sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Poder de uma Meta!


Sucesso não é destino, sucesso não é acidente. Se observar as pessoas de sucesso, notará que elas começam com uma meta. Fique alerta. Ao se aventurar no atingimento de uma meta você sofrerá críticas e até rejeição, é preciso firmeza de propósito, caráter, personalidade. Se não quer receber críticas não diga nada, não faça nada, não seja nada.
       Uma meta é algo tão valioso que você não deve responsabilizar outras pessoas pelo não atingimento da mesma. Que infelicidade chegar aos seus 40 ou 50 anos, olhar para trás e dizer : "Queria ter realizado algo valoroso, mas meu chefe não deixou!" O atingimento de uma meta não aceita desculpas. Homens e mulheres são limitados, não por seu lugar de nascimento, nem pela cor da sua pele, mas pelo tamanho da sua meta. O que importa não é de onde você vem, mas para onde você vai.
       É preciso uma estratégia, um plano para se atingir um alvo ou uma meta. Uma boa dica é você descobrir alguém que já tenha feito o que você quer fazer. Convide-o para almoçar, peça ajuda, orientações. Na fase inicial, sucesso está ligado à dor. No meio do caminho é provável que bata um forte desânimo, é previsível. Não se iluda, haverá dias terríveis em sua vida, dias em que nada funciona. Você vai ficar ansioso, perderá o sono, vai suar frio.
       Não desista, isso faz parte de quem aspira a algo superior. Estou certo de que a persistência representa 98% do atingimento de uma meta. Meta exige disciplina. Disciplina pesa quilos. Arrependimento pesa toneladas. Mais do que disciplina o atingimento de uma meta exige renúncia. Existem pessoas que atingem a sua meta e param. Começam a se sentir confortáveis e depois relaxam, acomodam-se, refiro-me à famosa zona de conforto. "O desejo pára com a posse."
       É a hora da conversa interpessoal. A conversa consigo mesmo. Pare, sente-se, fique sozinho e pense na direção em que está indo, e se é para onde quer ir. A melhor maneira de se predizer o futuro é ter uma idéia clara do que está acontecendo com você agora. A coisa mais importante é considerar a coisa mais importante como sendo a coisa mais importante! O que é importante para você no próximo ano? Qual o seu projeto de vida?
Acredite: O mundo abre alas para um ser humano determinado!
(Rogério Caldas)
Muita Paz!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Vida Moral predominando sobre a Vida Material



A vaidade é um desejo superlativo de chamar a atenção, ou a presunção de ser aplaudido e reverenciado perante os outros. É a ostentação dos que procuram elogios, ou a ilusão dos que querem ter êxito diante do mundo e não dentro de si mesmo.


Importante não olvidarmos que a vaidade atinge roda e qualquer classe social, desde as paupérrimas até as que atingiram o cume da independência econômica.

Francisco VI, duque de La Rochefoucauld, escritor francês do século XVII, dizia que "ficaríamos envergonhados de nossas melhores ações, se o mundo soubesse o que as motivou".

A afirmativa é válida porque se refere às criaturas que fazem filantropia a fim de alimentar sua vaidade pessoal, impressionando o mundo para que os inclua no rol dos generosos e de grandes altruístas.

O orgulho está incluído entre os tradicionais pecados capitais do catolicismo. Como a vaidade é uma idéia justaposta ao orgulho, ela também se destaca como um dos mais antigos defeitos a serem combatidos na humanidade. No entanto, somente poderemos nos transformar se conseguirmos ver e perceber, em nós mesmos, as raízes da vaidade, visto que negá-la de modo obstinado é ficar estritamente vinculado a ela.
É oportuno dizer que não estamos nos referindo aqui ao esmero na maneira de andar, falar, vestir ou se enfeitar, que, em realidade, são saudáveis e naturais, mas a uma causa mais complexa e profunda. O motivo de nossas análises e observações é o estado íntimo do indivíduo vaidoso, ou seja, o que está por baixo do interesse dessa exibição e dessa necessidade de ser visto, a ponto de falsificar a si mesmo para chamar a atenção.

