terça-feira, 3 de julho de 2012
Tudo pode ser como você imagina!
Texto: Wilson F. D. Weigl - Revista Bons Fliodos
O mundo a nossa volta pode ser interpretado como um campo de possibilidades infinitas. "Existem realidades paralelas e vivemos apenas uma delas . Cada um de nós vive uma diferente dimensão do mundo real que se desenrola de forma simultanea, mas não necessáriamente identica,", afirma, por sua vez o filósofo Mário Cortella, consultor de ética, educação e gestão do conhecimento e professor da PUC - SP.
Se temos essa capacidade de escolher a realidade, por que então optamos por algo desfavorável? Por que entramos em relacionamentos frustrantes, optamos por trabalhos pouco satisfatórios, caímos frequentemente nos circulos viciosos de tristeza e dor?
Na verdade a nossa interpretação do mundo é sempre colorida por percepções e experiencias anteriores. Ou seja, criamos a realidade de acordo com nossos antecedentes emocionais. "Sempre perseguimos algo refletido no espelho da memória", diz no filme "Quem Somos Nós" , o físico Amit Goswani, pesquisador e professor da Universidade de Física de Oregon, EUA, um dos mais eminentes estudiosos da relação entre a mecânica quantica e a espiritualidade.
A dificuldade do cérebro em se distanciar de algo provado anteriormente tem um mecanismo já conhecido. As células nervosas, os neurônios possuem ramificações para se conectar em redes, e a cada pensamento ou sentimento várias conexões se formam nessa vasta teia.
Por exemplo o amor. Não é um conceito genérico e sim pessoal: a ideia está guardada numa vasta rede de associações neurológicas e participa de um encadeamento de muitas possibilidades. Por isso, algumas pessoas associam paixão a desapontamento e traição, só para citar percepções possíveis.
Quando pensam no Amor, experimentam a memória da dor, d mágoa e até da raiva.
Ao insistir em observar a vida desse ponto de vista negativo , como sofredores ou vítimas, estamos diariamente reforçando as conexões desfavoráveis , criando uma identidade entre as células." explica o psiquiatra Jeffrey Satinover. Por outro lado, quando tentamos superar essees padrões , podemos quebrar essa conexão e sua resposta automática no corpo. Ou seja, também deixamos para trás a reação pela força do habito.
É possível, assim, cancelar conexões cerebrais associadas a sofrimento e infelicidade? " Não, cancelar algo experimentado não, mas podemos criar caminhos neurais que, com treino e repetição, podem se tornar mais poderos que os antigos", diz Satinover.
Muita Paz!
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