Atualmente existe uma enorme armadilha em envelhecer em nossa cultura. Acredita-se que quando se aposenta, perde-se a sua utilidade perante a sociedade. Que já se cumpriu a sua parte, e com isso, não há nada mais a ser feito. Que o havia para ser aprendido aqui já aprendeu. Caso contrário, nessa altura do campeonato ninguém muda mais ninguém. Afinal, já se estaria velho demais para isso! Perante essas situações, vemos singelos idosos a esperar literalmente pela sua morte.
Doce ilusão.
Há tanto a se fazer. E isso não tem idade! E não é ela que determina nossa maturidade espiritual. Observe o comportamento da denominada Melhor Idade. Encontraremos dignos exemplos de vida, positivos e infelizmente, o inverso, negativos. Pessoas estagnadas, que se aproveitam desta fase da sua vida para manipular, obter vantagens e até mesmo, se vitimizar.
Como candidata a velhice (Candidata, pois afinal, nunca sabemos o dia de amanhã...), fico a questionar: Será que essas características somente surgiram agora nesta fase da sua vida? Ou será que se trata das suas inferioridades que vem se apresentando ao longo da sua vida e ainda não foram curadas? Qual a diferença entre uma pessoa jovem e uma mais idosa no quesito evolução espiritual?
Nenhuma! Com o devido respeito, uma só está mais contaminada do que a outra. Contaminada com o quê? Com aquilo que a vida lhe ensinou ou seria des-ensinou? Quando se é mais jovem ou um jovem adulto pouco se creditava à confiança. Era o momento de mostrar serviço, de trabalhar e conquistar um lugar ao sol. Tudo certo? A vida seria só isso? Onde estariam os pilares que nos sustentam? A visão da vida sob a ótica do material, do físico não pode preponderar sobre a visão do equilíbrio em nossas emoções e pensamentos. O que dirá então a nossa espiritualidade? A nossa verdade interior do porque estarmos aqui, neste momento vivendo ou sobrevivendo diante destes fatos e pessoas do seu dia a dia?
Possuímos quatro pilares que nos sustentam. O seu equilíbrio é a chave para a nossa evolução, para a nossa ascensão. Infelizmente, isso nada tem haver com idade cronológica, física ou material.
Todos possuem ao seu redor pessoas mais idosas, ou ao menos com um pouco mais idade do que a sua. A partir de hoje, preste atenção, olhe-os com as seguintes premissas: Trata-se de uma pessoa igual a nós, que está também nesta caminhada evolutiva, porém há mais tempo nesta vida atual. Será que ela está percebendo o que veio fazer aqui? Que não se deixa de aprender, crescer a todo instante, seja com estranhos ou até com o mais jovem neto da família? Será que a sua consciência foi despertada para a verdadeira busca pela cura das suas inferioridades ou elas estão cristalizadas em si mesmo? Será que há harmonia em seus relacionamentos, ou há uma hierarquia cega, ou até mesmo um subjugar dos seus atos pela sua idade avançada? Será que se trata de um bom exemplo para nós olharmos e podermos tirar uma lição para a nossa vida melhorar? Ou mostra o comodismo, a passividade, o orgulho, o senso de oportunismo por estar nesta fase da sua existência?
Agora, se percebe verdadeiros insigth?s entre esta faixa etária chamada de terceira idade. Muitos entram em crise por dedicarem-se uma vida inteira as demais pessoas e terem esquecido de si mesmas. Quando se flagram disso, convencendo-se de dentro para fora de que não estão aproveitando a sua vida. Então, mudam. Começam a cuidar mais de si, olhando com carinho para as suas necessidades e vão à luta. Não esperam por ninguém. Não se importam com o que as demais pessoas vão pensar sobre eles. E isso, na família causa um profundo estranhamento.
Se isso está acontecendo em sua família, calma. Não crie empecilhos para sua mãe, pai, avó, avô voltarem a viver. Eles estavam adormecidos diante do seu propósito aqui. Que bom que eles se flagraram disso pelo amor e não pela dor e sofrimento. Infelizmente, vemos na maioria que as pessoas despertam através da ferramenta mais potente que Papai do céu tem: a doença. E a partir de então, ou promove a sua reforma íntima profundamente, e conforme o seu mérito se cura nesta vida. Ou, cura a alma, não o corpo, resgatando assim o aprendizado vindo desta ferramenta e desencarna. Quem sabe, não precise mais ter que passar pela mesma situação em uma outra vida...
Traga a espiritualidade ao olhar as pessoas com mais experiência de vida terrena atual. Contribua caso seja chamado a contribuir. Não deixe que nossa cultura os isole do real propósito de estar vivo: evoluir. E, principalmente, não o deixe de lado achando que ele está ultrapassado. Muito menos, facilite porque ele está na terceira idade. Isso nada tem haver com desrepeito, até porque todo ser vivo merece ser respeitado, independente de idade. Trata-se de ter compaixão por um ser humano que esqueceu muitas vezes do seu objetivo ao estar aqui, nesta escola chamada Terra. Fale quando perceber abertura para ser dito. Escute e aprenda. Faça a sua parte, pois não é por acaso que se está junto a ela nesta encarnação.
Lembre-se: estamos todos buscando nos tornar melhores a cada dia. Alguns com esta meta mais a mostra, outros, ocultas de si mesmo. E isso, independe de idade, sexo, raça, religião...
Não há desculpas. Pois se um jovem orgulhoso envelheceu, ele será um orgulhoso na terceira idade. Vindo a desencarnar, tenderá a ser também um ser extra-físico orgulhoso. E o aprendizado do orgulho nesta vida terá ficado literalmente para trás, em branco, sendo mais um motivo para ter que retornar em uma outra encarnação.
Reflita sobre isso!
(Aline Schultz)
Muita Paz!
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