quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Obsessões: perdas involuntárias de energia!

Sempre que o assunto é obsessão, é normal haver uma carga emocional muito forte sobre a questão. Isso acontece pelo simples fato que temos o costume de separar obsessor do obsidiado, e com facilidade formamos a figura da vítima(obsidiado) e do vilão(obsessor), sem compreendermos que um não vive sem o outro, portanto ambos são cúmplices(parceiros de vibração) no processo.

Nosso objetivo aqui é procurar expor o tema de uma forma diferente, com foco nos aprendizados que podem ser extraídos, por que na realidade dos fatos, as lições que tiramos desses eventos é o que mais importa.

Os cenários mudam, os atores mudam, os locais mudam, mas quando o tema é obsessão, as compreensões necessárias são sempre as mesmas.

Os estudos das interferências energéticas nocivas é amplamente difundido na comunidade espiritualista brasileira e mundial. Hoje em dia é comum encontrarmos dezenas de excelentes livros e publicações á respeito do tema e suas particularidades. Contudo, como nosso maior objetivo é a evolução espiritual na prática, vamos desenvolver uma visão de contexto sobre o assunto, para não tratarmos de forma isolada do todo.

O que é a obsessão?

A obsessão é um processo em que um indivíduo, entidade, situação ou força, prejudica uma outra situação, entidade, pessoa ou força, exercendo influências que alterem seus estados. Essa influência pode ser consciente ou inconsciente, por ambas as partes.

É normalmente considerado obsessor aquele que exerce influência sobre um outro, alterando, diminuindo ou desorganizando a energia ou vibração de uma ou mais pessoas ou entidade. Em resumo, é aquele que realiza influência sobre.

O Obsidiado é a pessoa ou entidade que recebe essa influência, sofrendo as conseqüências dessa alteração, desorganização ou diminuição da energia.

Na comunidade espiritualista, é muito comum estudarmos o tema focando a atenção nas obsessões apenas do plano Espiritual.

Isso acontece porque pouquíssimas pessoas nesse mundo capitalista e macanicista está treinada para perceber as interferências de ordem sutil (espirituais), logo invisíveis aos olhos do indivíduo destreinado nas capacidades da alma. Assim sendo, acabamos por nos preocupar mais com aquilo que não podemos ver.

É importantíssimo desenvolver habilidade e conhecimento sobre os processos envolvidos nas obsessões do plano espiritual, todavia, não podemos nos esquecer que grande parte das obsessões de desencarnados sobre encarnados se iniciaram aqui na Terra. Talvez se os envolvidos do processo obsessivo pudessem em vida ter tido o esclarecimento necessário, muito provavelmente a realidade seria outra. Se todos compreendermos que muitas atitudes que temos com o nosso próximo tratam-se de comportamentos muitas vezes obsessivos, poderíamos diminuir essas conseqüências danosas ainda em vida, de pessoa para pessoa. Essas obsessões de desencarnados para encarnados acontecem porque a morte não separa os laços kármicos.

Aquele que hoje morre com ódio mortal de seu vizinho em vida, quando no plano espiritual, tende e produzir da mesma forma seus fluídos perniciosos imanentes de seu psiquismo desequlibrado. E esse desencarnado, quando voltar a Terra, com sua personalidade congênita, tende a ser um encarnado que exerce influência negativa para aquele mesmo vizinho, porque seus corações não se harmonizaram. As obsessões atravessam as barreiras do tempo e das dimensões.

Tomemos como exemplo a educação no Brasil e no Mundo. Muitas nações já perceberam que a saída para a maioria dos problemas sócio-econômicos está na educação. Muitos pais investem tudo que tem para proporcionar aos filhos educação e estudo digno para torná-los almas mais evoluídas. E qual a conseqüência disso?

A liberdade! Ou como diria Jesus: ? A Verdade que Liberta?.

Primeiro precisamos compreender o assunto, sabendo de suas causas raízes, para depois atuarmos condizentes, dizimando suas conseqüências negativas e proporcionando um aprendizado coletivo.

É muito parecido com a questão da violência e marginalidade no mundo. Sem uma base de projetos e ações sociais, jamais serão resolvidos na raiz do problema.

Antes de ir mais a fundo nesse conteúdo, queremos convidar a todos a pensar; sempre que o assunto em questão for obsessão, precisamos exercitar a visão do todo. Precisamos procurar compreender a causa raiz, porque se centrarmos o nosso foco apenas na conseqüência ou no momento presente, jamais seremos efetivos, logo não estaremos evoluindo, apenas girando em círculos. Esse exercício de reflexão pretende fazer com que você perceba que trocamos de papel frequentemente, hora somos obsessor, hora obsidiados. .

