Analisando algumas civilizações antigas, sabemos que a lei que imperava era a Lei do Talião, ou seja, do ?olho por olho e dente por dente?, claro que por necessidade da época, onde o nível conscencial era diferente dos dias atuais. Exemplo disto é o Código de Hamurabi, onde o ofensor era punido de maneira igual ao dano causado a outro, sendo que a punição era aplicada de acordo com a categoria social das partes.
As pessoas tiravam a vida de outras em guerras, batalhas, lutas, a fim de conquistar o poder e a glória. Quando um indivíduo furtava um bem alheio, sua mão era decepada, quando um era ferido em uma parte do corpo, pagava-se na mesma moeda.
Enfim, poderíamos tecer inúmeros relatos do ocorrido nas civilizações primitivas, onde o amor, discernimento e consciência pouco se faziam presentes, porém, este não é o tema desta discussão.
Voltando aos dias atuais, se pararmos para refletir atentamente, não percebemos algumas situações semelhantes?
Apesar de estarmos num momento, jamais vivido na Terra, ou seja, onde a informação está acessível a todas as classes, onde os caminhos para evoluir, modificar a consciência são tantos, ainda vemos pessoas agindo de forma primitiva, não tendo percepção do que realmente são ou estão fazendo encarnadas.
Nas civilizações antigas a guerra imperava, contudo, nos dias atuais, vemos situações, não tão isoladas, onde os conflitos são evitados em função de haver uma autoridade, seja policial ou judiciária.
Acaso não existisse normas disciplinadoras e autoridades a fim de impor limites e zelar pela segurança, haveriam conflitos de grandes proporções, até semelhantes àqueles ocorridos em épocas antigas. E, não se pode negar que ocorrem situações desta espécie no mundo.
Por que é necessário uma lei que discipline que é proibido dirigir embriagado ou que matar, roubar, sonegar impostos, constituem-se crimes?
Por que as pessoas não têm consciência que tais condutas não são corretas e morais? Por que alguns não se importam com o prejuízo econômico, físico ou emocional do semelhante? Por que ao serem ofendidos ?querem pagar na mesma moeda??
Realmente, algumas pessoas não possuem consciência da grande missão que possuem e ?sobrevivem? no piloto automático, sem emoção, sem amor, sem felicidade, dando ênfase os sentimentos nefastos.
Tanta violência, medos, conflitos ainda se fazem presentes, porque falta amor, falta compaixão.
Se as pessoas estivessem conectadas com sua essência, com as emoções, sentimentos e pensamentos alinhados, em equilíbrio com o chacra cardíaco - reflexo energético da glândula timo, situado na região do coração, no campo vibracional, que quando alinhado gera amor incondicional, equilíbrio, perdão -, as batalhas diminuiriam, tanto aquelas internas, travadas com nós mesmos, como aquelas com nossos semelhantes.
Claro que as situações conflitantes deste momento atual são diferentes das antigas, há modificação no nível, porém, continuam crescendo em razão da falta de amor e de compaixão, sem contar que os sentimentos e emoções em desalinho se repetem de forma cíclica.
Em épocas primitivas, quando encarnávamos sem um pingo de discernimento era da mesma forma, pois a separação da Fonte, inicialmente, deu-se em função do ego, que quando prepondera, aniquila o amor. Enfim, o que gera as disputas e discórdias é a ausência de amor, sem dúvida alguma.
Dias atrás, em uma conversa, uma colega salientou que é da natureza do homem a violência, porém, discordo de tal tese, pois creio que nossa essência é divina e há violência quando se está desconectado da Fonte e conectado com o Eu Inferior.
Vemos, no Judiciário, por exemplo, processos desnecessários, pois as pessoas se aborrecem por pequenas coisas. Situações e fatos insignificantes, são motivo para brigar, para não haver entendimento, eventos estes que poderiam ser resolvidos de forma amena, extrajudicialmente, através de uma composição amigável.
Sempre há aqueles que pleiteiam vantagens ilícitas, querendo se aproveitar de situações para ganhar dinheiro fácil. A indústria do dano moral não para de crescer e tudo é motivo para indenização extrapatrimonial. Alguém olhou com cara feia para mim e já me sinto constrangido ou humilhado.
Muitos advogados sujeitam-se a ingressar com ações judiciais sem qualquer fundamento jurídico e plausível, por vezes, iludindo o cliente, leigo na matéria em discussão, a fim de receber os honorários advocatícios.