Na fase infantil, a conduta dos pais e sua filosofia de vida agem sobre as crianças, plasmando-lhes uma nova matriz à sua, já existente, bagagem espiritual. Ao produto de suas vidas passadas é anexada a visão dos adultos, membros de sua família atual. Portanto, através dos pais, verdadeiros "espelhos vivos", as crianças assimilam suas primeiras noções de comportamento e modo de viver.

Filhos de pais orgulhosos podem-se tornar crianças exibicionistas, carregando uma grave dependência psíquica de destaque. Comportam-se para ser socialmente aceitas e para aparentar-se pessoas brilhantes.

Os vaidosos colocam máscaras de criaturas impecáveis e, evidentemente, transmitem aos filhos toda uma forma de pensar e agir alicerçada na preocupação com os rótulos e com a escala de valores pela qual foram moldados.

Outra causa do desenvolvimento da vaidade nas criaturas é a importância desmedida que dão às posses e propriedades. Na atualidade, por menor que seja a classe social em que se encontra constituída uma família, ainda é o dinheiro uma fonte absoluta de poder. Quem ganha mais reivindica no lar a autoridade, a atenção e o amor. A riqueza amoedada é conceituada como um dos instrumentos com o qual podemos manipular as pessoas e nos tornar um ponto de atração. Dessa forma, processa-se na criança uma educação do "tipo inintencional", transmitida pelos adultos de forma involuntária, automática e despercebida, através do somatório dos gestos, das conversas, das atitudes ou dos comportamentos do dia-a-dia.

A presunção leva os indivíduos a se casar não por amor, mas a se unir a alguém que lhes proporcione um melhor "status" social, uma roda de amigos de projeção e um nome importante. Enfim, as uniões matrimoniais acontecem, quase sempre, por interesse pessoal, sem se levarem em conta os reais sentimentos da alma.

A supervalorização social e econômica de determinada profissão ou emprego influencia as escolhas de conformidade com a realização externa, em detrimento das inclinações e vocações internas. Há profissões tradicionalmente ambicionadas, como medicina, engenharia e outras tantas de mais recente valorização nos dias atuais, que os pais almejam para os filhos, tentando assim solucionar suas próprias frustrações e evidenciar sua própria pessoa com o "brilho profissional" de seus familiares. Condicionando-os a viver uma existência estereotipada, justificam-se com a representação de uma dedicação e proteção no ambiente doméstico, quando, na realidade, o que cultivam o "prazer da notoriedade".

Quando o eminente educador Allan Kardec indagou aos Semeadores da Era Nova qual a maneira de extirpar inteiramente do coração humano o egoísmo, fundado no sentimento do interesse pessoal, ele recebeu a seguinte orientação: " ... 0 egoísmo é a mais difícil de desenraizar-se porque deriva da influência da matéria, influência de que o homem, ainda muito próximo de sua origem, não pôde libertar-se e para cujo entretenimento tudo concorre: suas leis, sua organização social, sua educação. (..)
O egoísmo assenta na importância da personalidade. Ora, o Espiritismo, bem compreendido, repito, mostra as coisas de tão alto que o sentimento da personalidade desaparece, de certo modo, diante da imensidade ... "

A vaidade é filha legítima do egoísmo, pois o vaidoso é um "cego" que somente sabe ver a si próprio. Ora, essa importância ao "sentimento de personalidade", da qual os Espíritos de Escol se reportam, nada mais é do que a vaidade.

Além da educação familiar, os jornais, as revistas, os telejornais - ou seja, a mídia - criam todo um "mercado de personalidades" prósperas, mostrando suas fotos superproduzidas e seu modo de vida na opulência.

Novelas e filmes exibem os padrões a serem atingidos. As criaturas imaturas, que receberam uma educação voltada para esses valores superficiais, tentam se comparar e competir com os modelos da televisão ou com as estrelas e astros do cinema, gastando tempo e energia, porque se esquecem de que são incomparáveis.

As almas não são clichês umas das outras; todos temos características individuais e próprias. Os ingredientes do sucesso do ser humano se encontram em sua intimidade.