Exemplos: 

Somos obsessores do Planeta Terra, quando estamos destruindo, poluindo, explorando.

Somos obsidiados quando no trânsito, alguém nos xinga com força e raiva no olhar!

Somos obsessores de tudo ( de nós, dos outros, das coisas e ambientes) quando negativos, pessimistas ou vítimas.

Somos obsidiados quando permitimos que os outros nos desrespeitem, nos explorem, nos critique sem motivo.

Somos obsessores quando culpamos. Somos obsidiados quando somos culpados. 

Sempre que houver trocas perniciosas de energias, podemos considerar como um fluxo obsessivo. Porque há disputa, há combate, há conflito, mesmo que as duas partes não estejam conscientes. Sempre há desgaste, há tensão, mesmo que invisível!

Uma obsessão começa quando uma parte tem interesse na energia do outro, e vice-versa. 

Uma obsessão termina quando uma ou as duas partes começam a ter consciência da obsessão e suas consequências. Quando somente uma das partes desperta para o entendimento, a cura (pelo menos de sua parte) pode acontecer. O fato de uma das partes não aceitar a harmonização não impossibilita a cura por parte do interessado no fim do vínculo obsessivo, no entanto, se buscada apenas por uma das partes, torna o processo mais difícil e demorado. E nesse caso, quando quem quer a cura consegue seu objetivo contrariando a outra parte, que não aceita a transformação, o ciclo obsessivo deverá continuar, sendo que nesse caso, o obsessor naturalmente irá procurar um novo alvo para obsidiar, porque ele tem dependência.

Em casos que há consciência, intenção e iniciativa por ambas a partes, para que o processo obsessivo seja transmutado, e em fim isso acontece, há no universo a formação de uma ponto de luz, que gira a engrenagem da evolução do mundo, porque manifesta iluminação, libertação e harmonia, diga-se de passagem, é tudo que o universo precisa!

Essas trocar involuntárias de energias, ou melhor, essas influências energéticas entre almas, situações, lugares, se dão em todos os níveis; físico, espiritual, emocional, mental. Também acontecem muito entre pessoas que se amam, entre pais e filhos, marido e mulher, chefe e empregado, professor e aluno, e assim por diante. Porque sempre que entendermos que precisamos da energia do outro para sobreviver estaremos sugando-lhe suas melhores vibrações. Porque sempre que esquecemos que fazemos parte do Todo, da Fonte ilimitada, estaremos nos limitando, portando necessitaremos das migalhas que conseguiremos explorar do nosso próximo. Mas não se assuste, não se culpe, roubamos energia alheia porque não estamos treinados para receber energia abundante, ilimitada direto da Fonte.

A consciência de que temos a eternidade, que somos ilimitados nos facilita saciar a sede de nossas almas desse manancial de luz que é Deus.

As relações cotidianas de controle, ciúmes, posse, inveja são apenas indícios dos efeitos devastadores que as obsessões geram em toda malha magnética da Terra. Mais uma amostra de nosso egoísmo e alienação espiritual. Também é uma demonstração de que o desenvolvimento de nossas consciências espirituais é o grande trunfo que temos para mudar essa realidade para melhor. Consciência é tudo que precisamos!

O melhor antídoto para interferências obsessivas é a expansão da consciência ou evolução espiritual, quando o ser desperto descobre que não é vítima de nada, que não existem vilões e que tudo que acontece nesse universo é milimetricamente regulado por uma consciência superior, para que os aprendizados aconteçam.

As obsessões acontecem por interesse, que embora seja uma palavra forte, é a mais adequada para explicar esse tema. O interesse que muitos temos em uma pessoa ou situação, e que de forma iludida, distanciados da fé divina e das boas vibrações, concluímos com nossas mentes inferiores, que só podem acontecer dessa ou daquela maneira. Assim ficamos escravos de nossas convicções ou condicionamentos mentais, criando nossas falsas metas, bem como nosso ridículos meios, para atingir nossos também equivocados objetivos. E nesse caminho, acabamos que por conseqüência de estarmos distanciados de nossas essências espirituais; obsidiando ou sendo obsidiados.

A saída para essa condição escravizante é conexão com Deus, através da disciplina espiritual da oração, da meditação, das boas práticas de saúde e equilíbrio em todos os corpos. A partir do momento que o homem se re-liga com o Criador, que fica consciente da missão da sua alma, da necessidade de evolução, tudo muda, um novo sol surge em seu horizonte.

