É muito comum hoje em dia, ver as pessoas se ocupando de inúmeras tarefas. Porém sem tempo algum para coisas que realmente importam para elas mesmas.
Sou totalmente a favor de desempenhar nossas tarefas diárias, de trabalhar e de fazer o que precisamos para nos realizar pessoal e profissionalmente. Só que se “entupir” de afazeres é um desequilíbrio o qual nos desvia das coisas mais importantes a serem realizadas. É como um cano de água da pia, onde deixamos descer constantemente, sujeiras e mais sujeiras sem limpá-lo. Um dia a água não sairá mais, o entupimento acontece e a água transborda.
O que quero dizer com este exemplo é que quando nos ocupamos demais com as tarefas, sem parar, estamos deixando de aproveitar as coisas mais simples da vida. Também não permitimos deixar as coisas fluírem no tempo certo, na hora certa. Quando não paramos nunca, estamos entupindo nosso cano e um dia ele transbordará. Como? Com irritação constante e sem motivos maiores; com viroses e gripes, pois o que estamos sentindo tem que ser expurgado de alguma maneira.
Lembrando que o corpo é último estágio para a manifestação dos nossos sentimentos mais profundos. Primeiro antes de ficarmos doentes, ficamos desconectados da fé e da conexão que precisamos estabelecer com nosso Criador, com Deus, com uma Força Maior, força a qual nos sustenta de energia e de luz. Não importa muito o nome que demos a nossa fé, o importante é senti-la e alimentá-la. Depois essa falta de fé produzirá pensamentos densos, inferiores e negligentes, como a culpa, a preocupação, a irritação mental... Esses pensamentos produzirão sentimentos negativos, como a raiva, os medos, as mágoas, a tristeza, o arrependimento... Por fim, quando somatizamos tudo isso, o corpo “grita por socorro”, colocando para fora o que estamos vivendo internamente e liberando “as sujeiras” as quais deixamos entupir “nosso cano”.
Muitas vezes, o excesso de responsabilidade é a causa, em outras a falta da mesma. Porque se ocupar demasiadamente nos distrai das coisas que realmente importam para nosso crescimento e evolução, como estar conectado com nossas vontades maiores. Saber o que posso ou não fazer em cada momento, como aprender a meditar, a acalmar, a relaxar, ter lazer... Já em outros, quando ficamos muito tempo sem fazer nada. Isso nos deixa a mercê do mundo e do sofrimento alheio, onde seguimos apenas o que os outros vivem e fazem. O que não é positivo, porque não temos vontade própria. Sendo assim, cremos num mundo triste e infeliz, culpando sempre alguém ou algo pelas injustiças que acontecem neste mundo. Com isso, achamos que quem “entope nosso cano” é o governo, o ladrão, alguém que foi injusto, que chateou... Enfim, sempre achamos que somos as vítimas e que há um culpado para não progredirmos. Na verdade quem não quer progredir, somos nós, que não trabalhamos em prol do nosso progresso, nos acomodando e deixando de no ocupar com o que nos auxilia para desenvolvermos nossos dons.
O que precisamos, em primeiro lugar, é identificar que comportamento nós estamos tendo. Se nós estamos numa corrida desenfreada, sem parar; é preciso parar, relaxar, respirar, sentir o próprio coração ou ficar em sintonia consigo mesmo para desentupir-se de pensamentos, sentimentos e emoções inferiores, evitando que a doença venha e nos faça pela dor, mudar.
Já quem está se sentindo acomodado e infeliz com o trabalho que tem; com o marido; com a esposa; com a família, com um filho; enfim, quem acha que a culpa dos seus problemas está em algo ou alguém, precisa parar de achar culpados e de se sentir vítima. Precisa fazer alguma coisa por si mesmo. Aprenda que se você é funcionário público, por exemplo, e não está satisfeito com seu trabalho, não é culpa do governo, é sua, que não dá atenção a si e não procura um trabalho que lhe satisfaça.
Para finalizar nossa reflexão de hoje, faça um exercício que ajudará a sentir mais leveza, sente-se confortavelmente, coluna ereta, pés fixos no chão, mãos sobre o joelho. Feche os olhos, respire profundamente por dez vezes e procure sentir apenas o coração batendo. Sinta o pulsar da vida fluindo como a água que flui para seu curso, independente dos obstáculos. Libere as tensões, sinta a mente serenando e aproveite a leveza que o exercício proporciona.
(Catia Bazzan)
Muita Paz!
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