Não há razão para nos compararmos com os demais, pois cada indivíduo tem sua razão de ser no Universo. Se a Natureza nos criou para sermos "mangueiras", não devemos querer produzir como as "laranjeiras". Lembremo-nos, contudo, de que, tal como a semente, que contém todos os elementos vitais para a formação de uma árvore, também nós possuímos, em essência, todos os componentes de que necessitamos para ser criativos, originais e bem-sucedidos.

Paulo de Tarso assim se reportava aos moradores da Galácia: "Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo".

À medida que os homens tomarem consciência do seu próprio mundo interior, reconhecerem-se filhos do Poder do Universo e instruírem-se sobre as infinitas possibilidades da vida eterna, deixarão a doentia preocupação com as aparências, a frustração crônica que possuem por imitar os outros e a "atitude de camaleão" que cultivam com uma auto-imagem para agradar o mundo em seu redor.

L.E. - Questão 917: Qual o meio de destruir-se o egoísmo?

"De todas as imperfeições humanas, o egoísmo é a mais difícil de desenraizar-se porque deriva da influência da matéria, influência de que o homem, ainda muito próximo de sua origem, não pôde libertar-se e para cujo entretenimento tudo concorre: suas leis, sua organização social sua educação. O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida material e, sobretudo, com a compreensão, que o Espiritismo vos faculta, do vosso estado futuro, real e não desfigurado por ficções alegóricas. Quando, bem compreendido, se houver identificado com os costumes e as crenças, o Espiritismo transformará os hábitos, os usos, as relações sociais. O egoísmo assenta na importância da personalidade. Ora, o Espiritismo, bem compreendido, repito, mostra as coisas de tão alto que o sentimento da personalidade desaparece, de certo modo, diante da imensidade. Destruindo essa importância, ou, pelo menos, reduzindo-a às suas legítimas proporções, ele necessariamente combate o egoísmo. (..)"
(Hammed)
Muita Paz!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Frustração!


            Vou iniciar a matéria discorrendo sobre o que é frustração. Você quer muito passar no vestibular, estuda feito louco e não é aprovado. Você confia muito no seu amigo e ele lhe trai. Esperou muito de um tratamento de beleza, porque prometeram milagres, não deu resultado. Seu marido machista não lhe permite trabalhar fora de casa e você não se impõe, etc., são situações que trazem frustração. Ser frustrado é ser machucado no que se espera, se deseja, se almeja. É possível se livrar da frustração? Não, porque nem tudo depende de você. Não depende de você, ou não apenas de você como as outras pessoas (marido, esposa, filhos, patrão, amigo...vão se comportar). Mas é possível aprender a lidar com a frustração quando ela aparece. E é preciso aprender a lidar com ela.
            Aqui, antes de prosseguir, gostaria de fazer um adendo. Muitos pais teimam em não frustrar seus filhos, dão a eles tudo o que querem, porque ficam com peninha. Percebam ao longo da matéria que riscos correm.
            Existem tipos diferentes de frustrações, dentre eles estão: 
Frustração pelo impedimento do alcance de uma metaFrustração pelo não recebimento de uma gratificação esperada, Frustração por necessidade não satisfeita, etc. e cada uma destas se ramifica em tantas outras.  