Obsessão se dá sempre por mais de uma parte, quando os integrantes do ciclo estão alimentando o processo. Se alguém para de alimenta-lo, ele se encerra. Esse é o maior aprendizado prático que podemos tirar!



(Bruno J. Gimenes)
www.luzdaserra.com.br                               
 Muita Paz!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O sentido do Olfato - Aromaterapia


Para compreender como a aromaterapia funciona através dos efeitos dos óleos essenciais, devemos ter uma noção de dois processos fisiológicos básicos: o funcionamento do sistema olfatório e a absorção das moléculas de óleo essencial pelo organismo.
O olfato é o resultado da interação físico-química entre as moléculas voláteis do ar que respiramos e os receptores olfatórios. O epitélio olfatório é extremamente sensível, constituído por mais de 20 milhões de terminações nervosas. Um numero mínimo de moléculas odoríferas são suficientes para estimulá-lo, produzindo a sensação aromática. Esses receptores transformam a informação olfatória em uma linguagem especial, denominada impulso elétrico nervoso, compreendida e interpretada pelo cérebro humano como cheiro.
A sensação do cheiro ocorre quando a mensagem é recebida pelo hipotálamo, glândula mestra do sistema nervoso central. Este age como uma central de transmissão, enviando a mensagem odorífera para outras partes do cérebro, como a glândula pituitária, que então continua a cadeia de retransmissão enviando mensagens químicas para a corrente sanguínea, o córtex olfatório, que auxilia a distinguir os aromas, o tálamo, que ajuda a associar a mensagem aromática com funções específicas, o neo córtex, que analisa o aroma, relacionando-o com os outros sentidos, o sistema nervoso central, que estimula o pensamento consciente.
Todo esse processo ocorre em menos de 1 segundo. Neste ínfimo instante já responderemos aos odores de forma emocional e intelectual. O olfato humano possui a percepção média de 10 mil odores diferentes, sendo o olfato, o sentido que mais cedo amadurece. O bebê, nos primeiros dias de vida, reconhece a mãe pelo cheiro. Porém decai na idade adulta devido ao desuso e pela exposição permanente a cheiros sintéticos, agressivos e poluição ambiental.
Alguns autores como Robert Tisserant afirmam que o aroma excitante do grapefruit e da sálvia sclarea estimulam o tálamo secretar encefalinas, analgésicos naturais que também induzem o corpo a sentir uma sensação de bem estar geral. Acredita-se que o aroma afrodisíaco do ylang ylang estimula a pituitária a secretar endorfina e outros hormônios na corrente sanguínea que irão estimular a libido. Acredita-se também que o aroma sedativo da manjerona estimula uma área do sistema límbico denominada de núcleo da rafe, que desencadeará uma reação onde o resultado será a secreção de serotonina, que auxilia o sono.
Agora que vimos como funciona, é fácil entender como os Óleos Essenciais podem amenizar e até mesmo solucionar aqueles pequenos probleminhas do dia a dia. Com algumas dicas fáceis e simples de serem aplicadas poderemos restaurar o equilíbrio corporal e estabilizar as emoções.
A seguir, algumas dicas práticas para colocar à prova esta aula de fisiologia!
Para uma noite de sono reparador: pingue 2 gota de óleo essencial de manjerona no travesseiro e 2 gotas de lavanda nos lençóis;
Para reenergizar e aumentar a concentração: pingue 2 gotas de óleo essencial de hortelã pimenta nos pulsos, friccione-os e inale profundamente;
Para amenizar dor de cabeça e enxaqueca: pingue 1 gota de óleo essencial de menta brasileira nas têmporas, e 2 gotas de óleo essencial de pimenta preta na cervical. Massageie suavemente a região.
Para aquecer o corpo e pés frios: adicione 10 gotas de óleo essencial de eucalipto glóbulos em água quente e faça um escalda pés; Aromatização ambiental acalentadora para a hora do parto: pingue no difusor de aromas ambiental 4 gotas de óleo essencial de lavanda, 3 gotas de sálvia sclarea, 2 gotas de ylang ylang e 2 gotas de manjerona; Spray
Para assepsia ambiental em épocas de frio e umidade: misture 50ml de água deionizada e 50ml de álcool de cereais, adicione a essa mistura 10 gotas de óleo essencial de limão siciliano, 6 gotas de anis estrelado, 10 gotas de copaíba, 5 gotas de eucalipto glóbulos e 10 gotas de Pinho da Sibéria.
Fricção reguladora dos hormônios femininos: pingue 3 gotas de salvia sclarea e 1 gota de anis estrelado na plantas dos pés e friccione-os suavemente.
Muita Paz!

domingo, 28 de agosto de 2011

As vantagens e o limite da Liberdade Infantil!

