domingo, 23 de junho de 2013
Desapego.
Texto: José Trigueirinho Netto.
O Planeta encontra-se numa fase muito especial de sua evolução e passa por profunda mudança.
O desapego é fundamental para os que a estão acompanhando, pois sem desprendimento pelo que ja é conhecido não seria possível ingressar livremente no que está para vir.
O desapego deve deixar de ser mero conceito para os que procuram vivê-lo. Não deve ser apenas uma palavra acolhida com boa vontade, mas a superação efetiva dos laços terreno e do conhecimento atual.
O desapego é sempre necessário para ampliarmos a compreensão, para contatarmos o que ainda não foi desvelado.
Assim, tudo o que captamos, descobrimos, compreendemos e vemos deveríamos soltar tão logo tenha cumprido o seu papel de nos ensinar alguma coisa.
Mas deveríamos desapegar-nos com amor e gratidão, cientes de que o objeto de nossa renúncia pode ser útil para os que estão em outros pontos evolutivos, ou até voltar a ser útil para nós mesmos em uma posterior etapa da vida.
O desapego ajuda-nos a ir além do nível dos fenômenos e coloca-nos em contato com o essencial, com o que não é efêmero e cujas raízes se encontram em planos mais profundos.
Se persistirmos na intenção de nos desapegar, as provas do dia-a-dia mostram-nos quão desprendidos estamos da existência material e daquilo de que ainda devemos despojar-nos.
À medida que nos desapegamos, o que ocorre em nossa vida física não nos afeta tanto e já não aplicamos tempo nem energia na análise de fenômenos. Aproveitamos, isso sim, todas as provas que ela nos traz como oportunidade de nos transformarmos.
O desapego é o principal fator na busca de uma vida mais avançada. Mesmo que haja organização, dedicação, pontualidade, obediência e autocontrole, mesmo que muitas virtudes já se façam notar em nosso Ser, sem o desapego tudo isso pouco vale para a compreensão da realidade nos planos internos.
Se não damos excessiva importância às coisas fenomênicas e externas, elas deixam de ser um obstáculo para penetrarmos os níveis profundos da consciência e podem até ajudar-nos a fazê-lo.
Com a prática do desapego percebemos que a maior parte do nosso ser e do universo não está nos níveis em que normalmente somos conscientes, só um pequeno reflexo da nossa essência se encontra no que pensamos, sentimos ou fazemos.
O que há de mais significativo na existência vive em nosso interior.
Embora tenhamos tarefas no mundo concreto, devemos sempre saber que de um ponto de vista superior não pertencemos a ele e procurar agir no dia a dia consciente disso.
Muita Paz!
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