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Cada espírito é um mundo de possibilidades, de situações magníficas, de mistérios e surpresas.
No consultório fui presenteada, muitas por parte das crianças. No olhar doce, compassivo e no espírito evoluído de cada um, descobri respostas para muitos questionamentos.
Existe uma menina em especial, de dez anos, que sempre vinha consultar porque a família toda estava em tratamento, e claro, ela não poderia ficar de fora, pois mãe acreditava que todos deviam se tratar.
Era a caçula, muito estável emocionalmente e com olhos que me lembravam os monges tibetanos de outrora.
Espírito antiquíssimo, elevado, altivo. Expressão curiosa e desafiadora que me testava nas primeiras consultas.
Na verdade, nem poderia chamar de consultas, pois parecíamos velhas amigas falando sobre a evolução espiritual da humanidade.
Assuntos como vidas passadas, reencarnação e escrituras hindus já não eram novidade. Ela sabia. sentia com o coração. Para ela, uma verdade!
Certo dia ela questionou:
- "Será que os professores vão dar aula de forma mecânica porque não gostam do que fazem?
Será que eles vão trabalhar somente pelo dinheiro? Por quê eles parecem uns robôs? E quando fazemos perguntas que os desafiam, por que reagem com tanta violência? Será que eles nos detestam tanto assim? Se não estão felizes dando aula, por que não procuram outro trabalho? Será que eles ainda não encontraram a missão da alma?"
Essas eram as dúvidas que intrigavam aquela jovem mente numa tarde de quarta-feira. Essa conversa surgiu porque ela, interessadíssima no budismo e outras filosofias da Antiguidade, esperava ansiosamente por essa aula dentro da matéria de Ensino Religioso em sua escola. Quando o dia chegou, o professor foi relatando que Budha (Sidarta Gautama) , chegou a meditar por 30 dias seguidos, alimentando -se das gotas de orvalho que caíam das árvores e comendo larvas que estavam ao seu redor. Com essa explanação, ela imediatamente perguntou ao professor: então por que Budha era gordo, por que ele aparece assim em alguns lugares e imagens? Como alguém que não come ou bebe por trinta dias pode ser gordo?
E o professor perdeu-se, não sabendo responder.
Então ela mesma me disse, com sua palavras, que estava triste com a falta de profundidade do professor, de ele não responder algo tão simples. É coo se ele tivesse dando aula de forma mecânica, só pedindo pra decorar textos e palavras vazias para passar de ano, de forma superficial.
A menina disse que não estudava só para passar de ano e que estudava porque gostava de pensar!
Em um momento desses, o professor responde com violência ou agressividade porque se sente desafiado por alguém menor e mais frágil, mas que raciocina com uma cabeça bem diferente daquelas educadas em um época repressiva e militar, onde tínhamos que, obrigatoriamente concordar com tudo de cabeça baixa.
Os professores era autoridades severas e punitivas, como o exército da época, ou como o Deus judaico-cristão que conhecemos tão bem aqui no Ocidente. Inclusive lembro de meus pais dizendo: - "Obedeça a professora, comporte-se na aula. Se você não se comportar, Deus vai lhe castigar." Uma criança pequena acaba entendendo que é obrigada a concordar com tudo, para não ser castigada.
Mas felizmente, as coisas mudaram!!!
O ensino tradicional não desperta mais o interesse das crianças.
Assim como existe a educação física, deveria existir a educação espiritual, de forma universalista e holística, profunda e abrangente, proporcionando às crianças uma compreensão acerca de sua energia, da anatomia sutil e mostrando que pensamentos, sentimentos e emoções densas levam ao desequilíbrio e, em seguida, à doença.
É notável um movimento dos professores e pais em busca da espiritualidade, tanto que nos cursos de terapias vibracionais, Reki, Radiestesia, Cromoterapia, Yoga etc. o número de interessados vem aumentando cada vez mais. Mas é algo que se move ainda muito devagar, visto a necessidade em que o mundo se apresenta.
Precisamos multiplicar os pontos de Luz em nosso Planeta!
outro dia uma menina pré-adolescente mencionou comigo que achava sua religião meio "infantil". Ela recentemente tinha passado por uma iniciação em sua religião mas sentia que faltava algo. Tudo o que ela aprenderá em 2 anos , pareceu pouco para o seu espírito. Ela precisava de mais, então comentou comigo:
- Olha, la dizem que é pecado seguirmos duas filosofias ao mesmo tempo, mas sinto vontadde de ler outras coisas, experimentar.
Então eu disse à ela:
- Viva a experiência!
Allan Kardec menciona, no Livro dos Espíritos, que um espírito jamais evoluiu sem experenciar. O experimento é necessário para que tenhamos parâmetros para decidir, e nenhum ser pode ser considerado um pecador por ter achado uma filosofia " infantil "e ir em busca de uma outra que alimente e satisfaça o seu espírito,
Nossas crianças não estão à frente. Muitos de nós é que ficamos pra trás!!!
As crianças sempre trazem as perguntas mais incríveis e encantadoras porque para elas todos os sonhos são possíveis, não existindo limites.
Eles amam o Reiki.
Amam a energia.
Amam as terapias vibracionais.
Amam os mestres e seres de Luz e detestam os dogmas. Detestam tudo que as aprisione, que as tome aquilo que mais valorizam: a liberdade.
As crianças da Nova Era não concordam com as religiões, contemplam a religiosidade, com a espiritualidade e a simplicidade de Deus.
Peço todos os dias em minhas orações para que eu seja exatamente
(Patríca Candido )
(www.luzdaserra.com.br)
Eu também peço!!
Muita Paz!
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