Entrevista de Maria de Melo Azevedo a Graciela Karman


A educação atual exige dos pais e educadores uma postura muito mais
flexível do grupo do que no passado. Nem rígida nem libertária. Só assim
é possível formar indivíduos com senso crítico e capacidade de decisão.

Por  que tanta  preocupação,  ultimamente,  com  relação  à liberdade  e  seus
limites na educação da criança?
Por  que  se trata  de  um  problema  atual,  que  vem  se  colocando  de
forma mais intensa, digamos, de uns 30 anos para cá. Até então, educar era
tarefa mais fácil do que agora: os valores a serem transmitidos e as técnicas de
educação eram mais estáveis e todas bem conhecidas. Os pais educavam como
haviam  sido  educados,  e  não  se  perguntavam  se  estes  valores  e  técnicas
estavam  realmente corretos. Eram assim e assunto encerrado. Sempre  havia
sido assim, ora essa... Se houvesse dúvidas sobre uma questão qualquer, era
simples caso de esquecimento, e, portanto, bastava perguntar a alguém mais
velho. A  vantagem  desse tipo  de educação consistia em  dar  uma  segurança
muito grande ao educador. Não havia motivos para titubeios.
As verdades tinham mais  força. Há alguns anos, quando os jovens
começaram a questionar os mais velhos, a cobrar “o que foi que vocês fizeram
com a gente?”, eles “caíram das nuvens”: “Como, o que fizemos? Tentamos
não  errar,  fazer  tudo  certo,  fomos  educados  assim  e  deu  certo...  por  que
então...”


Por que essa mudança relativamente brusca na educação?
Depois da Segunda Guerra, houve uma transformação muito intensa
no mundo, e  uma conseqüente  quebra  de  valores. Os  valores antigos já  não
serviam.. A educação anterior a esse período era eminentemente autoritária.
As  pessoas,  que ela  formava, tendiam a  ser mais “amarradas”;  não estavam
preocupadas  em  serem  mais  livres,  mais  espontâneas,  em  encontrar  e
desenvolver  suas  potencialidades  (isto  se  reflete  até  na  postura  física  e  de
vestuários, muito mais “presa”, mais formal do que a do jovem moderno). Era
preciso primeiro saber ser obediente para depois saber mandar. Dar e receber
ordens, e não questioná-las. Mas, de repente, as soluções antigas não serviam
mais para um mundo muito transformado. Não bastava obedecer. Foi preciso
encontrar soluções novas, pensar as coisas, questioná-las.
E  as  pessoas  se  viram  sem  instrumentos,  despreparadas  para  um
mundo  assim,  muito  mais  complexo  e  onde  os  problemas  não  estão
equacionados. A cada momento, a pessoa passou a ser chamada a se reavaliar,
a decidir. Tinha aprendido a obedecer e a mandar, mas agora a vida lhe pedia
para optar. Hoje, uma adolescente de apenas 15 anos muito freqüentemente é
chamada a escolher diante de situações como virgindade e amor livre. Há 20
anos  isso  raramente  ocorria.  A  virgindade  feminina  era  realmente  a  única
possibilidade correta e inquestionável fora do casamento.
No entanto, a descoberta da liberdade na educação levou ao exagero
oposto. Não se devia mais dizer não às crianças, não se podia pôr limites. O
autoritarismo dos pais deu lugar a uma espécie de autoritarismo das crianças.