            As conseqüências da frustração são basicamente cinco: Fuga (não querer mais contato com a situação, o que trás o senso de incompetência pois não lutou para superar), evitação ( evita situações, pessoas e lugares envolvidos com a situação, também gera estresse, depressão e mais frustração), compensação (compensar com outras satisfações como comer em demasia, usar drogas, álcool e até trabalho em demasia), agressão (agride porque não tem o que quer) e desamparo (a pessoa para de tentar obter sucesso porque se frustrou em uma ou mais áreas)
         A forma de reagir à frustração (já que ela é inevitável) pode trazer danos ou benefícios à vida da pessoa. Se você souber lidar com ela, você cresce. Se não souber, você se afunda.  
Danos – Stress, depressão  
Benefícios – Desafio, crescimento.  
            A frustração trás conseqüências terríveis.  A agressão é a conseqüência mais estudada pelos pesquisadores. Os teóricos dizem que toda frustração leva a uma agressão. A pessoa agredirá outras pessoas ou a si mesma, (auto agressão). No noticiário vemos todos os dias pessoas que, frustradas com o fim de um relacionamento, agridem e até matam o parceiro.  
            Mas a agressão só vai acontecer se a pessoa não perceber que há justificativa. Quando a frustração é justificável o que ela vai sentir é apenas irritação, e a tendência é não agredir. Ex: o caso da pessoa com casamento marcado e a empresa o transfere para outra cidade, tendo que desmarcar o casamento. Sendo justificável, a noiva ficaria muito irritada, mas com certeza não agrediria. Mas uma noiva que foi traída não vê justificativa, então ela freqüentemente parte pra agressão.  
Existem pessoas mais resistentes à  frustração  que outras. Tem gente que passa por problemas sérios, morre um ente querido, é demitido, leva um pé da namorada, mas ficam firmes. São os resilientes. Outros descompensam com qualquer coisa.  
            A resposta está em vários fatores: genética, estória de vida, modelos, punições, reforços, privações, falta de limites. São questões biológicas, sociológicas e psicológicas.  
            A forma como a pessoa é criada influencia seu aprendizado, o que ela vê e recebe em casa é um forte determinante. Mas sabemos que tem criança que viveu maus tratos, pobreza, ambiente familiar conflituoso e ainda assim se tornaram adultos bem ajustados.  
            Se você é um desse, parabéns, se não, saiba que nem tudo está perdido, há como desenvolver resistência à frustração, há como aprender a vencer as frustrações da vida.
            Existe terapia para superar a frustração? 
            Sim, a ajuda psicológica se faz através da análise realística do desejo da pessoa, e se concluímos que é impossível realizá-lo, o saudável é buscar outras satisfações mais próximas da inicial. Como por exemplo, se não dá para comprar carro zero, vamos sair de carro semi novo, pelo menos por enquanto. Isso é o que consegue a pessoa que se trabalhou emocionalmente e conseguiu crescimento suficiente para decidir quando é hora de insistir e quando é hora de mudar suas expectativas.  
            Outra atitude saudável é se dedicar com mais afinco na busca de seus objetivos.
            Como vimos muitas vezes é saudável desistir, outras é saudável insistir. Mas esse é apenas um exemplo. Para cada caso existe uma game ampla de soluções. Busque um bom profissional a prenda a lidar com suas frustrações.
(Ieda Dreger)
Muita Paz!


