra você!



Texto:  Karina Sensales
Precisamos parar com esse hábito de buscar no outro as justificativas para os nossos comportamentos, emoções e pensamentos. Paremos com as mesmas desculpas:

- Meu pai me traumatizou...
- Minha mãe me abandonou...
- Meu marido me poda...
- Meus filhos me aborrecem...

Sempre vemos no outro a razão do nosso mal estar. É sempre o outro que nos causa dor e aborrecimentos. Precisamos acabar com esse ciclo vicioso! Na verdade, o outro é somente gatilho para nos mostrar o que precisamos melhor e modificar na nossa vida. Você tem razão em se sentir dessa forma, mas permanecer na sintonia que é despertada pelo outro é uma escolha sua. Perceba que cada uma das pessoas que cruza o seu caminho, é uma ferramenta de Deus para lhe mostrar suas inferioridades e dificuldades. Veja-as como canais para sua evolução e aproveite esse momento para mudar seu comportamento e atitudes. Não se enconda atrás de ninguém, mude o que lhe incomoda e siga seu caminho de maneira livre, inteira e plena.
Se o seu marido lhe poda, faça uso do seu poder pessoal e se posicione diante dele. Aí está uma oportunidade de fazer valer o seu poder de escolha, o seu livre arbítrio. Ninguém tem o direito de decidir por você, mas, acima de tudo, lembre-se que é você quem permite esse padrão.
Se o seu pai lhe traumatizou, lembre-se que ele também tem suas dificuldades e nem sempre comete erros intencionalmente. Cabe à você transmutar esses sentimentos e perceber que ele é somente um canal.
Se a sua mãe lhe abandonou, é porque você precisa curar essa sensção de abandono. Aprender que a pessoa mais importante da sua vida é você mesmo e se amar sem precisar da presença física de ninguém e nem de suas aprovações.
Vários são os quadros que existem nas nossas vidas e nos proporcionam aprendizado. Se abram para eles e assuma a liderença da sua caminhada. Não espere por niguém porque essa é uma responsabilidade que lhe cabe. Decida, agora mesmo, ser feliz e se libertar desses grilhões que lhe aprisionam e lhe impedem de seguir! Vá e viva por você e para você!
Um dia de muita luz para todos nós.

Muita Paz!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Tudo pode ser como você imagina!



Texto: Wilson F. D. Weigl - Revista Bons Fliodos 


O mundo a nossa volta pode ser interpretado como um campo de possibilidades infinitas. "Existem realidades paralelas e vivemos apenas uma delas . Cada um de nós vive uma diferente dimensão do mundo real que se desenrola de forma simultanea, mas não necessáriamente identica,", afirma, por sua vez o filósofo Mário Cortella, consultor de ética, educação e gestão do conhecimento e professor da PUC - SP.
Se temos essa capacidade de escolher a realidade, por que então optamos por algo desfavorável? Por que entramos em relacionamentos frustrantes, optamos por trabalhos pouco satisfatórios, caímos frequentemente  nos circulos viciosos de tristeza e dor?
Na verdade a nossa interpretação  do mundo é sempre colorida por percepções e experiencias anteriores. Ou seja, criamos a realidade de acordo com nossos antecedentes emocionais. "Sempre perseguimos algo refletido no espelho da memória", diz no filme "Quem Somos Nós" , o físico Amit Goswani, pesquisador e professor da Universidade de Física de Oregon, EUA, um dos mais eminentes estudiosos da relação entre a mecânica quantica e a espiritualidade.
A dificuldade do cérebro em se distanciar de algo provado anteriormente tem um mecanismo já conhecido. As células nervosas, os neurônios possuem ramificações para se conectar em redes, e a cada pensamento ou sentimento várias conexões se formam nessa vasta teia.
Por exemplo o amor. Não é um conceito genérico e sim pessoal: a ideia está guardada numa vasta rede de associações neurológicas e participa de um encadeamento de muitas possibilidades. Por isso, algumas pessoas associam paixão a desapontamento e traição, só para citar percepções possíveis.
Quando pensam no Amor, experimentam a memória da dor, d mágoa e até da raiva.
Ao insistir em observar a vida desse ponto de vista negativo , como sofredores ou vítimas, estamos diariamente reforçando as conexões desfavoráveis , criando uma identidade entre  as células." explica o psiquiatra Jeffrey Satinover. Por outro lado, quando tentamos superar essees padrões , podemos quebrar essa conexão e sua resposta automática no corpo. Ou seja, também deixamos para trás a reação pela força do habito.
É possível, assim, cancelar conexões cerebrais associadas a sofrimento e infelicidade? " Não, cancelar algo experimentado não, mas podemos criar caminhos neurais que, com treino e repetição, podem se tornar mais poderos que os antigos", diz Satinover.


Muita Paz!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...