Mas entre uma educação rígida e outra de completa liberdade é preferível a
segunda?
A  proposta  é  de  educação  democrática  e  não  de  autoritarismo
infantil.  O  perigo  da  educação  antiga  era  produzir  pessoas  “encolhidas”,
“cabisbaixas”, e  o  perigo  da educação atual é  produzir indivíduos  de “nariz
pro ar”. O indivíduo “encolhido e cabisbaixo” não sabe defender seu espaço
pessoal, deixa-se invadir, desrespeitar. O indivíduo “nariz pro ar” não enxerga
o outro à sua frente, não percebe suas necessidades, não toma conhecimento3
delas. O  “encolhido”  não  se  permite  sequer  um  espaço  próprio;  o
“nariz  pro  ar” toma  o mundo inteiro  para  si, invade  o  outro,  desrespeita-o.
Muitas vezes, “liberdade completa” tem sido erradamente entendida como um
reforçar desta postura “nariz pro ar” na vida.
As duas posturas acarretam problemas. Uma mãe que dá “tudo” aos
filhos  –  não tem  um canto  que  seja apenas  seu  na casa,  não tem  um tempo
para suas coisas, para sua vida profissional, pessoal etc – certamente cobrará
toda essa “abnegação”. Claro, se a pessoa “engole sapo” o dia todo, vive com
indigestão, existe mágoa e raiva não elaboradas, talvez mesmo, inconscientes.
Acho que qualquer filho ficaria melhor se recebesse menos, mas de uma mãe
mais feliz, mais realizada. Afinal, sentir-se culpado pela vida infeliz da mãe é
um peso para qualquer um.
Por  outro lado,  gente  de  “nariz  pro  ar”  nem  sequer  vê  o  outro,  e
evidentemente não poderá nunca se  relacionar bem com qualquer pessoa. A
pergunta anterior (entre uma educação rígida e outra de completa liberdade é
preferível a segunda?), portanto, está mal posta. A opção não está entre uma
educação rígida e uma educação libertária. Não se trata de prender a criança
entre quatro paredes, mas também não é o caso de deixá-la solta no espaço. É
preciso pelo menos colocar alguns parâmetros, dar alguma orientação e então
deixá-la construir o resto, exercitando-se na liberdade. Se o adulto não colocar
limite algum (nunca dizer não, por exemplo) pode provocar uma situação de
muita ansiedade para a criança. Nesse caso, o adulto não está assumindo seus
papéis, e a própria criança se vê obrigada a colocar-se os limites. Se para o
adulto já é complicado decidir o que é certo ou errado, bom ou mau, para si
próprio, imagine então ter que tomar tais decisões, por exemplo, aos dois anos
de idade. A criança teria que amadurecer antes do tempo.
Não é o caso de ficar o tempo todo martelando regras na cabeça, ou
vigiá-la  constantemente,  mas  também  não  é  para  deixá-la  sozinha,  sem
interessar-se pelo que lhe acontece. Não é preciso sentar-se todos os dias com
a criança para fazer lição de casa (neste caso, ela não teria nem oportunidade
de  aprender  a  ser  responsável;  os  erros  e  fracassos  também  são  muito
importantes). Mas  é  bom,  de  vez  em  quando,  perguntar-lhe  se  há  qualquer
problema; verificar se as lições de casa estão sendo  feitas, para que perceba
que  estudar  é  um  valor  importante  e  que  seus  pais  estão  interessados,  e
acompanham sua vida escolar. Não é preciso estar todos os dias à porta da4
escola, para perguntar à professora como vai indo o filho. Mas, certamente, é
preciso ter algum contato com a escola para estar informado das dificuldades,
fracassos e sucessos da criança.
Tomando  como  exemplo  uma  criança  que  começa  a  andar:  se  o
adulto  não  agüenta  vê-la  desequilibrar-se  e  cair,  e  a  ampara  o tempo todo,
nega-lhe  a  oportunidade   única  de  experimentar  seu  desequilíbrio  –
indispensável  para que construa seu equilíbrio –, de enfrentar o próprio medo
na  aventura  de  estar  de  pé  sozinha.  Mas  é  claro  que  o  adulto  não  pode
simplesmente  soltá-la:  é  ele  quem tem  que  cuidar  de  que  a  criança  não  se
exponha a situações realmente perigosas, com as quais não tem condições de
lidar. A atitude do adulto neste tipo de trabalho educacional é comparável ao
trabalho da parteira: trata-se de deixar a criança nascer,  respeitando o  ritmo
natural  do  parto. Mas  é  preciso também  estar  sempre muito  atento  para ter
condições  de  discernir  os  momentos  em  que  se  torna  necessário  uma
intervenção –  respeitando o  ritmo da criança, dando-lhe oportunidade de ser
co-autora  de  seu  nascimento. É  bom  ressaltar  que isto  nada tem  a  ver  com
desinteresse e ausência; ao contrário, é  preciso estar  sempre atento,  sempre
bem informado, preparado para intervir adequadamente, quando necessário.