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

As comparações e as Cobranças!


Um dos maiores desafios da vida é aprendermos a nos relacionar de forma equilibrada, resgatando nossos carmas do passado com as almas que estão conosco na vida presente.
As relações, todos os contatos que estabelecemos com quem permeia nossa vida são extremamente importantes em nosso contexto evolucionário.
É por meio das relações que começamos a despertar os sentimentos mais lindos e também os mais destrutivos. É nos relacionamentos que aprendemos o amor, o respeito, a admiração, o cuidado, o carinho, a alegria, a felicidade. Infelizmente, é nos relacionando que também aprendemos a lidar com a dor de uma perda quando alguém morre, com a dor da traição e da mágoa. Muitas vezes, nos relacionamentos, sentimos raiva, competimos, experimentamos a inveja, a discórdia, os diferentes pontos de vista e as convicções que causam o afastamento temporário. Temporário porque duas pessoas podem ser dar as costas nesta vida, mas no futuro, em algum lugar, elas voltam a se encontrar para resolver o que ficou para trás. Por isso, quem compreende o contexto de eternidade gosta de resolver tudo da melhor forma possível no momento presente, conversando, dialogando e chegando a um consenso bom para todas as partes envolvidas, pois deixar para resolver problemas de relacionamentos em uma próxima vida é ter a certeza de pagar uma conta mais cara, com “juros” e “correção monetária”.
Nas experiências terapêuticas, percebendo que um dos maiores problemas do ser humano eram “os outros” e nunca ele mesmo, que a culpa era sempre de alguém, identifiquei dois sentimentos densos que, na minha opinião, acabam com qualquer relação: as comparações e as cobranças. E não percebi isso somente no consultório, mas dentro da minha própria família.
O ser humano, com seu mar de carências existenciais, em vez de mirar em si mesmo, de projetar o seu futuro, de criar algo novo, tem o vício de se comparar aos demais. Muitas vezes, alguém que poderia ser brilhante e realizado fica somente se comparando com os outros, gerando um desgaste em sua vida e na vida de outras pessoas, tentando imitar, fazer igual e copiar um padrão, ao passo que, se houvesse um esforço da sua parte para ser mais criativo, poderia encontrar soluções autênticas, originais.
A genialidade de um ser reside em sua capacidade de criar coisas novas, de mover o mundo por meio de novas propostas de crescimento, o que se torna a mola propulsora dos tempos atuais. Portanto, comparar-se com os outros não é saudável. Cada um de nós foi “projetado” sob medida para o cumprimento de nossa missão, de nossa evolução, por isso seria muita pretensão de nossa parte pensar que somos o outro. Essas comparações afetam os relacionamentos porque, principalmente em nossa família, nos sentimos no direito de dar palpites na vida de nossos familiares. Obviamente, se vemos um irmão ou nossos pais sofrendo, é nosso dever alertar, mas viver a vida do outro causa um grande sofrimento, em primeiro lugar porque nos desvia de nossa missão e em segundo lugar porque sufoca a outra pessoa sem que ela consiga decidir por si mesma, fazendo com que fique dependente dos demais. Em muitos casos, só se aprende errando e precisamos permitir que o outro erre para que ele perceba os aprendizados de forma experimental. Muitas vezes só sentindo a dor na pele para termos o julgo de certo e errado. E quem somos nós para interferirmos nos aprendizados alheios? Mesmo que seja um filho pequeno, muitas vezes só quando ele se queima entende o que é o fogo, só quando cai compreende a dor que a lei da gravidade pode causar, só quando se descuida no frio compreende a gripe que pode trazer e a vida é assim... Eu fui entender o sentido dos avisos de minha mãe como “pegue um guarda-chuva”, “coloque um casaco” quando eu já era adulta e ela não estava por perto para me alertar. Depois de algumas gripes feias e tremendos banhos em uma fria chuva, hoje já não esqueço o agasalho e o guarda-chuva. Esse é um exemplo bem simples, mas, se ela tivesse permitido que isso acontecesse lá na minha infância, eu não levaria tanto tempo para aprender. Certamente, uma mãe ou um pai que possuem amor pelo seu filho vão protegê-lo dos “males” do mundo, vão tentar evitar um machucado ou um mal maior. Entretanto, muitas vezes, se possuíssemos um toque da firmeza oriental em nossa educação, poderíamos nos tornar adultos menos infantis.
Algo muito comum atualmente é o prolongamento da adolescência no caso de filhos que moram com os pais até os quarenta anos ou mais. Será que esse fato proporciona mais ou menos evolução? Esse questionamento é intencional de minha parte, para produzir reflexão. Será que uma pessoa que já está há quatro décadas morando com os pais consegue abandonar o ninho, evoluir, superar desafios? Será? Pense nisso!
