terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Cansados...



Texto: Domício Martins Brasiliense

Que cansaço que se abate sobre nós! Como estamos cansados de esperar!

Cansados que um dia nasça diferente, que surja algo diferente. Que alguém se achegue ou diga algo ou que algo nos anime. Que cansaço... E nada acontece... Por quê?

Se nos esforçamos tanto, trabalhamos tanto, persistimos tanto, por que não surge uma fagulha confirmando que tudo isso está valendo à pena? Nascemos, fomos obrigados a crescer, tornarmo-nos maduros e fazer parte do mundo do trabalho, do capital e... O retorno? O real sentido disso tudo? Felizes que éramos quando crianças; sorriamos e tudo era expectativa.

Mas o cansaço se propaga em nós, de tal forma que nos tira a energia e nos deixa devagar, quase parando. Que desânimo para os próximos dias, as próximas fases da vida, as próximas tentativas.

Bem que poderia vir uma luzinha que sinalizasse: é isso aí! Segue! Vai que encontrarás o que procuras... Puxa, daí essa sensação que temos de grande equívoco iria dissipar e nos sentiríamos mais satisfeitos com tudo. Essa luzinha... ?danadinha ela... Parece que nunca aparece?.

Aí, tem uma hora que alguém chega e diz: "Que cansaço que nada, não te entrega, toca o barco que sempre surge algo". Então, tomamos uma injeção de ânimo e nos reativamos para a jornada. Mas, se a luzinha não aparece nos entregamos, novamente, ao desânimo. Vem àquela hora em que olhamos para tudo e surge uma sensação de que não há muito sentido.

Então, é isso: cansamos! Estamos cansados dessa coisa toda: do ir e vir, do tentar, do esperar que a vida mude, que as pessoas mudem, que apareça algo... Cansaço! No entanto, a questão é: já cansamos o suficiente para dar um basta? Já jogamos a toalha? Já desistimos de nós mesmos e de usufruir do nosso direito de viver a vida? Até de fazer uma loucura saudável? Das possibilidades?

Será que já arriscamos, riscando algumas coisas sem sentido? Se fizéssemos uso de uma balança; de um lado tudo o que é imprescindível, necessário e com real sentido de ser e permanecer, etc. E do outro tudo o que é efêmero, sem objetivo, meio sem sentido e desnecessário... Como ficaria a balança? Complicou? Então pensemos só o seguinte: no que hoje despendemos um monte de energia que deveria estar direcionada para outra coisa? Seria uma possibilidade a considerar? Se sim, já é uma alternativa. Caso não haja, a pergunta seria: conseguimos pensar em nós mesmos de forma edificadora?

Bom, mas tudo isso pode ser conversa jogada fora, então a questão real seria: se houvesse um termômetro que medisse nossa felicidade ou satisfação em relação à vida, o que ele acusaria?

Não estamos carentes de "novidade"? Talvez algo que nos instigue; um desafio, algo novo a ser explorado, tateado, sentido, ou talvez aquilo que deixamos cair no esquecimento, mas que um dia foi um sonho, um ímpeto, uma vontade, um lampejo ou uma simples e corriqueira intenção. Uma daquelas coisinhas que fomos deixando...

Lembram quando éramos crianças? Independente da vida que tínhamos, acreditávamos num mundo lúdico, em algo mágico e nas possibilidades de cada dia. O que houve? Quem disse que quando se cresce o sonho desaparece?!

Vamos REviver! Vamos REsonhar! Vamos nos REconstruir! Vamos REedificar nossas vidas! Chega de tanta realidade que só nos suga a mente, o coração e nossos sonhos! O REcomeço é possível!

Como começar? REcomeçando, passo a passo, humildemente, mas com firme propósito.

Seria isso tudo o final de uma idéia? Que nada, é só um REcomeço para que muitas outras possam surgir! Chega de estar em Espera e que jamais entremos no Desativar; REiniciemos!

Muita Paz!

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