Como  saber  exatamente  quando  e  em  que  medida  são  benéficas  essas
intervenções?
Entre os animais, isso é  simples: estão biologicamente preparados
para reconhecer o momento certo e o quanto de liberdade se precisa das aos
filhotes. Konrad Lorenz, por exemplo, fala de como, chegado o momento dos
filhotes  dos  pássaros  voarem,  as mães  destroem  o  ninho  caso  se  recusem  a
sair. E na queda, os passarinhos voam. Instintivamente, as mães reconhecem o
momento  da  prontidão  para  voar.  Caso  o  filho  não  tente  o  vôo  naquele
momento da vida, é muito provável que jamais consiga voar. Mas com gente é
diferente; com gente, encontra-se de tudo: criança de dois anos tendo que se
cuidar sozinha e mães com filhos de 40 anos ainda se perguntando se está na
hora  de  soltar  o  rapaz.  Isso  porque,  o  que  falta  ao  ser  humano  em instinto,
precisa ser compensado com recursos – recursos próprios do homem.5


Que recursos são esses?
Por  exemplo,  dialogar.  Diálogo  é  uma  conversa  em  que  d u a s
pessoas  conseguem  dizer  o  que  pensam  e  o  que  sentem.  Num  diálogo,  as
pessoas estão se expressando e também ouvindo o que o outro expressa. Quem
entra numa conversa só para falar ou só para ouvir não está dialogando.
Outro  recurso  é  observar. Embora muito importante,  a linguagem
verbal  não  é  a  única  forma  de  expressão  humana.  Observar  significa  estar
atento  para todas as  formas  de comunicação. Se alguém afirma  que é  feliz,
mas  sua  expressão  facial,  sua  postura,  seus  gestos,  seu  comportamento  o
negam, está acontecendo algo errado.
Importante  também  é  informar-se.  Devido  à  complexidade  da
sociedade  atual,  acho  difícil  conseguir  educar  bem  sem  um  mínimo  de
preparação.  Se  os  pais  sabem  que  a  birra  dos  dois  anos  de  idade  é  um
fenômeno  freqüente  do  desenvolvimento  e  conseguem  entender  seu
significado,  sentem-se  mais  tranqüilos  e  fica  mais  fácil  intervir.  Se,  pelo
contrário,  não  dão  o  peso  devido  às  birras,  deixam  que  o  problema  se
avolume,  ou  interpretam  simplesmente  como  “mau  gênio”  da  criança,  a
situação pode até vir a ser o início de um problema de relacionamento entre
eles e a criança.
Outro recurso é a informação, que permita aos pais de adolescentes
se situarem corretamente ante o conflito que vivem com os filhos. Não se trata
apenas de  rotular a  situação como “conflito de gerações”, mas  sim de obter
uma série de dados que lhes permitam pôr os pés no chão, para entender a si
próprios e aos filhos dentro da situação.
Atualmente, uma boa literatura fornece essa espécie de informação a
pais e educadores. As próprias escolas também já incluem quase normalmente
em  suas  programações  esse  tipo  de  serviço  com  conferências,  debates,
reuniões de pais e mestres etc.


O  ideal  seria  que  pais  e  filhos  resolvessem  a  questão  dos  limites
praticamente em pé de igualdade?
Não  exatamente.  Tem  que  existir  liderança.  Só  que,  nos  dias  de
hoje,  em  que  a  sociedade  moderna  pede  indivíduos  com  capacidade  de
escolha, de decisão, com sentido crítico, é preferível uma liderança6
democrática.  O  que  muda,  fundamentalmente,  nesse  tipo  de  liderança,  é  a
postura do educador. Ele não é mais o dono da verdade, autoridade inflexível
e  imutável  que  ninguém  ousa  contestar,  como  antigamente  se  pensava.  É
apenas um ser humano, e como tal, pode se enganar – atitude que nada tem a
ver  com  displicência,  irresponsabilidade  ou  incompetência.  Reconhecer  a
possibilidade de erro leva a pessoa a ser menos onipotente, mais cuidadosa,
aumentando a probabilidade de acerto.
O  líder  que  sabe  repartir  autoridade,  repartirá  necessariamente
responsabilidade. Como todos participaram da decisão estão em condições de
assumir,  cada  um,  sua  parcela  de  responsabilidade.Todos  poderão  aprender
com os sucessos e os erros, crescendo juntos. Esta é a postura típica do líder
democrático: aceita que ainda possa crescer, educa-se junto com o educando.
Voltando  à  pergunta,  a  colocação  de  que  pais  e  filhos  poderiam
resolver a questão dos limites em pé de igualdade, deixa a impressão de que a
liderança  desapareceria. Educação  democrática  não é ausência  de liderança.
Nega-se   autoritarismo prepotente de antigamente mas não autoridade em si.
Muda  apenas  a  postura  do líder. Ele  não  se  coloca  como  o  único  capaz  de
pensar e decidir. Reconhece os demais como seres pensantes e responsáveis.
Sua função, no entanto, é imprescindível.
Se  apenas  a  vontade  do  jovem  entra  no  conteúdo  das  decisões
familiares,  ocorre  uma  inversão  de  valores:  passa-se  da  prepotência  de
antigamente a uma situação de ausência, moleza e permissividade.
Em suma, estabelecer limites é fundamentalmente função dos pais.
Mas, na medida em que a criança for se desenvolvendo e criando ela própria
condições  de  assumir  responsabilidades,  o  importante  é  que  os  pais  lhe
confiem parcelas cada vez maiores dessas responsabilidades.
Texto publicado na revista
Psicologia Atual.
" Maria de Melo é psicóloga formada pela USP e psicoterapeuta pós-reichiana, com cerca
de trinta anos de experiência em clínica individual e grupo.