Muitas pessoas reclamam de não terem criatividade, mas em compensação não fazem nada para desenvolvê-la e colocam a culpa em seus pais, que deveriam ter-lhes estimulado mais quando pequenas. E aí começam as cobranças, que vêm das comparações. Ouvem-se muitas frases como:
– Veja seu irmão: é um excelente atleta; e você aí, sedentário!
– Olha só! Sua irmã com outro dez em matemática e você...
Muitas vezes o pai e a mãe, quando já não sabem mais o que fazer para um filho se comportar do jeito que eles acham correto, estimulam a competição dentro da própria casa, comparando-o com os irmãos e, no caso de filho único, com primos e colegas.
Isso gera uma competição desenfreada ou um estado de baixa autoestima naquele ser que não deseja ser um esportista. E, muitas vezes, ele nem sabe ainda o que quer. Muitas vezes, o que ele quer é não querer nada, até que um dia se conheça o suficiente para saber o que deseja fazer.
Por isso, nascemos todos diferentes, para evoluirmos na diversidade, e não para sermos comparados a produtos em uma linha de produção. Muitos pais ainda hoje possuem a ilusão de que, se resolverem ter cinco filhos, eles serão todos iguais. Ledo engano! Nossa consciência é eterna e caminha conosco há muito tempo, já habitou muitos corpos e hoje é o resultado de todas as nossas experiências. É isso que nos traz a dádiva de sermos únicos e somente nós mesmos. Com toda a experiência que possuímos, podemos tomar as nossas próprias decisões. Nesse contexto, comparar-se aos outros é negar toda a inteligência universal, pois como nos podemos comparar a alguém? Se não conhecemos nem a nossa história completa desde as primeiras encarnações, como poderemos conhecer a história do outro e ficar nos comparando? Parece incoerente, não é mesmo?
Gosto muito de uma frase do mestre Confúcio, que diz o seguinte: “Cobra mais de ti e espera menos dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos.” Nesta frase, o sábio da antiguidade mostra que, quando colocamos muitas expectativas nas ações de outras pessoas e elas não conseguem supri-las, nos aborrecemos. Entretanto, quem esperava do outro, quem colocou as expectativas fomos nós mesmos, portanto deveríamos nos aborrecer conosco, e não com o outro. Muitas vezes o outro não nos prometeu nada, nós é que esperávamos... Então vem a decepção... Decepção com quem? Com o outro, pois projetamos tudo de ruim nas outras pessoas. Sempre foi alguém e nunca nós mesmos... Quando vamos aprender a assumir as nossas responsabilidades?
Na grande maioria das vezes, as prioridades das outras pessoas não são as nossas, e por isso nos decepcionamos, porque não conseguimos comunicar aquilo que queremos nem conseguimos estabelecer os devidos limites. Essa falta de equilíbrio em expressar as nossas questões com muita clareza, combinando e acertando todos os detalhes, pode ser a nossa ruína. Se não formos firmes acerca de nossos propósitos, nunca alguém vai dar prioridade para as nossas questões, porque nem nós mesmos priorizamos!  Atualmente, é assim que as coisas funcionam, com cobrança e sob pressão, e eu desejo profundamente que um dia o mundo mude, que cada um saiba das suas responsabilidades e cumpra seus prazos e tarefas sem que se necessite de tantas cobranças. No entanto, o que ocorre é que muitas vezes pegamos toda a pressão que sofremos principalmente no trabalho e a levamos para dentro de nossas casas, exigindo dos membros de nossa família, de forma dura, o comportamento que achamos adequado. Como somos muito diferentes e nos comportamos de maneiras diversas, surgem as brigas, as discussões, a famosa expressão “não dá mais”, a intolerância e muitas vezes as doenças que geram o desequilíbrio, o fim de uma família e o início de um carma muito maior. Reflita sobre isso. Como está a harmonia familiar e nos demais relacionamentos em sua vida?
Você cobra demais das pessoas? É exigente, autoritário? Ou é daquelas pessoas que “não têm boca para nada”, que não conseguem reagir diante de uma adversidade?
 Lembre-se sempre de que a primeira relação que precisa ser equilibrada é a sua relação consigo mesmo, construída sobre as bases sólidas do amor, da admiração, de gostar-se e poder contar consigo nas horas difíceis. Uma das melhores coisas que existem é saber que, em um momento crucial, você estará ali para dar apoio a si mesmo de forma integral. É muito bom poder contar consigo mesmo, com o Eu Superior ou com os Corpos Superiores, pois nos sentimos fortes, brilhantes, poderosos. A autoestima não se baseia em beleza física, mas em prestarmos um “autossocorro” quando necessitamos de nós mesmos.
E, somente depois de estabelecermos uma relação equilibrada conosco, poderemos estabelecer bons relacionamentos com tudo aquilo que nos rodeia.
Lembre-se de que obedecemos às mesmas leis que criaram o universo. Uma pequena partícula inicial gerou galáxias, planetas e tudo o que existe, portanto a cura começa sempre dentro, na parte mais íntima do nosso ser, e vai atravessando camada por camada até que envolva tudo e todos os que estão à nossa volta.