Mal sabem eles, que se fossem íntegros e estivessem abertos para receber as dádivas do Universo, que é abundante, não haveria motivação de pleitear vantagens ilícitas, pois suas necessidades e desejos seriam supridos.
Muitos reclamam da morosidade do Poder Judiciário - o qual também possui inúmeras falhas e lacunas a serem preenchidas -, mas como mudar tal situação diante dos milhares de processos sem fundamento e desnecessários?
Outro fato que chama a atenção é que analisando as pessoas a volta, percebe-se que muitas delas necessitam passar por determinado conflito com um semelhante a fim de resgatar situações passadas, mas ao invés de resolver e se harmonizar, pioram a situação, gerando mais carma negativo com o ajuizamento de demanda judicial.
Não quero ser determinista, pois há casos que ainda necessitam de intervenção judiciária ou policial e talvez, em algumas situações, a disputa judicial também é prudente para o aprendizado, mas o que venho observando é que diversos conflitos poderiam ser evitados e resolvidos amorosamente.
Oportuno comentar, ainda, acerca da Lei 11.340/2010, conhecida como Lei Maria da Penha, que visa a proteção às mulheres vítimas de violência doméstica.
Ocorre que o dispositivo legal, a meu ver, serve para incutir nas mulheres, a sensação de que são vítimas da sociedade, ou seja, o ?sexo frágil?.
Isso é uma grande inverdade e, o que falta é a mulher conectar-se à energia essencial, usar seu poder de forma benéfica e construtiva.
Buscar a proteção de um instituto legal (Lei Maria da Penha) em muitos casos, apenas demonstra a vitimização e o medo de tomar as rédeas da própria vida e ir ao encontro da missão pessoal, abandonando o que não lhe traz felicidade.
Há casos ainda que a dependência econômica ou afetiva, bem como o apego e a possessão tornam a mulher totalmente submissa do parceiro.
Assim, creio que há violência doméstica porque a mulher assim o permite e não a vejo como vítima de forma alguma, mas apenas como alguém que abdicou de seu poder, deixou de lado sua autoestima e coragem.
Consoante refere Bruno J. Gimenes em sua obra ?Mulher, a essência que o mundo precisa? ?quando a mulher lembrar de sua força e sua essência, provocará um movimento que fará as sombras se dissiparem da Terra?. Percebam quão forte é esta colocação!!
Desta forma, estar encarnada neste momento como mulher denota uma grande missão, que não pode ser dispensada em razão de disputas de egos, de vaidade excessiva, futilidade e medos.
A mulher precisa resgatar seu poder pessoal e conectar-se a sua energia essencial, somente assim terá um vida plena.
Oportuno referir que não estou dizendo que as leis devam desaparecer, mas se analisarmos vemos que alguns vivem como em tempos primitivos fazendo vigorar não as leis atuais, mas a Lei do Talião, sequer lembrando do perdão, a si mesmo e ao próximo. Ou ainda, utilizam-se dos institutos legais vigentes a fim de obter vantagens ilícitas ou evidenciar a condição de vítima.
Entretanto, acredito que diante das mudanças vigentes, com o movimento de transição planetária, onde o Planeta Terra deixará de ser o local das provas e expiações e passará a ser o Planeta da evolução espiritual, onde aprenderemos as lições pelo amor e não pela dor, não haverá necessidade de tantas leis e normas, pois as pessoas terão consciência do que é certo e errado. Entenderão que o prejuízo alheio lhes acarretará, inevitavelmente, prejuízos em sua evolução, pois somos um só.
Creio, ainda, que com o passar do tempo, à medida que nossa evolução espiritual se tornar a meta principal de vida, os mais sábios e espiritualizados governarão, ou melhor dizendo, organizarão a sociedade, devido ao nível evolutivo mais avançado e necessidades e objetivos diversos dos presentes.
Enquanto isso, neste momento tão importante de mudanças, com a chegada da Nova Era, vamos continuar fazendo nossa parte, utilizando nosso chacra cardíaco, ou seja, colocando mais amor, compaixão e perdão em nossa vida diária, pois desta forma, essa energia será emanada para o Universo e consequentemente beneficiará todos nós, sem exceção.
Viviane Draghetti
Muita Paz!
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