Ps: A configuração do corpo do texto não pode ser modificada devido ao tipo de arquivo, por este motivo, a disposição do texto está diferente do comum. 

Muita Paz!

Para refletir...


“Um ser humano é parte de um todo que chamamos ‘ o universo ’, uma parte limitada no espaço e no tempo. Ele sente a si próprio, seus pensamentos e emoções, como algo separado do resto - um tipo de ilusão de ótica da consciência. Para nós, essa ilusão é uma espécie de prisão, restringindo-nos a nossos desejos e afeições pessoais pra com algumas pessoas mais próximas. Nossa tarefa deve ser a de nos libertarmos dessa prisão, ampliando nosso círculo de compreensão e compaixão, de modo que possa incluir em sua beleza todas as criaturas viventes e a totalidade da natureza."
       Albert Einstein.

Muita Paz!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Julgamento!

Niguém pode falar do outro pois ninguém que está vivendo neste planeta, tem condições de saber a real situação de vida de quem quer que seja! Quando julgamos estamos analisando apenas um lado, uma mínima parte da verdadeira realidade, pois estamos na condição de seres humanos e sendo assim temos limitações que nos impossibilitam de ver o TODO! 


Se alguém consegue, através da interiorização, o alcance do "todo", certamente não julgará o outro e nem a si mesmo!


Quando vemos alguém em dificuldade, ou  praticando algo que  não concordamos ou mesmo que não compreendemos, devemos, primeiramente olhar pra nós mesmos e perceber se aquilo que está nos incomodando na atitude do outro não está em nós. 
Se talvez, nos colocando no  lugar da pessoa, não agiríamos da mesma forma ou até teríamos mais dificuldade.


Quando olhamos para o outro fazemos a projeção, ou seja olhamos a partir  daquilo que temos como conceitos em nossas vidas. Daquilo que aprendemos, que vivenciamos, que temos dentro de nós, e pode não ser exatamente o mesmo mundo das outras pessoas e assim, o julgamento se faz sem sentido pois estamos partindo de um único ponto, aquele que conhecemos...e o resto? Àquilo que não conhecemos, que nem se quer ouvimos falar? Ou será que estamos nos sentindo tão sábios que não achamos que tem algo que não vivemos ou que não sabemos?


Quando julgamos estamos sendo egoístas, estamos querendo dizer que somos melhores que o outro quando na realidade, podemos até conseguir ter uma atitude mais positiva perante certas situações mas é certo que em muitas outras estamos estagnados, não saímos do lugar, somos teimosos e por aí em diante! São as nossas dificuldade. A vida de cada um!


Quando não julgamos, também não nos sentimos julgados pois este sentimento não faz parte de nós.


Precisamos aprender a nos importar com a nossa Vida, com aquilo que nós viemos transformar neste Mundo, é para isto que estamos aqui.


Quando ficamos muito preocupados com  a vida do outro, é sinal  que não estamos querendo olhar para a nossa própria vida!
Está tudo bem com a sua Vida? Todos os seus relacionamentos são baseados no amor e na harmonia? Sua vida material está em equilíbrio? Seu corpo te agrada? Nosso corpo reflete nossa emoções! Você está se amando?


Precisamos olhar pra nossas  vidas. Não com um sentimento de cobrança, de punição, mas com um sentimento de amor, de união com o que realmente queremos para nós.


 Se não formos os nosso grandes parceiros, quem será? 


Tudo o que está em nossa vida neste momento é reflexo do que fazemos e pensamos! 


Vamos refletir sobre isto! 
Vamos nos ajudar.


Se a palavra vale de prata, o silencio vale ouro!" (Provérbio Chinês)


Muita Paz!
(Fruto da minha inspiração) 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Técnica para fazer a limpeza das formas-pensamento negativas!