(Patricia Candido)
Muita Paz!

sábado, 24 de setembro de 2011

Mau Humor!


    A palavra distimia significa “mau humor”. Quando você tem distimia não identifica um momento específico de depressão, mas apresenta mal humor todos os dias, o dia inteiro. É um quadro mais brando, mas continuo. Na depressão típica você tem momentos melhores e momentos piores. Na distimia não. É o tempo todo aquele mau humor continuo.
            Pra identificar a distimia percebe-se que a pessoa passou a ser pouco sociável, não fica mais  com amigos e nem com a família, passa a ter hábitos rígidos, faz todo dia a mesma coisa, não muda a rotina. Os colegas normalmente dizem que ele é “sério demais” e com o tempo as pessoas começam a achar que esse é o seu jeito mesmo, quando isso não é verdade.          A distimia é confundida com o jeito da pessoa ser. As pessoas dizem: “è a personalidade dele”, não é. Ninguém nasce distimico, se a pessoa muda o comportamento e de um momento para outro passa a não considerar as suas próprias idéias, não acreditar nela mesma, não confiar em si mesmo, ficar anti-social, solitário e não achar graça nas coisas... Isso pode ser distimia.
            Um ponto muito importante: Se você tem estas características, observe se você mudou de personalidade em um momento específico da vida. Esse é o ponto pra identificar a doença da distimia, se você mudou de uma hora pra outra e nunca mais voltou ao normal pode ser distimia que também é uma doença, pode e deve ser tratada.
            Na distimia o sofrimento não é tão arrasador como na depressão, mas é muito debilitante porque é constante, não tem momentos de alivio, é o tempo todo essa coisa arrastada.
            E o transtorno bipolar? É o que a gente chama de crise de exageros, tem períodos que a pessoa tem vontade de passar o dia na cama, não come direito e se deixar nem toma banho, sem ânimo pra nada. Mas em outros momentos a pessoa se transforma, fica falante, expansiva, se considera onipotente. Pode tudo, tudo é fácil. A autoestima vai lá nas alturas, pula de um assunto pra outro numa rapidez que não dá tempo pra executar nada...
            Nessa fase a pessoa até se sente com muita energia, mas não realiza muita coisa porque não tem concentração. É agitada e isso não a permite realizar nada. Ou seja, numa fase não faz muita coisa porque está apático, na outra fase também não porque está agitado demais.
            A fase agitada chamamos de "mania" ou "euforia". É a fase onde a pessoa começa a fazer compras compulsivas por exemplo, compra tudo o que não precisa, coisas que não tem como pagar. Pode abusar de álcool, drogas e sexo, o que ajuda nos riscos. É comum os amigos gostarem da pessoa nessa fase porque a pessoa fica corajosa. É fácil confundir com alegria normal, mas, não tem nada de normal pois a pessoa faz coisas que jamais faria se estivesse normal. 
            Então, a depressão propriamente dita assim como a distimia e o transtorno bipolar são todos formas de depressão
            Porque temos depressão? Algumas pessoas pensam que a depressão é apenas de causa orgânica, que tem uma falha química no organismo.
            O stress é um fator importante. Não falo do stress como as pessoas costumam entender, não falo do cansaço. Tem gente que chega em casa depois de um dia de trabalho e diz “estou estressada”, você  está é cansado.
            Stress em psicologia é o desgaste emocional. São todas as coisas fortes que aconteceram na sua vida e que te deixaram marcas. Toda situação traumática é estressante e pode provocar depressão. Mas muitas vezes a depressão não vem logo em seguida, pode ser uma depressão de inicio tardio. Você passa por um trauma hoje e daqui a alguns anos aparece a depressão, o que pode dificultar a associação de uma coisa à outra. Mas estão associadas sim. Na terapia a gente descobre o que foi que causou esse sofrimento.
            Não se pode dizer o que vai causar depressão em uma pessoa. Tem gente que se diverte a beça planejando a sua festa de casamento e outra pessoa que pensa em desistir do casamento só por causa do stress da organização da festa. Há pessoas que dizem: “imagina ter depressão só por causa disso”. Isso é injusto. Cada um tem sua sensibilidade. Cada um sabe onde lhe aperta o calo.
            A depressão tem que ser vista com mais respeito. É uma doença. Não é frescura.
            Não deixe isso acontecer com você. O pior problema da depressão é a desesperança. A falsa crença de que nada vai mudar na sua vida. Se dê uma chance e você pode ver muita coisa mudar. Se dê o direito de se tratar.
            A depressão começa com um descontentamento pela vida. Os meses vão passando e a coisa vai ficando mais grave. Sair da cama, ir para o trabalho começa a ficar muito difícil. A pessoa começa a ficar irritada, ter crises de choro, se sente doente, apática, sem vontade de falar com ninguém. O corpo continua vivo mas a alma se foi.
            O mais importante é você saber que tem tratamento. Tem o que fazer pra controlar estas dificuldades no caminho...
(Ieda  Dreger)
Muita Paz!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Para Refletir...