A técnica a seguir foi extraída do curso de Apometria Cósmica. Ela reflete, em parte, uma dentre as várias técnicas para limpeza de formas-pensamento e possui raízes xamânicas, tendo sido adaptada para divulgação pública em nossa Revista.
Neste ato, agradeço profundamente aos ilustres professores Alberto Barbosa Pinto Dias, Ceres Elisa da Fonseca Rosas e Carminha Levi, notáveis xamãs que há cerca de meio século expandem a consciência de inúmeras pessoas e que tenho a honra de ser amigo e admirador do trabalho que desenvolvem. Tenham certeza que suas mãos também contribuíram para a elaboração deste exercício.
Finalmente agradeço a Ariel e sua equipe de seres de Luz, os quais me orientaram na adaptação xamânica original .

Imagine-se num lindo Jardim e convoque dois Grandes Seres de Luz, um masculino e outro feminino, que tenha afinidade espiritual ou que tenha tido afinidade quando criança. Esses dois seres serão chamados de "casal divino" a seguir.

O casal divino se aproxima de você com muita Luz e te olham com muito amor. Peça a este casal para que busquem alguém da sua família, seja encarnado ou desencarnado.
Eles trazem essa pessoa a sua frente. Olhe para a pessoa a qual você pediu para ser trazida e a envolva com muita luz, amor e perdão.
Peça ao casal divino para limpar toda energia negativa que um dia você colocou sobre aquela pessoa, seja nesta vida ou em vidas diversas. Toda energia negativa, seja intencional ou não nesse momento é retirada do campo da pessoa escolhida por você.
Agora peça perdão por tudo que fez contra esse ser, tenha você lembrança ou não do que tenha feito (diga isso para englobar as vidas passadas).
Agora olhe para o casal divino e para a pessoa escolhida. Peça para que toda energia negativa que aquela pessoa colocou em você também seja retirada, lembre você desta energia negativa ou não, também para englobar as vidas passadas. Sinta o casal divino retirando essas energias negativas e te limpando completamente.
Agora, dê um profundo abraço de Paz e de Perdão na pessoa a qual você pediu para vir a sua frente. Se não conseguir dar um abraço de Paz e Perdão apenas emane Luz até que num dia futuro consiga dar o mesmo.
A pessoa escolhida vai embora e o casal divino sorri para você.
Imagine-se olhar para os olhos de amor desse casal divino, ora para um, ora para outro. Agora, peça para que eles te limpem e perdoem por atos que tenha feito, lembre-se você deles ou não.
O casal te limpa. Dê um profundo abraço de Luz em cada um desses seres de Luz e sinta eles te limparem completamente.
Após, recobrar a consciência física.
Devemos fazer esse exercício por três meses e, ao menos uma vez por semana, devemos escolher a nós próprios para fazermos o exercício. Nesse caso, olhe para a sua imagem e peça perdão a si próprio. O procedimento é o mesmo daquele usado com as pessoas importantes na nossa vida.


Explicação: os antigos xamãs ensinavam que as pessoas que nos são próximas são responsáveis por 99% de todas as formas-pensamento negativas que carregamos, pois é a partir de nossos sentimentos e emoções frustradas com essas pessoas que abrimos as portas para diversas negatividades e obsessões.
Nossos inimigos também colaboram, mas para eles temos algum controle emocional. Contudo para aqueles que amamos, especialmente parentes, ex-amigos, ex-cônjuges, ex-namorados, para estes não tínhamos proteção emocional e a forma-pensamento negativa pode abrir um verdadeiro portal interior para forças das trevas. Por isso, comece chamando seus pais, seus irmãos, filhos, cônjuges (atuais e do passado), namorados ou namoradas, amigos íntimos, professores etc.
Os antigos xamãs ensinavam que o exercício do perdão diário de nossas mágoas e traumas, se efetuado diariamente, pode num prazo de 90 dias limpar todas as formas-pensamento negativas que temos e usavam uma técnica muito similar a esta a qual foi adaptada.
Conforme explicamos em nossos cursos, todos os seres espirituais mais densos se alimentam de formas-pensamento negativas que produzimos. Ao nos libertarmos dessas energias negativas interiores limpamos os meios usados por eles para nos influenciar e nos escravizar com doenças, depressões e outras portas negativas que temos abertas como verdadeiros cartões de visita negativos dentro de nós.

   
  (Revista Namaste - Alexandre Chagas)
alexandre@luzcristica.com
   
* Proibida a divulgação de áudio total por parcial do conteúdo acima.
** Divulgação permitida por qualquer meio escrito, desde que o texto seja usado na íntegra e mencionada a Fonte da Revista Namastê e do site Luz Cristica.

Muita Paz!
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