O Rio e Oceano!

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo, olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através  dos povoados, e vê a sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira, o rio não pode voltar, ninguém pode voltar, voltar é impossível na existência, você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se ariscar e entrar no oceano e somente quando ele entrar é que o medo vai desaparecer. Porque, apenas então, o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se o oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.



(Osho)

Muita Paz!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Determinação no Bem!


"Tudo o que pudermos fazer no bem, não devemos adiar."
O ensinamento profundo é atribuído a Chico Xavier, essa alma singela e grandiosa que purificou os ares do nosso Brasil por 92 anos.
Tivemos mais de 9 décadas para aprender com seus exemplos e, dentre tantas e tantas lições, a determinação no bem precisa ser destacada.
Chico não estava aqui a passeio, não veio aproveitar a vida da maneira vulgar que se aplica esta expressão. Não veio acumular fortuna. Não veio conquistar fama e prestígio.
Quem conhece um pouco mais a fundo sua história perceberá que era uma pessoa especial e que tinha um objetivo muito claro: fazer o bem.
O bem através da psicografia de mais de 400 belíssimas obras, que consolaram e consolam tantas pessoas, revelando formidáveis ensinamentos trazidos pelos Espíritos.
O bem através do trabalho social realizado por ele e sua equipe.
O bem no contato humano, nas palavras de auxílio, no atendimento aos necessitados do corpo e da alma, sempre, sem descanso, sem titubear.
Só é capaz de tudo isso quem tem a determinação no bem, isto é, quem tem o bem como meta, como foco, independente das condições que possua, independente do ambiente onde esteja.
O dicionário define determinação como ato ou efeito de determinar, de demarcar; definição; decisão.
É também o ato de se permanecer firme num objetivo; uma conduta mental de superar a frustração e continuar perseguindo o objetivo traçado.
Ouvimos muitas histórias inspiradoras de determinação na vida. Pessoas que enfrentaram dificuldades gigantescas e, mesmo assim, venceram, conseguiram o que queriam.
Pessoas que eram desacreditadas, ridicularizadas por suas ideias tidas por absurdas e que, depois de muito tempo, foram reconhecidas.
Ou outras, que nunca conseguiram o reconhecimento do mundo mas que alcançaram o objetivo traçado, contribuindo com a sociedade e consigo mesmas, de forma inestimável.
Todos esses eram determinados em suas áreas. Moveram montanhas para conseguirem algo. Focaram suas vidas nisto ou naquilo e foram perseverantes.
A determinação fez com que não tirassem o olhar da meta, fez com que, acontecesse o que fosse, não desistissem.
Agora reflitamos como seria a determinação no bem...
Fazer o bem seria o objetivo. Fazer o bem sempre, em qualquer situação, sob qualquer circunstância.
Quem possui a determinação no bem respira este bem. Preenche a vida de boa vontade e sempre se pergunta: Como posso agir no bem nesta situação?
Seja no lar, no tratamento com as pessoas de nossa família; seja no convívio social; seja na esfera profissional; sempre há oportunidades mil de se fazer o bem.
Não há necessidade de procurar as oportunidades pois elas nos encontram. Elas vêm até nós constantemente.
Quem tem a determinação no bem está sempre disposto a ajudar, sempre disposto a compreender, a tolerar...
Quem está determinado no bem anda desarmado. Não precisa se defender. Sua defesa está nos atos de amor praticados.
Quem tem a determinação no bem carrega consigo sempre a alegria e o sorriso como conduta usual e faz tudo para que não se esvaiam com tanta facilidade de seu semblante.
Recordemos, por fim, uma vez mais, da lição importante de Chico Xavier: Tudo o que pudermos fazer no bem, não devemos adiar.
(www.luzespirita.com)
Muita Paz!
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